
27 de Março de 2008, 21:53
Vila Real, 27 Mar (Lusa) - Os cinco autarcas dos concelhos afectados pela Barragem do Foz Tua reúnem a 08 de Abril, em Carrazeda de Ansiães, para concertarem uma posição "única" para negociarem com a concessionária da obra, disse hoje fonte da autarquia de Alijó.
A reunião vai contar com a presença dos autarcas de Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela, e ainda com o chefe de projecto da Unidade de Missão do Douro, Ricardo Magalhães.
O presidente da Câmara de Alijó (PS), Artur Cascarejo, disse à agência Lusa que o objectivo do encontro é consertar uma "posição única" em defesa dos interesses das populações, para depois negociarem com a concessionária da obra.
O encontro foi agendado depois de ter sido conhecida a proposta da única concorrente, a EDP, à construção da Barragem, com uma cota de 195 metros.
A EDP já esclareceu que se trata apenas de uma proposta e que a decisão final sobre a cota será tomada em sede de Declaração de Impacto Ambiental.
O presidente da Câmara de Murça (PS), João Teixeira, já disse ter obtido informações, "junto de uma fonte fidedigna", que referem que poderá ser escolhida a cota 170.
A perspectiva dos 170 metros agrada a todos os autarcas dos Concelhos envolvidos (Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor), menos ao de Mirandela, José Silvano, que, não podendo salvar a Linha do Tua para garantir transportes turísticos até e desde a Linha do Douro, preferia a "cota máxima".
João Teixeira refere que, desta forma, se manteria a maior parte da área de vinha e olival em Murça, o Concelho que será mais afectado em termos agrícolas.
Artur Cascarejo diz que é necessário encontrar "um ponto de equilíbrio" entre o aproveitamento hidro-eléctrico, o ambiente e os interesses das populações que serão afectadas com a subida das águas.
Os estudos prévios para a construção da Barragem analisaram várias cotas, entre 160 e 200 metros, e em todos os cenários ficará submersa a parte mais atractiva, do ponto de vista turístico, da linha e a ligação desta à Linha do Douro e ao litoral.
Na cota mínima, serão engolidos pela albufeira os últimos 15 metros da linha, enquanto que com a cota máxima restará pouco mais no outro extremo, ficando a ligação reduzida a um percurso entre Mirandela e o Cachão.
PLI/HFI
Lusa/Fim
3 comentários:
só espero que não mendiguem mas que negoceiem
Descanse Mário!
Eles vão mesmo mendigar, excepto o de Mirandela!
Com tanta incompetência, (estamos a falar de autarcas com muitos anos de arrastamento no poder) principalmente o de Carrazeda, o que é que espera?
Milagres não há meu amigo!
Há milagres sim senhor!
Carrazeda é um milagre!
Consegue resistir, não desenvolvendo.
Mexe mas não anda. Só tem empeços!
Porra!
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