30 novembro 2005
O equívoco de Sócrates
29 novembro 2005
extinções
A grande maioria das freguesias do interior tem cerca de 200 habitantes e a tendência é para diminuírem de população de uma forma que parece irreversível. Não é possível uma organização territorial com esta perspectiva. Mais tarde ou mais cedo terá de se feita uma reestruturação que levarão à extinção de muitas delas, pois não faz qualquer sentido a sua continuidade.
Convém recordar que amiudadas vezes, no nosso país e sempre que se deixou de olhar para o umbigo, facilmente apareceram diversas medidas que possibilitaram um desenvolvimento integral. Recuando até aos primórdios da nacionalidade, onde os antigos monarcas souberam implementar medidas de fixação das populações e de desenvolvimento uniforme do território que tiveram principal expressão na outorga de cartas de foro, onde se era dada grande autonomia às populações e se concediam diversos privilégios.
.Simples será verificar que os grandes países e as grandes nações não são aquelas que têm um poder centralizado, mas baseiam a administração territorial na autonomia regional e na descentralização de competências.
A tira de que constituiu o torrão português tem uma extensão em largura de 200 kms, muito pouco até para se estabelecer uma fronteira entre o interior e o litoral. Não é concebível que a aposta seja feita numa largura de pouco mais de cinquenta quilómetros e o resto se transforme em território deserto. O que se assiste é a que a tendência é para continuar basta ver as opções pela OTA e pelo TGV. É um país unipolar como refere hoje Manuel Carvalho no Público de hoje, demasiado cabeçudo, acrescento. Definitivamente terá de inverter a situação.
O ministro António Costa ao propor a constituição de freguesias com base nos mil habitantes, é a posição do governante que vê o país do Terreiro do Paço e só observa na sua frente apenas o rio Tejo, desconhecendo toda a realidade interior. Esta posição que já está em fase de recuo, como nos habituam, face aos variados protestos, pode ter como consequência que nada seja feita e que continuamos a viver num país de faz de conta, sem uma organização capaz para enfrentar os novos desafios.
Importante seria que se tornassem comuns os projectos participados e a construção de equipamentos fossem pensados para servir diversas aldeias e se acabassem as diversas "capelinhas".
Venha a discussão...
Interpela-
Primeira, a escola, para além de local de aplicação de uma política nacional de educação, é também o local de elaboração e realização de uma política educativa local que deve favorecer a ligação à comunidade, a outros saberes e novos interesses sociais descentralizados
Segunda, o papel de escola e de comunidade escolar só se cumprirá quando interagir com o meio e com as instituições que estão no terreno. A Escola só terá sentido se servir a comunidade e nela assentar a sua razão de existir. Com o meio se relacionará e encontrará formas de um enriquecimento mútuo.
Terceira, à instituição escolar são pedidas cada vez mais respostas (veja-se meu “post” a propósito) a que ela não consegue dar e terá de contratualizar soluções com as instituições locais.
Por último, como bem dizia o nosso presidente da República "Ao fim de 30 anos de democracia, as infra-estruturas primárias estão realizadas na maior parte dos casos. E há novas funções que reclamam a atenção das autarquias, como tratar dos nossos velhos e das escolas." O Dr. Jorge Sampaio aponta um caminho de futuro. É pela escola que nos valorizaremos e passa o nosso desenvolvimento comum. Até aqui (parece que ainda vamos continuar, veja-se a OTA e o TGV) temos valorizado o cimento e a construção da obra física. Os resultados obtidos não são de todo satisfatórios. Quiçá, estará na altura de uma aposta séria e concertada na educação.
Quanto ao papel que este blogue tem ou poderá a ter, já muito se escreveu e foi dito sobre ele. Ele será o que todos nós quisermos que ele seja. Para mim é “… um espaço de liberdade que acredita na força da polémica para enfunar velas no barco rumo ao desenvolvimento”.
P. S.
Quanto ao professor/doutor com que me "albarda", agradeço-lhe o gesto (...) porém saiba que para mim esses são "apêndices" escusados e que sobram no relacionamento de amigos.
28 novembro 2005
Ainda a tempo ...
DIREITO DE PERGUNTA
(?) — ‹‹(...) fui deitar no sofá da sala a ouvir o meu disco›› (pág. 129), ‹‹o meu Verdi›› (pág. 132)... Giuseppe, um dos maiores compositores românticos (1813-1901) e ‹‹O Trovador›› (pág 20), uma das óperas mais populares, dentro da trilogia de sua maturidade dramática com o Rigoletto e a Traviata, em compreensão profunda da humana condição, mas
o que tinha a perguntar era: — Alberto Guimarães vivia mentalmente fechado na sua ‹‹Teoria de Sistemas›› , escritório/sistema fechado, sem outputs musicais para cá do séc. XIX? Na era romântica, completamente fora da realidade?.
(?) — Antes do 7º capítulo, o meu amigo João Lopes de Matos facultou-me a ópera de Verdi tão do gosto de Alberto Guimarães. Eis a sinopse: O Trovador é a terrível história do segundo filho do defunto Conde de Luna — que, ao nascer, enfeitiçado por uma cigana, viveu sempre enfermo. Essa foi presa pelos soldados e queimada viva em praça pública no conjurar (d)o malefício. Mas a execução produziu um resultado inverso ao esperado, pois a velha feiticeira, antes de expirar-se, encarregou _ sua filha Azucena de vingá-la, pelo que esta se apressou a raptar o Infante amaldiçoado, ludibriando a vigilância dos que o guardavam. No dia seguinte, encontrado foi às portas do palácio o cadáver calcinado de um menino. Este desgosto custou a vida ao ancião Conde de Luna, mas duvidando ainda _ _ que o corpito consumido pelas chamas fora _ do seu pequeno, no último suspiro, impetrou ao seu filho varão um nunca deixar de investigar o caso e procurar incansavelmente o irmão para o caso de ele viver ainda... Então,
o menino é criado por Azucena, como filho, depois de se pensar que morrera no incêndio, quando morto fora o verdadeiro filho dela. Grande Trovador, bate-se por amores de uma dama — com o próprio irmão, o tal primogénito, herdeiro do Título. Por fim, morre no duelo, e quando morre, a cigana revela ao fratricida a verdadeira identidade do ora morto-matado.
— Para lá da explicação dada por ti da obra intemporal em que Alberto Guimarães fixou, encontras algum paralelismo no(s) incêndio(s) do Jornal de Notícias com o da história da ópera?
Post Scriptum: Era suposto o engº Gilberto Pinto (tentar) encontrar-se com o prof. José Mesquita ou com o dr. Rui Castro Martins, o fim-de-semana passado, na Carrazeda, visando ser avançada uma data... para o encontro dos bloggers em torno do romance dele. Acresce: apesar de ouvir e ler alguma coisa para a cadeira de História da Música, e já lá vão tantos anos, nunca fui especialista em Verdi. Se o dr. João Lopes de Matos aqui quiser vir (ou lá, no encontro responder-lhe), penso que Um Zero Amarelo ficará melhor servido com a sua opinião. Se não se importa reenvio-lhe mesmo a sua pergunta. Trata-se de um conhecedor e além do mais apaixonado, enquanto eu, apesar de reconhecer qualidade a, nunca fui muito tocado pela cena romântica.
Vitorino Almeida Ventura
Mentiras Piedosas
-Aguardam-se com expectativa as “ Boas Acções” que estão a ser preparadas para esta quadra natalícia, para obviar, misérias e carências que, as populações mais desfavorecidas do nosso concelho, ainda sofrem. Recorde-se que o lema de campanha da lista vencedora ás ultimas eleições autárquicas era “ Sentir Por Vós”.
- Com a aproximação do final do ano civil, existe uma grande expectativa em conhecer--se quais as entidades ou personalidades que vão ser condecoradas, pelos relevantes actos praticados ao longo do ano no nosso concelho.
Este Blog estará atento e divulgará em primeira-mão o acontecimento.
- Entretanto e aproveitando a época natalícia vão ser mostrados em público, os novos vereadores a tempo inteiro, na nossa Câmara Municipal.
- Em época de consumismo, será lançado á venda, por decisão da anterior presidência, o livro de registo de actas das reuniões de assembleia da última legislatura. Aguarda-se com muita expectativa que o livro constitua um sucesso de vendas. Caso contrário, informa-se que o papel é macio.
Também como último pedido da anterior assembleia, vai ser aberto um processo de candidatura ao Guiness Boock de uma reunião realizada em 2004 que, ao durar apenas 35 minutos, inclusa a leitura da correspondência, poderá constituir a reunião de assembleia mais curta, jamais realizada.
- Na tentativa de preparar o futuro em Carrazeda de Ansiães vão ser leccionados na Escola Técnicoprofissional cursos que ensinam a viver de privações. No momento estão a ser feitos todos os esforços para encontrar monitores entre a população mais idosa, para leccionar as respectivas cadeiras. Brevemente informaremos quais as cadeiras em causa.
- Depois do primeiro concurso internacional abortado, vai finalmente ser lançado um novo concurso de ideias para o “ Moinho de Vento”. O Sr. Presidente da junta está eufórico e optimista. Considera ele que a crise só existe na mente dos mal intencionados e que a qualidade de vida em C. de A. passa prioritariamente pela sua requalificação estética. Tudo isto á procura do tal turismo exótico para C. de A.de que já falámos aqui.
