Ovnis e encontros de seres extraterrestres deixaram de ser notícia, fartaram-se de espionar esta bola, seria um bom assunto para tratar mas, predisponho-me escrever sobre o Encontro Anual de Carrazedenseses.
Começo por dizer que não exulto com a ideia de festejar este acontecimento fora dos limites do concelho, dirão que o local não é importante mas sim o acto simbólico, que é o tocar a reunir de alguns presentes ausentes e de outros ausentes presentes, sente confusão? Talvez não.
Posso até concordar com o dito encontro, mas todos os anos irem para a costa dos mouros (sem fundamentalismos), não haverá, por hipótese, a ideia que se está a estudar um “arrastão”, uma nova conquista, ou então a teoria bacoca, Lisboa é o pais, o resto é paisagem?
Eu sei que já se tentou modificar esta situação, mas os resultados não foram os esperados, para não lhe chamar um fiasco. Estudaram-se as causas?
Para mim as explicações são as seguintes:
-A deslocação ao nosso concelho, dos residentes noutras paragens, obriga a maior gasto, ficamos duma maneira geral, em maior altitude, acréscimo de consumo gasolina e no regresso o carro vai mais pesado, maior desgaste.
- O local encontrado para o dito encontro, nos escuteiros (estes têm obra meritória), não foi o apropriado, mesmo com porta aberta e mesa posta, sugere tratamento de “1.ª Companhia”, fica no pensamento a obrigatoriedade da obediência, não confundir com reverência e na prática de exercícios físicos entre outros mais salutares. Seria esta a motivação? Talvez não.
Mas sou pela descentralização (onde anda a regionalização?) e partir para longe deste concelho, tal como muitos já fizeram, para abrir novos horizontes, assim sendo, proponho as seguintes deslocações, se entenderem por bem:
Gondomar ver em funcionamento o metro de superfície.
Matosinhos ver a utilidade do edifício transparente.
Porto ver o fim do túnel de Ceuta.
Porque não deslocarem-se a Viana do Castelo ver a implosão (os milhões das nossas contribuições) do prédio Coutinho.
Mais para o interior, dar um salto a Ponte de Lima e ver a fábrica do queijo Limiano.
E se sobrar algum dinheiro, rumar à ilha da Madeira ver o convívio com os Cubanos.
Muitos mais locais e outros tantos destinos poderiam ser referidos, para aguçar o apetite de todos.
Espero que peguem na ideia e mudem, se possível de ares.
Geralmente se queres que as coisas mudem tens de as mudar, e muitos de nós não queremos assumir a responsabilidade. Por isso não fazemos nada, e arrastamo-nos em situações insatisfatórias, esperando pela magia, que não acontece."
(Fay Weldon)
Toca a esperar(ança)…
(O Protestante)
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