Decorreu ontem mais uma recepção aos professores de Carrazeda de Ansiães. O município local foi pioneiro nesta iniciativa. Para além do carácter lúdico do evento, isto é, o de proporcionar um dia de convívio, o principal objectivo é dar a conhecer a nossa realidade, conhecimento deveras importante para um bom desempenho da profissão.
Esta acção teve nos primórdios a dispensa das actividades lectivas e este dia era um autêntico bónus. De há uns anos a esta parte, o evento processa-se após as actividades lectivas.
No presente ano e do programa destacamos a cerimónia de boas vindas que decorreu no Centro de Apoio Rural, onde foi distribuído a todos os presentes um novo livro editado pela Câmara Municipal, sob o título genérico “Património Arqueológico de Carrazeda de Ansiães”. A modos de parêntesis também este blogue recebeu o citado volume que por falta de tempo ainda não nos foi possível fazer uma análise exaustiva: Pensamos fazê-la, porém, a primeira ideia que nos fica é tratar-se de um opúsculo com qualidade. Adiante…
Na cerimónia usou da palavra o Sr. Presidente do Município que a dado momento referiu que não concorda com este tipo de iniciativa, pois, na sua opinião, para ser equitativo teria também de promover recepção de boas vindas a todos os outros profissionais que aportam ao concelho. É uma posição que parecerá justa. (levanta-se a questão: se assim é, que estaria ali a fazer?)
Esta lógica esbarra com realidades que são específicas da profissão docente. A a argumentação explanada estará mascarada. Ser professor é na realidade presente, a profissão mais instável do país. Todos os anos, se assiste a uma constante mobilidade. Há casos de exercício profissional de duas e três dezenas de anos sem se atingir a meta legítima de uma escola permanente. Em zonas de interior, como a nossa esta situação é muito mais evidente. Em estudo que realizei há uns anos conclui que mais de metade da população docente mudava todos os anos no concelho.
Por outro lado, em nenhuma profissão como esta, é fundamental um “know-how” do meio. Um docente sem um conhecimento da realidade envolvente não poderá desempenhar o seu papel com sucesso.
Promover acções de divulgação da nossa terra é uma “boa política”, pelo exposto e também porque em terras como a nossa, do interior do interior, é sempre pouco o que se faz.
Por último, cremos também que o figurino da recepção se tem mantido, grosso modo, da mesma maneira desde o início e como em todas as iniciativas humanas há uma necessidade constante de reformulação e de inovação. Assim, procurar novas formas de recepção precisam-se…
Esta acção teve nos primórdios a dispensa das actividades lectivas e este dia era um autêntico bónus. De há uns anos a esta parte, o evento processa-se após as actividades lectivas.
No presente ano e do programa destacamos a cerimónia de boas vindas que decorreu no Centro de Apoio Rural, onde foi distribuído a todos os presentes um novo livro editado pela Câmara Municipal, sob o título genérico “Património Arqueológico de Carrazeda de Ansiães”. A modos de parêntesis também este blogue recebeu o citado volume que por falta de tempo ainda não nos foi possível fazer uma análise exaustiva: Pensamos fazê-la, porém, a primeira ideia que nos fica é tratar-se de um opúsculo com qualidade. Adiante…
Na cerimónia usou da palavra o Sr. Presidente do Município que a dado momento referiu que não concorda com este tipo de iniciativa, pois, na sua opinião, para ser equitativo teria também de promover recepção de boas vindas a todos os outros profissionais que aportam ao concelho. É uma posição que parecerá justa. (levanta-se a questão: se assim é, que estaria ali a fazer?)
Esta lógica esbarra com realidades que são específicas da profissão docente. A a argumentação explanada estará mascarada. Ser professor é na realidade presente, a profissão mais instável do país. Todos os anos, se assiste a uma constante mobilidade. Há casos de exercício profissional de duas e três dezenas de anos sem se atingir a meta legítima de uma escola permanente. Em zonas de interior, como a nossa esta situação é muito mais evidente. Em estudo que realizei há uns anos conclui que mais de metade da população docente mudava todos os anos no concelho.
Por outro lado, em nenhuma profissão como esta, é fundamental um “know-how” do meio. Um docente sem um conhecimento da realidade envolvente não poderá desempenhar o seu papel com sucesso.
Promover acções de divulgação da nossa terra é uma “boa política”, pelo exposto e também porque em terras como a nossa, do interior do interior, é sempre pouco o que se faz.
Por último, cremos também que o figurino da recepção se tem mantido, grosso modo, da mesma maneira desde o início e como em todas as iniciativas humanas há uma necessidade constante de reformulação e de inovação. Assim, procurar novas formas de recepção precisam-se…
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