- Vai ser colocado à entrada das repartições públicas um letreiro a proibir a entrada de animais irracionais ( cães, gatos, ratos e outros animais de estimação) ainda que acompanhados pelos donos.
- No dia 30 de Outubro de 2005 pela 14 horas e trinta e dois minutos, foi utilizado pela primeira vez o livro de reclamações disponível na Câmara Municipal.
Apesar dos esforços realizados por este vosso servo, não foi possível conhecer as causas nem noticiar o que foi escrito.
- Está a ser feito por especialista da área um estudo sociológico para procurar estudar e entender um fenómeno único a ocorrer no nosso concelho. Trata-se de se saber qual a razão por que há uma percentagem tão grande de Médicos Veterinários a interessar-se por fazer política em C. de A.
- Foi descoberto recentemente que faltava fazer-se uma central eléctrica para servir o nosso Centro Cultural em construção. Vai portanto haver luz, no Centro Cultural.Nota: Até ao momento não foi possível confirmar se esta notícia é falsa.
27 novembro 2005
Felizes dos mansos
Recentemente no “ Pensar Ansiães”, têm vindo a lume algumas apreciações que procuram fazer um contraponto ao sentido crítico que aqui se vai dando, às apreciações do trabalho da nossa gestão autárquica.
Assim dou o exemplo do Sr. Professor/ Doutor José Alegre que recentemente louvava uma parceria feita, sobre a sua coordenação espero, entre a EB1 e a Junta de Freguesia. Recordava ele que esse era o exemplo de como neste Blog se não fazem só críticas mordazes mas também se aplaude e louva, contrariamente ao que dizem os detractores do Blog.
Pessoalmente e, no papel que aqui venho assumindo, a primeira questão que se me continua a pôr é a de saber qual a importância que poderá ter este Blog, na formação de opiniões dos nossos concidadãos ou na tomada de decisões de quem governa o concelho. Tenho para mim que se influência existe, esta vai tão só e exclusivamente para quem aqui troca ideias e pensamentos e por aqui fica á espera de melhores dias. E se como diz o Dr. Vitorino Ventura “ o que importa – as ideias, ricas ou pobres…”, também é verdade que as mesmas só servem o nosso contentamento.
É por isso que, não julgo que o nosso Professor cometa qualquer erro ao anunciar “sem falsos discursos laudatórios” o trabalho meritório da Junta de Freguesia. Não importa assim saber se tal trabalho afinal não é mais do que o dever que lhe cumpre. Tão pouco importa se estes louvores fora de tempo não irão reduzir o impacto da sua publicação no próximo Boletim Municipal. E aqui, para os que o lêem com enlevo como eu, repare-se como nunca o Boletim Municipal assumiu uma qualquer asneira ou erro na já longa gestão que vimos tendo, o que pode significar que nunca foram cometidos.
Lá no fundo chego a concluir que as criticas, as opiniões, as denúncias e os “maldizeres” são meros exercícios de retórica. E que o estado de espírito de quem as faz não é de profundo desgosto, tristeza, e impotência, mas antes de júbilo e resignação.
Hélder de Carvalho
Desesperos
A Câmara Municipal de Vimioso está a vender lotes de terreno na zona industrial do concelho a um cêntimo o metro quadrado. A medida reflecte o desespero do presidente da autarquia, José Rodrigues, em tentar travar a desertificação e cativar investimentos.
No PÚBLICO
A propósito da OTA
O país está cheio de fortunas acumuladas com negócios feitos com o Estado e pagos com o dinheiro dos impostos de quem trabalha, em investimentos cuja utilidade pública foi nula ou pior ainda - desde os estádios do Euro até aos hospitais de exploração privada. Seria bom que quem manda compreendesse que já basta.
Miguel Sousa Tavares no PÚBLICO
26 novembro 2005
História exemplar
Um homem, natural de Mesão Frio, região do Douro, foi ordenado padre aos 80 anos. Manuel Guedes Polidoro sentiu o chamamento, depois de um casamento feliz de 53 anos, do qual teve quatro filhos e, até ao momento, cinco netos.
Foi ordenado padre em Setembro, em Évora e é pároco naquele concelho, na freguesia de Monforte.
Esta quinta-feira, o sacerdote rezou missa pela primeira vez na terra Natal, em Vila Marim. Manuel Guedes Polidoro diz que quando era novo fez o curso de Filosofia no Seminário de Vila Real e já ai sentia a vocação, mas quis o destino que em vez de ir para padre, encontrasse a mulher da sua vida.
Tornou-se empresário e quando em 2003 lhe faleceu a esposa, sentiu-se mais atraído do que nunca pela vontade de abraçar o sacerdócio. Despojou-se de todos os bens e avisou os filhos que ia ser padre. Para Manuel Guedes Polidoro, voltar à terra natal rezar missa para os seus familiares e amigos foi um sonho e uma alegria q só tem paralelo nos momentos em que celebra missa e tem os filhos a assistir.
Na RBA
Sobre a violência doméstica
Consumi a minha vida
À procura de amor.
Passei dias à espera das migalhas
Que caíssem dos teus afagos.
Mas não. Recebi agressões,
Bofetadas, ausências, ilusão.
Quantas vezes a dor corroía-me
Por dentro, e tu estavas mas
Não estavas por perto,
Embora estivesses ao pé de mim!
Quantas vezes esperei por ti
E tu, orgulhosamente no teu canto
Amuada não começavas nada…
Sim, cada dia envelheço,
Olho para trás, e tudo é passado,
Miragem, e o sonho amortece
Nos muros dos meus desejos.
Ai quem me dera ter a sorte
De o encontrar, um dia, sem contar…
João Nano
25 novembro 2005
Encontros de Primeiro Grau
Começo por dizer que não exulto com a ideia de festejar este acontecimento fora dos limites do concelho, dirão que o local não é importante mas sim o acto simbólico, que é o tocar a reunir de alguns presentes ausentes e de outros ausentes presentes, sente confusão? Talvez não.
Posso até concordar com o dito encontro, mas todos os anos irem para a costa dos mouros (sem fundamentalismos), não haverá, por hipótese, a ideia que se está a estudar um “arrastão”, uma nova conquista, ou então a teoria bacoca, Lisboa é o pais, o resto é paisagem?
Eu sei que já se tentou modificar esta situação, mas os resultados não foram os esperados, para não lhe chamar um fiasco. Estudaram-se as causas?
Para mim as explicações são as seguintes:
-A deslocação ao nosso concelho, dos residentes noutras paragens, obriga a maior gasto, ficamos duma maneira geral, em maior altitude, acréscimo de consumo gasolina e no regresso o carro vai mais pesado, maior desgaste.
- O local encontrado para o dito encontro, nos escuteiros (estes têm obra meritória), não foi o apropriado, mesmo com porta aberta e mesa posta, sugere tratamento de “1.ª Companhia”, fica no pensamento a obrigatoriedade da obediência, não confundir com reverência e na prática de exercícios físicos entre outros mais salutares. Seria esta a motivação? Talvez não.
Mas sou pela descentralização (onde anda a regionalização?) e partir para longe deste concelho, tal como muitos já fizeram, para abrir novos horizontes, assim sendo, proponho as seguintes deslocações, se entenderem por bem:
Gondomar ver em funcionamento o metro de superfície.
Matosinhos ver a utilidade do edifício transparente.
Porto ver o fim do túnel de Ceuta.
Porque não deslocarem-se a Viana do Castelo ver a implosão (os milhões das nossas contribuições) do prédio Coutinho.
Mais para o interior, dar um salto a Ponte de Lima e ver a fábrica do queijo Limiano.
E se sobrar algum dinheiro, rumar à ilha da Madeira ver o convívio com os Cubanos.
Muitos mais locais e outros tantos destinos poderiam ser referidos, para aguçar o apetite de todos.
Espero que peguem na ideia e mudem, se possível de ares.
Geralmente se queres que as coisas mudem tens de as mudar, e muitos de nós não queremos assumir a responsabilidade. Por isso não fazemos nada, e arrastamo-nos em situações insatisfatórias, esperando pela magia, que não acontece."
(Fay Weldon)
Toca a esperar(ança)…
(O Protestante)
Ditos...
24 novembro 2005
23 novembro 2005
Núcleo empresarial para jovens
O município de Carrazeda de Ansiães e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) assinaram um protocolo que visa criar uma incubadora de empresas. É um centro onde os jovens empresários poderão instalar empresas "a custos muito reduzidos e com ajudas substanciais ao desenvolvimento do seu negócio", adiantou Tiago Macedo, vice-presidente da ANJE.
À volta do processo vai girar um conjunto de serviços associados, que ajudarão os jovens empresários a planear o seu negócio e a elaborar candidaturas a fundos comunitários. Tiago Macedo espera que Carrazeda de Ansiães não degenere do contexto nacional, já que a ANJE está a ter um "enorme sucesso" com a criação de incubadoras de empresas. "Os nossos centros têm uma taxa de ocupação de 100% e com listas de espera grandes", salientou.
Para melhores resultados, o dirigente salienta que é necessário que os jovens de Carrazeda comecem a "ser empreendedores a sério", olhando à volta e descobrindo o negócio que podem criar, pois, "debaixo de uma pedra há sempre um negócio".
