30 janeiro 2012

5 comentários:

mario carvalho disse...

Como se convence um presidente de câmara que não construir uma barragem será melhor do que construí-la?
Eu gostaria de perceber é como é que se convence um presidente de câmara ou de freguesia de que construir uma barragem é melhor do que não construir. Sobretudo, quando a sua utilidade é questionada abertamente por muitos especialistas.
....

resposta minha :

dando -lhe um tacho (roubado)

Unknown disse...

Desde sempre Alijó considerou que a Barragem do Tua era deles.Beneficiou o Presidente do governo de Sócrates (socialista) agora canta de galo e puxa dos galões, tb já não há em Mirandela oposição válida,mudaram-se os tempos e as vontades.Cá por Carrazeda, o nosso PM quer manter o anonimato, quer receber uns cobres e sem alarde de mansinho, diz à EDP, que concorda com tudo...É UMA FORMA DE ESTAR E VIVER NESTE INGRATO MUNDO AGRADANDO A GREGOS E TROIANOS, E na hora de decidir, ...vamos ver

mario carvalho disse...

http://aventar.eu/2012/01/28/vomito-compensa/

e

http://aventar.eu/2011/04/13/jose-carcarejo-gosta-do-rio-tua%E2%80%A6/

mario carvalho disse...

Projectos para o Alqueva prometidos há quase seis anos não saíram do papel
Público - 31.01.2012 - 14:52 Por Carlos Dias


A revisão do plano de ordenamento das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, aprovada em Agosto de 2006, previa a instalação de uma dúzia de projectos de vocação turística, a maioria de potencial interesse nacional (PIN), mas passados quase seis anos apenas um empreendimento avançou junto ao lago artificial criado no Alentejo central.

A decisão de rever o plano de ordenamento foi justificada com a necessidade de "compatibilizar a protecção dos valores ambientais com as valias turísticas da região", com base num "modelo de ocupação" adequado à nova realidade. As alterações viabilizavam a instalação de 12 unidades de vocação turística com capacidade para receber, no seu conjunto, mais de 16 mil camas. A nova orientação governamental suscitou a apresentação de vários projectos, na sua maioria classificados como PIN, que somados previam um investimento total de 1,8 mil milhões de euros. Prometiam transformar o território num destino turístico "competitivo", através de equipamentos associados ao golfe e ao turismo náutico, de natureza, sénior e residencial.

Mas decorridos quase seis anos após a revisão do plano, os grandes projectos turísticos permanecem na indefinição. Só o resortParque Alqueva, dinamizado pela Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações, iniciou a construção da primeira fase do empreendimento, com o investimento de 80 milhões de euros, de um total que se aproxima dos mil milhões de euros. A empresa promotora prevê a sua conclusão em 2033.

Na maioria dos casos, os projectos estavam programados para atingir "a sua maturidade até 2015", mas "tal só ocorrerá nos dez anos seguintes", realça a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, no seu relatório de Observação das Dinâmicas Regionais(2011). Apesar das estimativas avançadas e dos planos de projecto estabelecidos, o documento reconhece que a evolução do faseamento previsto para os projectos PIN em Alqueva "está dependente de factores externos que podem condicionar o mercado e a procura, pelo que poderá haver readaptações aos planos inicialmente definidos".

"Feito à pressa"

Humberto Nixon, pequeno empresário de passeios de barco na albufeira de Alqueva, diz que o plano de ordenamento "foi vocacionado para os grandes investimentos" sem contemplar os projectos de pequena dimensão, ao exigir uma área mínima de 100 hectares. O plano, acrescenta, "foi feito à pressa", dando como exemplo os erros detectados no levantamento cartográfico do território onde estão localizadas as 12 áreas turísticas. "Há casos em que as suas zonas de recreio e de lazer acabam dentro de água", contrariando uma exigência do plano de preservar de intervenções uma área de 500 metros de largura em redor da albufeira.

Para superar os actuais constrangimentos, Humberto Nixon defende uma nova revisão do plano, facultando aos pequenos investidores a possibilidade de se instalarem, já que os grandes projectos tardam em arrancar. Isto apesar da Associação de Promotores do Alqueva ter garantido, em Agosto de 2011, que, mesmo com a crise, os complexos turísticos, "vão em breve entrar em construção". Mas até ao momento não se vislumbra qualquer intervenção no terreno.

cont

mario carvalho disse...

Grande desilusão para as aldeias ribeirinhas

A par dos grandes projectos PIN a instalar em redor de Alqueva, a Gestalqueva, empresa na dependência da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva, avançou em 2004 com o programa Aqua, que se propunha transformar 18 aldeias ribeirinhas em redor da albufeira "num novo destino turístico".

O investimento previsto para a sua recuperação ascendia a 67,5 milhões de euros e deveriam ter sido aplicados "até 2007". O projecto propunha-se "privilegiar o turismo residencial ou as segundas residências, apostando nos condomínios fechados e no chamado turismo de saúde, orientados para os turistas oriundos do Norte da Europa". Oito anos após a promessa da Gestalqueva, Joaquim Romão (PS), presidente da Junta de Freguesia de Alqueva, confessa a desilusão: "Ficámos com problemas gravíssimos e muito mais pobres".

O autarca denuncia o estado de degradação dos montes e de "milhares" de sobreiros e azinheiras que ficaram dentro da albufeira "e agora estão secas". Em redor da aldeia, confessa amargurado, "é só herdades cercadas de arame para a caça ao javali". Na freguesia vizinha de Póvoa de S. Miguel, o presidente da junta, Rui Almeida (PSD), não difere muito da opinião do autarca de Alqueva. "Neste momento, o Alqueva é uma grande desilusão", lamenta. Dos muitos projectos anunciados, resta a indignação: "Não nos deviam tratar assim", acentua o autarca, queixando-se de que até a própria água da albufeira "traz lixo para a aldeia".