Eis-nos chegados ao destino e ao mesmo tempo ponto de partida das nossas cogitações. Depois de ganhar fôlego e voltar costas a uma realidade pouco animadora, está na hora de contemplar uma construção invulgar e enigmática.
Aí se levantam a cerca de dois
metros de altura oito esteios graníticos (mais um que jaz partido) formando uma
câmara encimada por uma laje a modos de uma mesa ou altar. Uma galeria larga e
comprida virada a nascente aponta para o interior misterioso. Na face superior da mesa há nove
covinhas dispostas, cinco delas, em duas linhas paralelas e dois sulcos que
escorrem para o extremo dela.
O abade de Baçal elucida que as covinhas são
mais frequentes que os sulcos. E diz-nos que muitos autores as consideram
símbolos religiosos, relacionados com o culto dos mortos, embora até hoje
ninguém tenha explicado satisfatoriamente o seu significado.
O megalitismo, cuja expressão maior
no Norte do país são as antas, está datado dos fins do quinto milénio até cerca
de 2000 anos a.C. caracteriza-se por um conjunto de construções que, se pensa,
serviu a prática de funerais coletivos.
A descoberta de menires (pedra
vertical fixada no solo) e cromeleques (menires em forma circular), antas e
outros dólmenes com uma certa disposição no espaço, inscrições e gravuras
rupestres permite admitir também que se realizavam cerimónias ligadas à magia
dos astros, nomeadamente o sol e ao culto da fertilidade.
(Continua)
(Continua)
2 comentários:
http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=7468&Itemid=43
ainda n tinha visto esta noticia
Linda imagem esta da Anta de Zêdes. Pena é, que a Câmara ou a Junta de Freguesia, não tenham uma pouca de tinta branca para pintar a placa indicativa deste monumento que bem merece.
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