Também eu estou em pensar que o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fontelonga, Sr. José Joaquim da Silva, está a ser sincero nas suas apreciações (11/06/05).
Acredito mesmo que fala porque julga saber o que diz. Efectivamente está consciente como muitos outros, que o seu trabalho de Presidente de Junta é profícuo e que as prioridades que define são as correctas. Ele acha-se o exemplo de autarca modelo e julgo que não está só.
Não adianta pois sussurrar-lhe que as prioridades que tem dado à sua gerência, poderiam ser outras, estas mais voltadas para a resolução dos problemas prementes dos seus concidadãos ou para a planificação de um futuro com mais progresso e riqueza para todos.
Sugerir-lhe que, por exemplo, o investimento feito no Pinocro poderia ter ido para a criação de canais de irrigação, melhores acessos aos prédios agrícolas ou a criação de pontos de luz nas propriedades da sua freguesia, é coisa que não lhe entra.
Dizer-lhe que em vez do desporto e recreios os seus concidadãos poderiam requerer antes condições de vida melhor na velhice, ou condições melhores para conseguir trabalho, também não colhe.
Admitir que em vez do restauro de fachadas, alcatroamento de ruelas e sua melhor iluminação, se poderia antes investir no apoio á criação de empresas locais, ou na criação de condições de comodidade interior imprescindíveis, também é utopia.
Trocar paralelos, alcatrão, lampiões, canteiros ajardinados, placas toponímicas, fontes decorativas, não podem ser trocadas pelo apoio aos concidadãos mais carentes, na resolução de problemas burocráticos ou jurídico, na ajuda no estabelecer de um contacto com um familiar ausente, numa ajuda doméstica, na resolução de um problema de falta de salubridade, numa opinião sobre gestão dos seus parcos recursos, num apoio médico, alimentar ou medicamentoso, suplementar.
Falta pois concluir se a população vive melhor ou pior, com autarcas como este. Saber se vivem felizes e contentes ou tolhidos e sem esperança, á espera da hora de entrarem para o Lar.
Poderá agora perguntar-se o porquê destas minhas apreciações dirigidas a um autarca modelo. Primeiro que tudo sou contra a ignorância e os ignorantes que incentivam a ignorância. Depois o que aqui está verdadeiramente em causa, acaba também por ser o valor de um avo daquilo que muitos de nós, aqueles que trabalham, vão pagando de impostos. E eu julgo ter o direito de exigir que este meu esforço não seja desbaratado.
Resta-me em jeito de remate, colocar os meus préstimos á disposição do Sr. Presidente da Junta e desejar, desde já, que ele aceite com humildade este meu desabafo e que colha daqui os ensinamentos que puder.
Hélder de Carvalho
Acredito mesmo que fala porque julga saber o que diz. Efectivamente está consciente como muitos outros, que o seu trabalho de Presidente de Junta é profícuo e que as prioridades que define são as correctas. Ele acha-se o exemplo de autarca modelo e julgo que não está só.
Não adianta pois sussurrar-lhe que as prioridades que tem dado à sua gerência, poderiam ser outras, estas mais voltadas para a resolução dos problemas prementes dos seus concidadãos ou para a planificação de um futuro com mais progresso e riqueza para todos.
Sugerir-lhe que, por exemplo, o investimento feito no Pinocro poderia ter ido para a criação de canais de irrigação, melhores acessos aos prédios agrícolas ou a criação de pontos de luz nas propriedades da sua freguesia, é coisa que não lhe entra.
Dizer-lhe que em vez do desporto e recreios os seus concidadãos poderiam requerer antes condições de vida melhor na velhice, ou condições melhores para conseguir trabalho, também não colhe.
Admitir que em vez do restauro de fachadas, alcatroamento de ruelas e sua melhor iluminação, se poderia antes investir no apoio á criação de empresas locais, ou na criação de condições de comodidade interior imprescindíveis, também é utopia.
Trocar paralelos, alcatrão, lampiões, canteiros ajardinados, placas toponímicas, fontes decorativas, não podem ser trocadas pelo apoio aos concidadãos mais carentes, na resolução de problemas burocráticos ou jurídico, na ajuda no estabelecer de um contacto com um familiar ausente, numa ajuda doméstica, na resolução de um problema de falta de salubridade, numa opinião sobre gestão dos seus parcos recursos, num apoio médico, alimentar ou medicamentoso, suplementar.
Falta pois concluir se a população vive melhor ou pior, com autarcas como este. Saber se vivem felizes e contentes ou tolhidos e sem esperança, á espera da hora de entrarem para o Lar.
Poderá agora perguntar-se o porquê destas minhas apreciações dirigidas a um autarca modelo. Primeiro que tudo sou contra a ignorância e os ignorantes que incentivam a ignorância. Depois o que aqui está verdadeiramente em causa, acaba também por ser o valor de um avo daquilo que muitos de nós, aqueles que trabalham, vão pagando de impostos. E eu julgo ter o direito de exigir que este meu esforço não seja desbaratado.
Resta-me em jeito de remate, colocar os meus préstimos á disposição do Sr. Presidente da Junta e desejar, desde já, que ele aceite com humildade este meu desabafo e que colha daqui os ensinamentos que puder.
Hélder de Carvalho
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