O presidente do município, Eugénio de Castro, quer que, na sequência do protocolo com a ANJE, se desenvolva outra iniciativa que promova a instalação de jovens quadros.
A propósito da Presidência aberta sobre o envelhecimento...
"A política social e o apoio social não se fazem atrás de secretárias."
"Ao fim de 30 anos de democracia, as infra-estruturas primárias estão realizadas na maior parte dos casos. E há novas funções que reclamam a atenção das autarquias, como tratar dos nossos velhos e das escolas."
Em defesa da barragem
Para dar uma resposta ao Governo, por não ter contestado em tempo útil a queixa apresentada à Comissão Europeia (CE) pela Plataforma Sabor Livre contra a construção da barragem do Baixo Sabor, as câmaras de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros vão constituir a Associação de Municípios do Baixo Sabor.
In Jornal de Notícias
22 novembro 2005
FRASES ASSASSINAS
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com certeza a deles
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
(...) havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos
in "O poema pouco original do medo" de Alexandre O' Neill
1. Assassina, a primeira frase (não interessa quem a terá proferido 1º) tem que ver com o uso de pseudónimo. Muito boa gente vem aqui achar que por outros assinarem X ou Y, perdem a razão, vindo atacá-los por isso, com argumentos que vão do manual da cobardia ao ensaio sobre a cegueira. E os que o fazem (deixem-me metaforizar) contrapõem de Alexandre O' Neill esse "poema pouco original"...
Apesar de eu ser daqueles que uso _ meu nome próprio, e já haver pensado que todos também o haveriam de fazer, é verdade que num blog intitulado ‹‹pensar ansiães›› todos, num situação ideal, mas todos poderiam tomar um nome falso, pois o que importaria seriam (e só) as ideias, ricas ou pobres... Ideias, ideias! PRECISAM-SE, ideias!
Sem um rosto, ninguém viria aqui levar a discussão para questões pessoais, onde os afectos mesmo os politicamente incorrectos têm uma-qualquer razão...
2. Assassina, a segunda frase tem que ver com este blog ser um centro de crítica feroz. — Mas se o não fosse, construtivamente, então como Natália Correia: tal e qual: seria dispensável, constituindo-se _ _ mero pleonasmo.
Mas o problema (para quem o sente como _ _ problema) não tem que ver com o perigo de no blog se tomar a palavra? Que, como Jacques Derrida viu não é senão _ tomada do poder... Ou dito de outro modo,
por trás de cada discurso inscreve-se uma razão... E isso pode ser perigoso para quem não deseja confrontar-se, senão ao espelho próprio.
Mas não detenhamos no pranto. Que não somos toxico_
dependentes do Estado — por uma sociedade civil interveniente, propomos já um colóquio com o engº Gilberto Pinto, em data a designar brevemente, a pretexto do seu grande romance A Casa da Prelada, que os colaboradores do blog, prof. José Mesquita, dr. Rui Martins e escultor Paulo Moura, apadrinharão.
Vitorino Almeida Ventura
O Poiso da Gaivota…
Loucuras Outonais
No Sábado, dia 12 de Novembro, tive também a honra de participar, mais uma vez, com mais alguns amigos e conhecidos tomarenses nas filmagens de Pedro e Inês, e pela primeira vez entrei nos aposentos do antigo Hospital Militar, no Convento de Cristo. Senti um misto de alegria e dor por ver tão belos aposentos e lugar, mas em degradação. Quando os governos e as câmaras não têm capacidade para conservar e desenvolver devem ser dados aos particulares essas possibilidades. Vozes houve que souberam contribuir para o estado lastimoso em que se encontram tais aposentos que bem poderiam hoje fazer parte da primeira Estalagem ecuménica e mística do mundo que foi adiada e que espero, alguém ousado pegue de novo na ideia e que os interesses mesquinhos do estado, municípios e particulares sem capacidade de investimento não se sobreponham às reais necessidades e possibilidades que se abrem com a criação de uma estalagem naquele espaço, que não perverte em nada a mundialidade do Monumento, pelo contrário, será uma mais valia para essa mesma dimensão.
Mas o Outono tem coisas belas em termos de cor. Há por vezes no ar forças cósmicas que nos enchem de entusiasmo. E os tons deste tempo infundem-nos um espírito tolerante tão necessário para os tempos europeus que se avizinham...
Mas é de Gabriel Garcia Marquez que quero partilhar três frases, do livro: Do Amor e outros demónios. Ele escreve a dado passo que “nenhum louco está louco se alguém aceitar as suas razões” e mais adiante e falando de poesia num dos diálogos um personagem Abrenúncio afirma que “quanto mais transparente é a escrita mais a poesia se vê” o que concordo, como também concordo de certo modo com a poetisa Graça Arrimar quando refere que “ a poesia não precisa de ser explicita”, pois não, porque a subtileza é uma dimensão essencial na vida das pessoas que andam de forma tão desmesurada à procura da cura de muitos males só que, como diz Gabriel, “não há remédio que cure o que a felicidade não cura”!
Por vezes as pessoas esquecem-se de que “na velocidade dos acontecimentos da vida só a alegria foca os sentimentos mais belos”, por isso os encantos do Outono só se agarram quando, sem pressa perdemos ganhando alguns minutos na contemplação dos vários belos que a natureza gratuitamente nos oferece.
Este mês e esta estação gera também nos românticos alguma nostalgia e ultimamente, não sei se é pôr estarmos no mês dos Santos, tenho-me recordado de vários conhecidos com quem me dava bem e que Deus os levou para si tornando-lhes a vida mais breve por estas paragens onde alguns teimam em fazer a vida negra a outros sem mais… Recordo com saudade o Serra, o Ricardo Salazar, o Beto e outros que seria fastidioso nomear. Mas estes saltam-me ao caminho memorial, de quando em vez, como se estivessem lá em cima a velar por mim…e já não falo dos que na terra natal também já deixaram de connosco partilharem noites de calor, sentados num qualquer murete ou numa fraga de esquina. É a vida…
Mas termino com as palavras de uma poetisa cuja obra conheci recentemente mas que me enche a alma: Maria Luísa Dias Santos que no seu primeiro livro - Amor Mais - escreve: Transcendência - “É nas almas cândidas e nuas, que os olhos se repousam”. E em Simbiose – “Na vida tal como nos sonhos, há seres que se querem, que se amam, e mesmo que não se pertençam, jamais se separarão.” Em Náufragos -“Há seres que emergem do nosso subconsciente, sufocando a nossa vontade”. E por fim, em Quimera –“Quisera eu um dia, pôr grilhetes nos meus sonhos. Mas fugiram por entre os dedos e vagueiam por aí”, talvez, digo eu, alguém os encontre e seja feliz com eles. Ainda bem. Adorava…
Boletim meteorológico
Surgiu um anticiclone, com ventos de moderada a grande intensidade, de todo o continente, deslocando-se para Santarém, não há notícias de prejuízos relatados.
Estão em estado de alerta, seis regiões, com atribuição de cor laranja, aconselhando-se muito cuidado, nomeadamente as que têm esta cor.
Para os próximos tempos, a situação mantém-se sem grandes alterações, por vezes com ventos moderados, muito nublado e pequena descida da temperatura.
Mantenham-se atentos à evolução das condições meteorológicas autárquicas e não só, pois o sol não nasce para todos ao mesmo tempo.
Dia 20/11/2005
(O Protestante)
Encerramentos...
O vereador socialista na câmara de Mogadouro denúncia que há movimentações políticas para encerrar os tribunais de Miranda, Vimioso e Mogadouro, transferindo as comarcas para Torre de Moncorvo.
(...)
Esta mudança estará a ser preparada no âmbito da anunciada reorganização da justiça. Advogados e funcionários judiciais nas vilas que podem ser afectadas mostram-se muito apreensivos com a situação.
RBA
Eu não acredito em bruxas, mas dizem os espanhóis "que as há, há".
Uma das principais promessas do senhor Presidente da Câmara de Vila Flor (quiçá a mais importante) é a construção de um Palácio da Justiça na "Póvoa de Além Sabor".
Agora adivinhem:
em caso de da anunciada reorganização e, quando for inevitável a reestruturação de serviços com o fecho de tribunais, qual vai ser um dos tribunais que pode fechar e outro que tem todas as possibilidades de manter-se?
Em Mirandela cairam no conto...
Elas sabiam os números do Euromilhões, resolviam problemas de família, acabavam com bruxedos.
Algumas pessoas não acharam estranho, é que mesmo tendo estes poderes, duas brasileiras, andavam de terra em terra para ganhar a vida.
(...)alguém (...) a troco da anulação de um bruxedo de família entregou ás cartomantes 12.300 euros, ouro e outros bens avaliados em 300 euros.
IRRA! Ainda há quem acredite!
RBA
E esta?!...
Prisão efectiva para o indivíduo que foi apanhado no fim-de-semana, em Macedo, com a taxa de alcoolemia de 4,71. O condutor de 57 anos foi condenado pelo Tribunal de Macedo de Cavaleiros a cinco meses de cadeia e ano e meio de inibição de conduzir.
Eram dez horas da manhã quando foi interpelado.
RBA
PR visita localidades com muitos idosos - "mesmo que não se saiba muito bem" se há algum benefício...
