"A partir de Janeiro, os agrupamentos de escolas do primeiro ciclo do ensino básico ficarão encarregues de escolher o fornecedor, seleccionar o tipo de leite e definir a quantidade de pacotes a atribuir aos alunos."
A notícia do Público continua referindo-se que são gastos anualmente dez milhões de euros com esta distribuição gratuita. Um esforço significativo, convenhamos.
A avaliação que se faz da distribuição do leite escolar nas escolas do 1.º Ciclo é um caso de sucesso. Por um lado têm ajudado a colmatar insuficiências na alimentação das crianças, por outro tem escamoteado um pouco a responsabilidade do tutor da escola pública, o Estado, da obrigatoriedade de fornecimento de refeições às crianças da antiga primária, como acontece em todos os outros sectores do ensino.
Contudo, os que lidam com a realidade destas turmas, debatem-se diariamente e, não poucas vezes, com uma luta sem quartel na motivação das crianças para esse hábito saudável de beber leite e outros erros na alimentação infantil.
Expostos a um massacre diário da TV, que lhes incute maus hábitos entre os quais e os mais visíveis, os alimentares: a maioria dos anúncios televisionados refere-se a chocolates, cereais com açúcar, bolos, bolachas e “fast-food”, tudo produtos pouco interessantes numa dieta saudável. Os encarregados de educação promovem e até incentivam estas práticas. Esta "pressão" terrível começa a ter as suas consequências – crianças mais gordas e com um potencial para contrair diabetes e doenças cardiovasculares. A obesidade infantil é já um problema sério de saúde pública.
Muitas das nossas crianças recusam-se cada vez mais a tomar o leite escolar, pois de casa trazem uma pafernália de bollycaos, sumos empacotados, aromatizados com os gostos que mais apreciam. Aos poucos, chegar-se-á ao cúmulo, das nossas crianças ficarem sem saber os verdadeiros sabores dos alimentos naturais.
Bem lhe prega a auxiliar da educação, bem o aconselha o professor… o menino "caprichoso", com o alto "patrocínio" do encarregado de educação que lhe satisfaz os caprichos, diz não a práticas de alimentação saudável e ao leite escolar!
É muitas vezes um esforço inglório quer dos contribuintes que pagam com os seus impostos este precioso produto quer prática pedagógica dos agentes educativos.
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