20 novembro 2005

Obras pouco visíveis, mas…

Continuemos a falar do trabalho das Juntas de Freguesia.

Um considerando introdutório – este é, para mim, um tema “politicamente incorrecto”.
Primeiro, porque nele estou implicado, como coordenador da Escola Básica do Primeiro Ciclo de Carrazeda de Ansiães, e a análise é sempre condicionada por uma visão participante e não distante como devem ser as análises objectivas. Segundo, porque o assunto não contribuirá para o aumento das audiências do blogue e concerteza não terá feedback por parte dos leitores. Terceiro, porque não trata de obra visível a “olho nu”, feita para ser inaugurada e os seus frutos só serão colhidos no futuro se porventura tiverem uma sequência nos anos próximos.

Estamos a referir-nos às parcerias estabelecidas entre a EB1 de Carrazeda e a Junta de Freguesia local em benefício do percurso escolas das crianças da vila e o apoio continuado que esta tem disponibilizado à comunidade educativa da antiga Escola Primária.

O porquê deste comentário?
Porque não o fazendo estaria a esconder uma prática que considero meritória. Porque é necessário lembrar aos órgãos de poder local que há algo para fazer para além dos parques de merendas, dos polidesportivos, dos paralelos, do alcatrão, das placas toponímicas, dos caminhos rurais… Porque ao contrário do que pensam muitos detractores do blogue aqui não aparece só a maldizer e a crítica mordaz, mas também o aplauso e o louvor.

A organização das actividades de complemento curricular que também correspondem ao alargamento do horário até às 17:30 horas tem sido claramente enriquecida pela boa -vontade e do esforço financeiro daquele órgão.
Através do diálogo e de uma planificação contratualizada, implementaram-se aulas de Educação Musical para todas as turmas do estabelecimento de ensino, contratando-se a expensas da Junta um professor daquela área que lecciona com visível sucesso a actividade.
Desenvolve-se um projecto na área do xadrez que contempla as turmas do 3.º e 4.º ano da vila em que participa um docente do Agrupamento e um outro colaborador pertencente à Assembleia de Freguesia. Todo o material necessário na ordem das centenas de euros foi adquirido pela Junta.
Dentro desta profícua colaboração foi-nos disponibilizada uma sala de apoio a actividades da área de Expressões, onde está sedeado o Clube dos Pequenos Artistas. Aí, as crianças desenvolvem trabalhos de Expressão Artística.
O Salão da Casa do Povo está a preparar-se para servir de apoio às actividades de Educação Física, lá foi colocada uma mesa de pingue-pongue, cujo material necessário foi adquirido pelo órgão autárquico.
A colaboração alarga-se na disponibilização das verbas para a limpeza das salas e para a compra do material escolar necessário às práticas lectivas.
Em outros anos lectivos, sempre ofereceram a todas as crianças uma prenda pelo Natal e co-organizaram um passeio escolar, arcando com as despesas inerentes.

Sem falsos discursos laudatórios, aqui se dá conta de uma outra faceta do trabalho autárquico... assim se pode provar que há vida nas freguesias para além do cimento e da pedra…

1 comentário:

Hélder Rodrigues disse...

é realmente de louvar a sensibilidade demonstrada pela junta de freguesia para com a realidade escolar do 1º ciclo do ensino básico. contudo, todas as actividades agora implementadas (um pouco em cima do joelho, pois as condições físicas não são as melhores - muitas vezes tem que se inventar...), tem um impulsionador hiperactivo,tipo "carraça", interessado, profissional, interventido, junto das instituições necessárias para o desenvolvimento dessas actividades e para um bom funcionamento da escola. ele chama-se josé mesquita e embora eu não o use, tiro-lhe daqui o chapéu! mais e boas novidades haverá até ao fim do ano; estou certo disso.