O Presidente da Republica começou esta segunda-feira uma acção dedicada ao envelhecimento. Jorge Sampaio pôs-se à estrada e na quarta-feira está no distrito de Bragança, uma das zonas do país onde a população é mais envelhecida. Vai visitar Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e muito em particular a aldeia Mirandesa de Vila Chã de Braciosa.
A povoação é dominada por uma população idosa. Quarenta por cento dos habitantes têm mais de 65 anos e nove por cento, mais de 85.
A aldeia teve mesmo que se adaptar à nova realidade e a escola primária foi transformada num Centro de Dia.
O presidente da junta está satisfeito por receber o Presidente da Republica, mesmo que não saiba muito bem se a localidade pode beneficiar com isso.
RBA
20 novembro 2005
Obras pouco visíveis, mas…
Um considerando introdutório – este é, para mim, um tema “politicamente incorrecto”.
Primeiro, porque nele estou implicado, como coordenador da Escola Básica do Primeiro Ciclo de Carrazeda de Ansiães, e a análise é sempre condicionada por uma visão participante e não distante como devem ser as análises objectivas. Segundo, porque o assunto não contribuirá para o aumento das audiências do blogue e concerteza não terá feedback por parte dos leitores. Terceiro, porque não trata de obra visível a “olho nu”, feita para ser inaugurada e os seus frutos só serão colhidos no futuro se porventura tiverem uma sequência nos anos próximos.
Estamos a referir-nos às parcerias estabelecidas entre a EB1 de Carrazeda e a Junta de Freguesia local em benefício do percurso escolas das crianças da vila e o apoio continuado que esta tem disponibilizado à comunidade educativa da antiga Escola Primária.
O porquê deste comentário?
Porque não o fazendo estaria a esconder uma prática que considero meritória. Porque é necessário lembrar aos órgãos de poder local que há algo para fazer para além dos parques de merendas, dos polidesportivos, dos paralelos, do alcatrão, das placas toponímicas, dos caminhos rurais… Porque ao contrário do que pensam muitos detractores do blogue aqui não aparece só a maldizer e a crítica mordaz, mas também o aplauso e o louvor.
A organização das actividades de complemento curricular que também correspondem ao alargamento do horário até às 17:30 horas tem sido claramente enriquecida pela boa -vontade e do esforço financeiro daquele órgão.
Através do diálogo e de uma planificação contratualizada, implementaram-se aulas de Educação Musical para todas as turmas do estabelecimento de ensino, contratando-se a expensas da Junta um professor daquela área que lecciona com visível sucesso a actividade.
Desenvolve-se um projecto na área do xadrez que contempla as turmas do 3.º e 4.º ano da vila em que participa um docente do Agrupamento e um outro colaborador pertencente à Assembleia de Freguesia. Todo o material necessário na ordem das centenas de euros foi adquirido pela Junta.
Dentro desta profícua colaboração foi-nos disponibilizada uma sala de apoio a actividades da área de Expressões, onde está sedeado o Clube dos Pequenos Artistas. Aí, as crianças desenvolvem trabalhos de Expressão Artística.
O Salão da Casa do Povo está a preparar-se para servir de apoio às actividades de Educação Física, lá foi colocada uma mesa de pingue-pongue, cujo material necessário foi adquirido pelo órgão autárquico.
A colaboração alarga-se na disponibilização das verbas para a limpeza das salas e para a compra do material escolar necessário às práticas lectivas.
Em outros anos lectivos, sempre ofereceram a todas as crianças uma prenda pelo Natal e co-organizaram um passeio escolar, arcando com as despesas inerentes.
Sem falsos discursos laudatórios, aqui se dá conta de uma outra faceta do trabalho autárquico... assim se pode provar que há vida nas freguesias para além do cimento e da pedra…
Pensar dos leitores
É um facto consumado, infelizmente para as aldeias, que a desertificação se instalou, quer devido à emigração quer devido ao fraco índice de natalidade, sabendo-se que uma ( fraca natalidade) é consequência da outra (emigração). Sendo assim, as escolas do meio rural, na sua generalidade, não excedem os cinco alunos, havendo muitas com um, dois ou três. Ora isto tem consequências financeiras para o Estado, é certo; mas com o encerramento das escolas, as consequências sociais e profissionais dos agentes de ensino será ainda maior, pois o desemprego ainda se irá agudizar mais. Quanto às soluções, elas passam pela centralização de docentes e discentes em locais que reúnam condições para os receber. mas aqui é que está o busílis da questão: que condições? Qualquer um dos edifícios escolares actuais onde se prevê a centralização (Carrazeda, Pombal, Fontelonga (?) Seixo (?)...) não reúne, de momento, as mínimas condições para receber todos os actores da educação. Como em várias outras situações, começa-se o edifício pelo telhado! primeiro, deveria já estar concluído (ainda nem começou!), em Carrazeda, o grande edifício escolar, moderno, funcional, cómodo e eficiente. isto é, com amplas salas de aula, aquecimento central, biblioteca, ginásio, cantina, sala de professores, tecnologias actuais (computorização de banda larga, vidioteca e outras), com salas próprias para o efeito, e tantas outras exigências para um efecivo desenvolvimento de competências para todos, tendo em vista um futuro melhor, sobretudo, para as nossas crianças, pois são elas o garante de um Portugal melhor e mais desenvolvido a todos os níveis! Quanto ao desemprego dos professores como consequência desta centralização, apresento aqui uma solução eficaz e profícua para os objectivos gerais do ensino (sucesso educativo): basta acabar com a monodocência e haver um professor para cada disciplina, como acontece, aliás, nos 2º e 3º ciclos. Deste modo, haveria mais emprego para todos e as crianças não sentiriam, como actualmente sentem, um grande impacto negativo quando terminam o 1º ciclo do ensino básico e vão contactar com uma realidade muito diferente no que concerne ao sistema de ensino e de convívio social. Obrigado ao sr. "protestante", por me suscitar este comentário a um tema tão actual como este.
mota
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Posted by Mota to pensar ansiães at 11/20/2005 12:19:47 PM
Um modelo de autarca
Acredito mesmo que fala porque julga saber o que diz. Efectivamente está consciente como muitos outros, que o seu trabalho de Presidente de Junta é profícuo e que as prioridades que define são as correctas. Ele acha-se o exemplo de autarca modelo e julgo que não está só.
Não adianta pois sussurrar-lhe que as prioridades que tem dado à sua gerência, poderiam ser outras, estas mais voltadas para a resolução dos problemas prementes dos seus concidadãos ou para a planificação de um futuro com mais progresso e riqueza para todos.
Sugerir-lhe que, por exemplo, o investimento feito no Pinocro poderia ter ido para a criação de canais de irrigação, melhores acessos aos prédios agrícolas ou a criação de pontos de luz nas propriedades da sua freguesia, é coisa que não lhe entra.
Dizer-lhe que em vez do desporto e recreios os seus concidadãos poderiam requerer antes condições de vida melhor na velhice, ou condições melhores para conseguir trabalho, também não colhe.
Admitir que em vez do restauro de fachadas, alcatroamento de ruelas e sua melhor iluminação, se poderia antes investir no apoio á criação de empresas locais, ou na criação de condições de comodidade interior imprescindíveis, também é utopia.
Trocar paralelos, alcatrão, lampiões, canteiros ajardinados, placas toponímicas, fontes decorativas, não podem ser trocadas pelo apoio aos concidadãos mais carentes, na resolução de problemas burocráticos ou jurídico, na ajuda no estabelecer de um contacto com um familiar ausente, numa ajuda doméstica, na resolução de um problema de falta de salubridade, numa opinião sobre gestão dos seus parcos recursos, num apoio médico, alimentar ou medicamentoso, suplementar.
Falta pois concluir se a população vive melhor ou pior, com autarcas como este. Saber se vivem felizes e contentes ou tolhidos e sem esperança, á espera da hora de entrarem para o Lar.
Poderá agora perguntar-se o porquê destas minhas apreciações dirigidas a um autarca modelo. Primeiro que tudo sou contra a ignorância e os ignorantes que incentivam a ignorância. Depois o que aqui está verdadeiramente em causa, acaba também por ser o valor de um avo daquilo que muitos de nós, aqueles que trabalham, vão pagando de impostos. E eu julgo ter o direito de exigir que este meu esforço não seja desbaratado.
Resta-me em jeito de remate, colocar os meus préstimos á disposição do Sr. Presidente da Junta e desejar, desde já, que ele aceite com humildade este meu desabafo e que colha daqui os ensinamentos que puder.
Hélder de Carvalho
18 novembro 2005
As Taxas da Saúde
Vem este tema ao caso do aumento das ditas taxas, com a informação que servirá para evitar utilização indevida às urgências hospitalares.
Estou totalmente de acordo que é necessário uma moderação da afluência às ditas urgências, disponibilizar mais recursos para quem precisa, mas é obrigatório saber o porquê desta situação. Por norma os utentes deslocam-se às urgência porque:
• Sabem que podem ser observados por pessoal diferenciado, se necessário.
• Têm do mesmo modo oportunidade de efectuarem, se necessário, exames auxiliares de diagnóstico.
• E fundamentalmente, têm quem os atenda.
Não é por um aumento de cêntimos que se consegue diminuir a afluência, para isso torna-se necessário aumentar a disponibilidade dos cuidados de saúde primários para atendimento às situações agudas, que tenham um mínimo de exames auxiliares de diagnóstico, criar um programa informático (que funcione) que facilite os dados clínicos e exames efectuados pelos utentes, evitar-se-iam duplicações e, por fim ponham em prática a teleconferência (Telemedicina) a funcionar.
Será este o princípio da resolução do problema e não o aumento das taxas moderadoras, sabendo todos nós que a grande maioria está isento do respectivo pagamento.
(O Protestante)
Explosivos
Foram apreendidos explosivos na câmara de Vimioso por estarem em situação irregular, colocados numa arca frigorífica. (...) em vez de estarem abrigados num paiol.
In RBA
Contra o encerramento das maternidades
Mais de 3500 assinaturas. Foi quanto a Juventude Popular do distrito de Bragança conseguiu recolher no abaixo-assinado contra o encerramento das maternidades. O conjunto de subscrições foi recolhido nos últimos quinze dias e entregue esta sexta-feira ao Governador Civil.
in RBA
17 novembro 2005
A Criança numa escola
Muito se tem escrito sobre a problemática do encerramento das escolas do ensino básico, nomeadamente sobre o que atinge duma maneira significativa o interior do país.
Sugerem o encerramento de todas as escolas que tenham menos de 20 alunos, no caso específico deste Concelho, a única escola com viabilidade para cumprir este objectivo seria a da Vila.
O que pensam os intervenientes:
- Os pais, duma maneira geral, podem ser divididos entre os das comunidades citadinas, que desejam uma escola não pela proximidade, mas sim que além de garantir a qualidade do ensino, garanta também a vigilância e a ocupação da criança, compatibilização com os seus horários profissionais e as pequenas comunidades rurais, que além da referida qualidade, gostam de ter os seus filhos “debaixo das suas asas”, sentem esta proximidade como protectora, regra geral, os filhos têm com quem ficar, e resistem à mudança por não entenderem os benefícios, nem serem objecto de reflexão e participação do novo modelo organizacional.
Os Professores defendem a sua posição de classe como é normal, menos escolas maior taxa de desemprego. Não quero ter uma visão sectária do problema e passar a mensagem que há falta de profissionalismo entre os professores, longe de mim pensar deste modo, mas não invalida o que disse anteriormente.
O Governo via M(in)istério da Educação vê apenas a redução financeira, menos professores menos auxiliares, menos com menos, menos dá.
A autarquia vê mais uma competência atribuída sem o correspondente encaixe financeiro.
Pergunta-se:
Quais os estudos que foram feitos para se chegar à conclusão que as turmas têm que ter mais de vinte alunos?
Foi ou não equacionado e resolvida a questão dos transportes e a alimentação?
Poder-se-ia enunciar muitas outras perguntas a juntar à crise (separação).
Mas o mais importante ficou por dizer ou seja, este tipo de ensino dirige-se a quem? Às crianças. E o que é melhor para elas?
O que existe, em muitos casos são:
Turmas com um ou dois alunos, quem beneficia? Onde entra a sociabilidade tão importante para a criança, o surgimento e o significado do grupo.
Sem espaços para actividades físicas ou recreios funcionais? Não podem testar habilidades físicas, aprender as regras. A aprendizagem da linguagem e a habilidade motora de uma criança também são desenvolvidas durante o brincar.
Salas de aulas sem aquecimento, qual a produtividade dos alunos?
Impossibilidade de fornecimento de refeições.
Há que ponderar muito bem os prós e os contras.
Sem querer saturar, fica a ideia que o assunto foi tratado apenas pela rama, mas espero contribuir para a discussão.
(O Protestante)
Pensar dos leitores
Julgo que a resolução dos problemas não está no número de vereadores,
mas,
na capacidade que apenas um ou mais outro tenha(m) em impor e exigir o rigor e a disciplina necessários a um bom desempenho dos serviços da autarquia.
Vejamos:
O número de funcionários externos é mais que suficiente para os trabalhos que a autarquia está obrigada a prestar.
Por isso com uma boa coordenação e orientação a cargo de um vereador por ex. é possível fazer mais e melhor.
Não é admissível ver 3 funcionários a trabalhar e outros 3 a ver !
Uma distribuição organizada de tarefas deve ter em conta a rentabilidade que cada trabalhador consegue dar sem descurar a óbvia qualidade.
Conseguir-se-ía fazer muito mais evitando o recurso a serviços de pequenas empresas que nem sequer do nosso concelho são !
Internamente o problema é mais soft !
Com menos 30% dos funcionários era perfeitamente possível fazer mais e melhor serviço.
Parecerá uma percentagem exagerada mas não é.
1º Desburocratizar terá que ser uma aposta. Não é admissível que um serviço que apenas depende de decisões suas continue a exigir papel e mais papel !
2º A qualificação e formação contínua dos seus funcionários evitaria que os tais 30% andassem de secção em secção a perguntar como se faz, porque na boa verdade NÃO SABEM. Creio até que se alguns fossem despedidos o Chico não se sentiria tão só ...
3º Ler a " Maria " - " TV Guia ", discutir o episódio da novela da noite anterior, jogar à paciência no PC não são tarefas do conteúdo funcional !
Não se pode tolerar que em cada 8 horas pagas apenas se produza 4, 5 ou 6 !
Se dizem receber pouco é um azar tremendo porque na boa verdade ninguém os obrigou a ...
4º Gratificação por objectivos - Trabalha mais --- ganha mais poderia ser um estimulo à rentabilidade e à melhor qualidade de serviço.
Poderia enumerar outras.
Na minha opinião há excedentários no quadro interno;
Em 1997 o Sr. Eugénio de Castro prometeu a criação do Gabinete de Apoio ao Municípe. Até hoje !
Por que não avançar com esta ideia tentando colocar aqui alguns desses funcionários ?
Este Gabinete poderia dar apoio e aconselhamento nas mais variadas áreas, podendo ser a primeira alavanca para gerar desenvolvimento e investimento, ao nível de projectos agrícolas, comerciais, financiamentos, divulgação de programas de incentivo a esta ou aquela actividade ... etc. etc.
Era uma mais valia para o concelho e para os funcionários, porque para aprender não é preciso ser doutor...
HAJA VONTADE.
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Posted by Adamastor to pensar ansiães at 11/17/2005 03:38:25 PM
Os lobos atacaram de novo
Um ataque de lobos a um rebanho de cerca de 200 cabras provocou a morte a 13 animais, em Mogo de Malta, Carrazeda de Ansiães. Vinte e um cabritos recém-nascidos perderam as progenitoras, e cinco já morreram à fome. O ataque ocorreu na passada segunda-feira, mas só ontem a causa foi confirmada por um técnico do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), que foi ao local averiguar o sucedido.
O proprietário da maior parte do rebanho, Manuel Mesquita, de 26 anos, andava a alimentar os animais na zona da Cabreira, quando, cerca das 16 horas, viu o que, à primeira vista, lhe pareceu serem \"quatro cães\" a aproximar-se das cabras, que comiam bolota debaixo de um sobreiro. Puro engano. \"Eram quatro lobos, que, de imediato, começaram a atacar as cabras, mordendo-as no pescoço\", conta.
Sem cães capazes de enfrentar os lobos, Manuel Mesquita teve como única preocupação evitar que o rebanho dispersasse demasiado, já que os 200 animais começaram a fugir em várias direcções, não conseguindo evitar a mortandade.
João Tavares, de 46 anos, também lamentou o sucedido, já que o filho tem parte no rebanho. Ontem, acompanhou o técnico do PNDI na procura das carcaças dos animais mortos. \"Pelos vestígios encontrados confirmou que foram lobos que atacaram as cabras\", disse.
Segundo João Tavares, o prejuízo é elevado, sobretudo para Manuel Mesquita, \"já que vive exclusivamente disto\". Feitas as contas, calcula que o prejuízo ronde os \"cinco mil euros\", contabilizando o custo dos animais adultos e crias - cada cabrito ronda os 50 euros - além do leite que deixaram de produzir.
Eduardo Pinto in JN, 17-11-2005
Mais Mentiras Piedosas
- Sempre se confirma o mega banquete que comemorará os 75 Anos da fundação dos Bombeiros Voluntários de C. de A. O banquete será patrocinado por uma Empresa de Construção Civil de Amarante. Deste modo a nova direcção consegue calar as “más línguas” que diziam que “…em tempo de vacas magras não devia gastar-se assim o dinheiro”.
Integrado no programa das comemorações consta ainda um Baile e um Concurso de “Misses”. O prémio para a eleita será o de vir a ser a “Madrinha de Baptismo” da próxima ambulância, a adquirir quando houver dinheiro.
- Reina algum retraimento nos decisores, no que respeita á entrada da próxima leva de funcionários camarários. O último concurso improvisado foi contestado por deficientes físicos que apelaram á lei, sem sucesso, para fazer valer os seus direitos. Agora como não prevêem a integração de deficientes, sentem-se embaraçados com a possibilidade de alguém lhes lembrar a história passada.
- Concluídas as obras do Parque de Merendas do Pinocro da Fontelonga é chegada a melhor altura para a sua inauguração. Só falta agora construir a Fossa Séptica para servir as instalações cobertas.
Nota. Até ao momento da publicação desta informação, não foi possível confirmar se, o que aqui se diz, é mesmo mentira.
- Segundo as apreciações feitas pelo Barómetro “ Ansiães no seu melhor” foi decidido considerar o melhor evento cultural da programação da CM, em 2005, a actuação na Festa da Maça do Artista Toni Carreira. Com efeito esta actuação conseguiu superar acontecimentos mais eruditos e que prometiam concorrência feros a este interprete.
- Entretanto e a pensar na descentralização, prepara-se o primeiro grande evento cultural da nova gestão autárquica. Assim, estão já abertas as inscrições para o espectáculo do “Cantar dos Reis” a realizar em Instalações de uma Associação Cultural do Concelho a determinar.
Hélder de Carvalho
Pensar dos leitores: polémica
Escreveu o Protestante sobre o Santuário do Pinocro.
Num concelho que também é o meu e que as diversas políticas governamentais votaram ao abandono, nasceu o Santuário do Pinocro.
Fosse eu presidente de uma qualquer Junta de Freguesia desse concelho e senti-me-ía injustiçado por S. Pinocro ser mais venerado e ter mais oferendas do que o santo padroeiro da minha aldeia.
Comparemos apenas com a freguesia de Carrazeda de Ansiães.
- N. Sr.ª de Fátima tem um arranjo urbanístico miserável e indigno de tão Venerável Santa.
- Sr.ª da Graça, apesar de espaço tão amplo e aprazível, está abandonada. Esperamos ano após ano que o fogo não acabe com as sombras que ainda restam e que os anos mais chuvosos não arruinem de vez o seu caminho de acesso enlameado.
Mas não é apenas sobre a devoção a S. Pinocro que o Presidente da Junta de Freguesia de Carrazeda de Ansiães se deve sentir injustiçado.
Se compararmos Carrazeda de Ansiães com a freguesia de Fontelonga, verificamos que qualquer dos nossos jovens que pretenda jogar futebol ou praticar ténis tem de se deslocar a esta freguesia , pois só ali existem há vários anos instalações desportivas adequadas (e estão a ser construídas novas instalações desportivas iguais perto do lar da terceira idade e do cemitério!).
Se qualquer grupo de amigos ou família pretender fazer um lanche ao ar livre, tem de se deslocar a Fontelonga, pois ali existem dois parques de merendas (em linguagem política camarária, denominam-se "arranjos urbanísticos").
Se quisermos visitar a parte antiga da vila de Carrazeda, vemos um bairro abandonado sem o investimento de um projecto de recuperação de casas antigas e iluminação como o que teve Fontelonga.
Poderemos comparar muitas mais coisas e investimentos em relação à maior parte das outras freguesias do concelho.
Tendo os habitantes de Fontelonga direito a todas as comodidades e investimentos, será que aquela freguesia deve ter dois parques de merendas que distam poucos metros um do outro?
Deverá Fontelonga ter duas áreas de instalações desportivas separadas apenas por cerca de 200 ou 300 metros?
Torna-se indispensável investigar o porquê de tal promiscuidade de interesses, o porquê de tal disparidade de investimentos de umas freguesias para as outras.
Será a grosseria condição indispensável para se conseguirem investimentos camarários para uma qualquer junta de freguesia?
Sem dúvida que, se assim for, o Presidente da Junta de Freguesia de Carrazeda de Ansiães (tal como muitos outros)sai a perder.
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Posted by sentir-ansiaes to pensar ansiães at 11/16/2005 03:18:56 PM
Como já devem ter percebido, eu sou o José Joaquim da Silva, cidadão deste concelho de Carrazeda de Ansiães, presidente da Junta de Freguesia de Fontelonga. Eu próprio. Sem pseudónimos, sem anonimato, sem mascarilha. E acho que apenas deveria falar com aquelas pessoas que sabem o que dizem, como dizem e o assumem com frontalidade. Mas hoje, uma vez sem exemplo, vou responder a essa entidade estranha que dá pelo nome de ?sentir- ansiaes?. Ou melhor, vou lançar uma singela pergunta para saber se essa dita entidade estranha sabe responder com a língua tão afiada como a que utiliza para criticar tudo e todos. Então cá vai: Será o anonimato condição indispensável para os cobardes exporem as suas opiniões? Saberá responder-me?!?!?
Agora, se quiser resposta a todas as suas outras questões (deslocação a esta freguesia para jogar futebol, praticar ténis ou fazer um lanche ao ar livre, a recuperação de casas antigas e iluminação e todas as comodidades e investimentos a que os habitantes de Fontelonga têm direito e, ainda a investigação sobre a promiscuidade de interesses e a disparidade de investimentos de umas freguesias para as outras que considera indispensável...), vai desculpar-me mas só poderei responder-lhe quando ?sentir-ansiaes? tiver um nome, um rosto e uma vontade de sentir MESMO ansiães, caso contrário, morrerá na ignorância com a única certeza de que quanto mais gritar menos será ouvido.
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Posted by José Joaquim da Silva to pensar ansiães at 11/17/2005 12:33:56 AM
16 novembro 2005
Postais (pouco) ilustrados...
15 novembro 2005
NOVO INQUÉRITO
Pretende-se fomentar a reflexão e de uma forma clara discutir um tema importante, actual e crucial à nossa vida comunitária.
Durantes os próximos dias, ao lado, estará um inquérito, só permite votar uma só vez, como habitual, e, cremos, produzirá uma amostra significativa do nosso pensar colectivo. Há ainda dois inquéritos activos: um sobre as presidenciais e outro sobre as possíveis soluções para o problema da etnia cigana, procure-os nos links respectivos.
Porque Pensar Ansiães é um projecto colectivo....
Encerramento de escolas e o silêncio que se gerou
Três dos sindicatos de professores que têm delegações em Bragança, não conseguem entender o silêncio das câmaras municipais perante o anúncio da Ministra da Educação, de que quer encerrar as escolas com menos de 20 alunos no fim desta no lectivo. SPZN, SINTEP E SPN uniram-se a uma só voz para contestar várias decisões do governo para o sector, referindo que elas prejudicam gravemente, sobretudo Trás-os-Montes.
Antes de entregarem uma carta reivindicativa ao Governador Civil de Bragança, os sindicatos chamaram os jornalistas para lhes dar conta do que consideram ser a maior crise de sempre na educação.
Entre as maiores razões de queixa para a região está a intenção do governo encerrar as escolas do 1º ciclo, com menos de 20 crianças. Lembram que no distrito de Bragança, isso significaria fechar as portas a quase 300. No mundo rural não ficará praticamente nenhuma sala de aula, mantendo-se a funcionar 70 estabelecimentos, na maior parte dos casos nas sedes de concelho.
Alice Susano a porta-voz das três forças sindicais diz que a decisão vai ser arrasadora e que contribuirá para a desertificação nas aldeias e posteriormente de toda a região, já que mais de duas ceentenas de professores vão ficar sem lugar na zona de quadro pedagógica e vão ter que se ir embora.
Os sindicatos lembram que se a Ministra quiser mesmo encerrar as escolas no final deste ano lectivo, as autarquias é que vão entrar em despesas incomportáveis com deslocações, infra-estruturas e alimentação das crianças e dificilmente têm essa capacidade, dai que não entendam o silêncio dos presidentes de câmara do distrito.
Notícia RBA
É incompreensível este silêncio das autarquias e das forças vivas da região perante esta ataque ao interior. As regiões que sofrem da desertificação humana terão de ter especificidades próprias que não são comparáveis ao todo nacional. Não é possível manter todas as escolas do distrito e algo terá de ser feito. Porém o fecho compulsivo de todas com menos de 20 alunos é insustentável e contribuirá para uma maior desertificação do nosso concelho...
14 novembro 2005
Filmagens de Pedro e Inês estão a acabar


Na próxima semana terminam as filmages da série que às sextas-feiras ao
serão passa na RTP.
O Convento de Cristo, em Tomar tem sido o palco de mais de 70% das filmagens, e um nosso conterrâneo, e colaborado do Pensar Ansiães, o Dr. João Sampaio de Zedes também tem participado como figurante.
No sábado passado participou nas filmagens sobre a morte de dois dos três carrascos que mataram D.Inês, mas que D.Pedro vingou tirando-lhes os corações tendo-os dado para os cães comerem.
Diga-se que a cidade de Tomar e o Convento vão já a seguir ser palco da série espanhola Teresa D`Ávila.
O desporto radical de Gilberto Pinto
As pequenas crueldades incitam ao choque frontal
O tráfego nas cidades leva ao choque frontal
Rui Reininho, Psicopátria do GNR
Sobre A Casa da Prelada, para mim — um romance maior, conversei com o autor, Gilberto Pinto: metade da entrevista a sair já ao mês de Novembro, n’ O Pombal, segundo _ seu director Carlos Fernandes. Entrevista didáctica, pois tentámos colocar dúvidas na perspectiva do Outro — esse aluno da Escola Secundária, em contrato de leitura, para que tenha mais pistas na viagem... E, ao fim, haja literalmente chegado a um outro ponto (sem sair do seu lugar).
E mesmo se num ou noutro . houve divergência, como Einstein soubemos criar um acontecimento! No poder re_
criar a partir daí, Leitor e Autor, _ _ sentidos do texto... Sobre a nossa Condição Humana. Gilberto Pinto, num absoluto, sem haver medo de se mostrar como é: Culto... (n1 país que inveja o mérito dos seus iluminados), sem nunca o discurso auto-regular o medo, em nome da radical criatividade da sua obra, disse:
‹‹Quis deixar insinuações, motivos, fragmentos (e daí os silêncios), para fugir ao explícito, que seria sempre vulgar. Se for o leitor a acabar a construção, ela será na sua mente mais intensa e 'verdadeira'. Claro que o risco existe: o de o Leitor absorver o texto de forma leviana, incompetente, superficial. Mas não foi para esse Leitor que o texto se fez.››.
Que a proposta de Gilberto Pinto é a que Maurice Blanchot n’ O livro por vir formulou: Escrever sem escrita, conduzir a literatura a esse ponto de ausência onde desaparece. Eis o ‹‹grau zero da escrita››, 2º Roland Barthes, a neutralidade que todo o escritor busca, deliberadamente ou sem se dar conta, e que leva alguns ao silêncio. E A Casa da Prelada é isso mesmo — um caminho exterior, nos capítulos ímpares, de um diálogo que se apresenta como monólogo, sob a voz de Alberto Guimarães (já que espelha as reacções do sr. inspector e do agente), e depois, um não exclusivo, _ _ caminho interior, de monólogos, aos capítulos pares, respectivamente de Ni, Bela e Eva: Eva que dispensa mesmo a manifestação de uma voz — tudo lhe ocorrendo em consciência. Escutar o silêncio é pois seu caminho...
Em muitas livrarias colocado (ironicamente) nas prateleiras do policial, o livro centra aos nossos pequenos e grandes 'crimes' familiares, como o egoísmo fechado nas paredes de um escritório, o incesto, ou pior: a violação de... Como diria Rui Reininho, ‹‹as distracções (...) as pequenas crueldades (...) o tráfego nas cidades leva ao choque frontal››... Mero acidente? A re_
flectir sobre... ‹‹A procura do eu. Só isso importa. E o eu não está à flor da pele, mesmo se aí existam algumas das suas manifestações. E só o romance que tente essa busca tem o direito de existir. O resto... são árvores mortas para nada... só aumento de entropia.››. Que assim continue, Gilberto Pinto. E
sob os vidros quebrados de um jogo d’ espelhos da Tempestade, central no romance, nos deixe ver os raios de um Sol avassalador.
vitorino almeida ventura
Ao que o poder obriga...
13 novembro 2005
Postais (pouco) ilustrados...
Cinco mil anos de história ou uma mistura de pré-história com o modernismo...
...gentimente cedida por HC
12 novembro 2005
Mais Mentiras Piedosas
• - É já amanhã que vão iniciar-se as obras tendentes á concretização do imponente projecto das Termas do S. Lourenço. As populações naturais acreditam que tal se deve a um milagre do Santo Padroeiro.
• - Entretanto as novas instalações dos serviços de Planeamento e Licenciamento de Obras da CM vão permitir que os processos de licenciamento tenham um prazo de decisão mais curto. Eram de 30 dias, passam a ser de 29.
• - Não se confirma que os elementos eleitos da Junta de Freguesia de Carrazeda de Ansiães se tenham esgadanhado par a obter o cargo de secretário da Junta. Não terá sido o ordenado auferido neste cargo que terá motivado o desentendimento ocorrido.
• - Foi apresentada aos sócios a Equipe de Futebol de Veteranos de Carrazeda de Ansiães. Em discurso inflamado o Presidente prometeu assegurar os transportes para as deslocações e as merendas devidas, se a equipe garantir uma boa colocação no campeonato. Foi dito que se tal não acontecesse deixarão de ser garantidos os subsídios das Instituições que patrocinam e que estes passariam a reverter para a constituição de uma equipe de jovens iniciados.
Hélder de Carvalho
Mentiras piedosas
• -Tomaram posse recentemente os órgãos autárquicos do nosso concelho. Consta que a primeira decisão que tomaram foi a de se irem confessar. Até ao momento ainda não constou quais as penitências que coube a cada um.
• -Ainda referente ao saldo da campanha autárquica, pôde confirmar-se que sobrou uma quantidade de paralelos de granito, frangos de churrasco e garrafas de vinho maduro tinto. Os técnicos contabilistas da CM realizam no momento o inventário rigoroso deste material com vista a inclui-lo na rubrica de excedentes, no próximo Plano e Orçamento de 2006
• - Ainda no âmbito das novas dinâmicas autárquicas, a Rádio Ansiães garantiu já os direitos de transmissão dos relatos das Reuniões de Câmara e de Assembleia. Acredita-se que tais programas irão ter grandes audiências.
• - Na primeira reunião de Câmara da nova legislatura os vereadores da oposição tiveram um perturbante ataque de soluços. Tal deveu-se á onda de gargalhadas que se seguiu à explicação dada pelo Sr. Presidente da Câmara quando justificou a necessidade de ter mais um vereador a tempo integral. A justificação que deu foi a de que foi muito custoso aguentar o final da anterior legislatura sem o contributo do Vereador afastado.
Hélder de Carvalho
Muro abaixo
Esta é a opinião da maioria dos entrevistados, pelos órgãos de comunicação que deram a notícia do acontecimento.
Por vezes a queda de um muro é motivo de grande contentamento e fundadas expectativas.
Será este o caso! Aqui reside a grande dúvida.
O facto é que ninguém antes conseguiu demover quem manda, de que o muro devia cair, para dar lugar a mais espaço e liberdade. E finalmente, cansado de tanto esperar, como quem compreende o incómodo, o muro decide-se e cai. Tudo isto, não sem que antes tenha programado a data da sua queda.
Por tal facto, este acontecimento tornou-se o acontecimento do mês, em Carrazeda de Ansiães. Aqui está um êxito que deve ser louvado e recordado.
Aparecerão agora os responsáveis a tentar adiar o inadiável. Irão responsabilizar os confinantes da sua responsabilidade legal na resolução do problema. Irão determinar que o Chefe de Departamento delegue no Chefe de Divisão que proponha ao Encarregado Geral, que diligencie junto Encarregado de Obras que, calcule junto do Pedreiro de Primeira, uma proposta para que a tarefa de reconstrução, seja iniciada pelos serventes, depois de decidida em Reunião de Câmara sob proposta do Exmo. Sr. Presidente. Na altura já terão sido feitos todos os cálculos, planos e orçamentações, faltando só depois inventariar as derrapagens e os cálculos das obras não previstas. Por essa altura terá sido dado também o parecer, entretanto pedido para o IPPAR, que garantirá tratar-se de uma o obra patrimonial importante, a carecer de um tratamento de restauro cuidado e atento, recomendando o acompanhamento por arqueólogos habilitados.
Apesar de tudo e por tudo isto, já poucos acreditam que, desta vez, seja possível escapar á tomada de decisões, malgrado o ranger de dentes dos responsáveis. Efectivamente também estes reconhecem que, não fosse a decisão prepotente e unilateral das pedras do muro caírem, nada disto teria acontecido.
Outros confiam que tal facto seja apenas o início da queda de mais muros, para que entre os escombros se comecem a vislumbrar horizontes de liberdade.
Hélder de Carvalho
Má Alimentação
A comida de plástico foi inventada na América para “matar” a fome aos indigentes. Os europeus e não só, escancaram-lhe as portas e virou moda. É chic , eleva o nossa auto estima, sentimo-nos mesmo bem, quer a comer este tipo de alimentos, como também a frequentar... até já festejamos os aniversários dos nosso filhos nestes estabelecimentos de restauração, que fazer?… é a moda.
Quanto ao leite nas escolas, lembro-me muito bem, dos técnicos de saúde irem pregar (a saúde dos dentes) aos peixinhos, pois só adquiriam leite achocolatado, maus hábitos, que fazer?… são gostos.
Vivemos a ditadura da fome durante longos anos, em termos alimentares estamos a atravessar um ciclo de a abundância mesmo que esta propicie uma vida mais curta e nos envie mais cedo para outros paraísos. Esta é a triste realidade... a nossa, até quando… quisermos.
(o Protestante)
Bons exemplos
"Os técnicos da câmara fazem o levantamento das propriedades, elaboram os projectos e fazem as candidaturas ao novo quadro comunitário de apoio", explica o autarca. José Santos acredita que com a autarquia a ajudar os proprietários a lidar com as burocracias e formalismos que exigem as candidaturas aos fundos comunitários, muitos mais agricultores podem aproveitar essas ajudas.
Em simultâneo, a iniciativa pode reforçar a componente turística que a amendoeira representa para a região. (...)
do PÚBLICO
11 novembro 2005
Sócrates anuncia mais 250 quilómetros de auto-estradas no Norte do país até 2009
Desses 250 quilómetros - que não incluem a ligação a Bragança, igualmente considerada prioritária pelo primeiro-ministro - 150 estarão utilizáveis já em 2006.
10 novembro 2005
Leite escolar
A notícia do Público continua referindo-se que são gastos anualmente dez milhões de euros com esta distribuição gratuita. Um esforço significativo, convenhamos.
A avaliação que se faz da distribuição do leite escolar nas escolas do 1.º Ciclo é um caso de sucesso. Por um lado têm ajudado a colmatar insuficiências na alimentação das crianças, por outro tem escamoteado um pouco a responsabilidade do tutor da escola pública, o Estado, da obrigatoriedade de fornecimento de refeições às crianças da antiga primária, como acontece em todos os outros sectores do ensino.
Contudo, os que lidam com a realidade destas turmas, debatem-se diariamente e, não poucas vezes, com uma luta sem quartel na motivação das crianças para esse hábito saudável de beber leite e outros erros na alimentação infantil.
Expostos a um massacre diário da TV, que lhes incute maus hábitos entre os quais e os mais visíveis, os alimentares: a maioria dos anúncios televisionados refere-se a chocolates, cereais com açúcar, bolos, bolachas e “fast-food”, tudo produtos pouco interessantes numa dieta saudável. Os encarregados de educação promovem e até incentivam estas práticas. Esta "pressão" terrível começa a ter as suas consequências – crianças mais gordas e com um potencial para contrair diabetes e doenças cardiovasculares. A obesidade infantil é já um problema sério de saúde pública.
Muitas das nossas crianças recusam-se cada vez mais a tomar o leite escolar, pois de casa trazem uma pafernália de bollycaos, sumos empacotados, aromatizados com os gostos que mais apreciam. Aos poucos, chegar-se-á ao cúmulo, das nossas crianças ficarem sem saber os verdadeiros sabores dos alimentos naturais.
Bem lhe prega a auxiliar da educação, bem o aconselha o professor… o menino "caprichoso", com o alto "patrocínio" do encarregado de educação que lhe satisfaz os caprichos, diz não a práticas de alimentação saudável e ao leite escolar!
É muitas vezes um esforço inglório quer dos contribuintes que pagam com os seus impostos este precioso produto quer prática pedagógica dos agentes educativos.
Recepção aos professores em Carrazeda de Ansiães
Esta acção teve nos primórdios a dispensa das actividades lectivas e este dia era um autêntico bónus. De há uns anos a esta parte, o evento processa-se após as actividades lectivas.
No presente ano e do programa destacamos a cerimónia de boas vindas que decorreu no Centro de Apoio Rural, onde foi distribuído a todos os presentes um novo livro editado pela Câmara Municipal, sob o título genérico “Património Arqueológico de Carrazeda de Ansiães”. A modos de parêntesis também este blogue recebeu o citado volume que por falta de tempo ainda não nos foi possível fazer uma análise exaustiva: Pensamos fazê-la, porém, a primeira ideia que nos fica é tratar-se de um opúsculo com qualidade. Adiante…
Na cerimónia usou da palavra o Sr. Presidente do Município que a dado momento referiu que não concorda com este tipo de iniciativa, pois, na sua opinião, para ser equitativo teria também de promover recepção de boas vindas a todos os outros profissionais que aportam ao concelho. É uma posição que parecerá justa. (levanta-se a questão: se assim é, que estaria ali a fazer?)
Esta lógica esbarra com realidades que são específicas da profissão docente. A a argumentação explanada estará mascarada. Ser professor é na realidade presente, a profissão mais instável do país. Todos os anos, se assiste a uma constante mobilidade. Há casos de exercício profissional de duas e três dezenas de anos sem se atingir a meta legítima de uma escola permanente. Em zonas de interior, como a nossa esta situação é muito mais evidente. Em estudo que realizei há uns anos conclui que mais de metade da população docente mudava todos os anos no concelho.
Por outro lado, em nenhuma profissão como esta, é fundamental um “know-how” do meio. Um docente sem um conhecimento da realidade envolvente não poderá desempenhar o seu papel com sucesso.
Promover acções de divulgação da nossa terra é uma “boa política”, pelo exposto e também porque em terras como a nossa, do interior do interior, é sempre pouco o que se faz.
Por último, cremos também que o figurino da recepção se tem mantido, grosso modo, da mesma maneira desde o início e como em todas as iniciativas humanas há uma necessidade constante de reformulação e de inovação. Assim, procurar novas formas de recepção precisam-se…
Pinocro
Já muito se tem falado no parque de lazer sito na Fontelonga. Uns querem outros desdenham, querem em lugares com nomes de santos, santas e afins, e também não querem com a mesma vontade. Por mim plantava muitos parques de lazer para contentamento dos interessados, se para isso houvessem meios. Alargar o leque de parques de diversão e lazer, reforçado mais uma vez a vontade de fazer sair do seu rincão e motivar os mais resistentes para o convívio/lazer, em espaços livres e prazenteiros, não podemos separar a mente do espírito.
Nestes locais e para os mais novos e jovens somos todos, com a ideia que vamos envelhecer, organizarem-se e trabalharem temas do seu agrado, como a educação ambiental por exemplo, mas não teriam que ter um padrão rigoroso porque não sugerido e do agrado da maioria, proporia o bar de apoio para esse fim, utopia ou não.
Gostaria de ver, não para hoje mas para ontem, um posto de turismo, para anunciar aos visitantes/turistas, e não só, o que de bom temos para oferecer e dar documentação abundante para sentirem vontade de ver/conhecer melhor este concelho, e ter sinalética/ orientação e porque não painéis informativos, “eles hão-de chegar”, é também uma maneira de divulgar.
Anel, aro de metal que agrada a quase todos, nomeadamente ao sexo feminino e se possível com muitas pedras preciosas.
Quero com isto mostrar alguma admiração por o caminho não ter continuação, não circular em volta do marco geodésico, faltam apenas uns “paralelos”, pois as pérolas deste aro são os assadores, também estes não ficariam mal com mais uma pedra (num dos lados), diminuindo a propagação de faúlhas, podendo estas ser ponto de ignição de incêndio.
Quanto ao bar de apoio, mais uns metros de área coberta e teríamos espaço para imensas utilidades, como um local de encontro e discussão aberta aos interessados.
A paisagem é deslumbrante como tantas outras com que a natureza nos brindou, e ainda não conseguimos adulterar, para já.
Quanto ao não prolongamento do caminho, a justificação poderá estar, no pinocro recusar estar anilhado, na não conclusão “ainda” da empreitada como também de não se querer abrir mais uma frente (fria) espanhola, e este seria e estou de acordo, motivo mais que justo, (sem cariz xenófobo), mas que ficava um bonito anel não tenho dúvidas e o leitor decerto concorda.
A rematar penso que está tudo bem eu é que vivo num mundo virtual, será?!
Seja como for…
(O protestante)
09 novembro 2005
08 novembro 2005
A atracção por Carrazeda (concursos públicos)
A problemática dos ciganos... ainda
“Os três dias de descanso constituem um processo com seus perigos. É essencial que os ciganos “Gatunos e Meliantes” se não apercebam de tal, porque até ao terceiro dia serão bem comportados, mas, no final, cometerão a delinquência e, antes que a autoridade o saiba, evadir-se-ão para uma área desconhecida, sem que, talvez, se saiba para onde”.
Este decreto esteve em vigor até ao final da ditadura Salazarista, ou seja, um passado bem recente na memória da população portuguesa.
Apesar disso foram-se sedentarizando e aceites pela população local, uma vez que não cometiam quaisquer danos.
Veja este site sobre os ciganos no distrito de Bragança
07 novembro 2005
Concursos (pouco) públicos...
Em tempos de crise no acesso a ocupações remuneradas não nos parece ser normal o que sucede. O país atravessa uma situação grave no acesso aos ofícios, crescem as inscrições nos Centros de Emprego e todos sabemos das dificuldades de obtenção do primeiro emprego, mesmo para aqueles que possuem cursos universitários. Por outro lado, são cada vez mais as pessoas, principalmente jovens, que possuidores de formação média ou superior esbarram com dificuldades na obtenção de uma ocupação remunerada e todos os lugares, por mais insignificantes, são deveras apetecíveis de molde a angariar os primeiros rendimentos e enriquecer os curricula.
A ideia que o cidadão comum, como nós, tem de quando um lugar é “posto a concurso” é de que são “mais que muitos” os candidatos que se apresentam e as oportunidades reduzem-se por isso mesmo. Muitos hão que não se importam de calcorrear dezenas de quilómetros, sujeitando-se “à chapa ganha, chapa gasta”.
É, pois, estranho o que se passa na nossa “courela” relativamente a potenciais interessados de nela trabalharem. Do nosso conhecimento, em três concursos de acesso a lugares no município carrazedense houve um total de cinco candidatos; em dois deles, apenas um concorrente por cada certame respectivo.
O último está relacionado com a admissão de um docente para leccionar as aulas de Inglês no Primeiro Ciclo do Ensino Básico. Concorreram três candidatos!... A área do Ensino é aquela que mais se encontra preenchida de putativos aspirantes a emprego. A título de exemplo num primeiro concurso oferta de escola, do mesmo género, num agrupamento do distrito de Braga houveram mais de dois mil candidatos. Em Carrazeda três. Salvas as devidas diferenças, são menos 700 por cento. Muito significativo!
Os factos expostos podem dar lugar a toda a espécie de especulação. São elas:
Ninguém quererá vir trabalhar no “deserto” da nossa terra? Os concursos não serão devidamente publicitados? Não haverá quadros suficientes para preenchimento dos lugares? Será…?
Perguntas a que por falta de conhecimento de toda a realidade temos dificuldade em responder e elas são, pois, pura especulação. Porém uma realidade é bem constatável – em Carrazeda a oferta de emprego não é um factor de atracção de pessoas, pelo contrário, afasta-as!



























