24 julho 2010

Encerramentos - escolas

A partir do próximo ano lectivo fecham as escolas rurais no concelho de Carrazeda de Ansiães onde encerram sete estabelecimentos e as crianças vão ter aulas no pólo escolar da vila.

O pólo passará a ser a única “escola” do primeiro ciclo com o encerramento da EB1 de Carrazeda, Castanheira do Norte, Pombal de Ansiães, Linhares, Vilarinho da Castanheira, Selores e Fonte Longa.

A informação foi confirmada à Lusa por fonte da Equipa de Apoio às Escolas (EAE) da Terra Quente e Baixo Sabor que abrange os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães e Mirandela.
Daqui

O centro Escolar foi resultado do protocolo celebrado com o Ministério da Educação que pressupôs o encerramento de todas as escolas. Uma atitude que esperamos que no futuro haja alguém no concelho para a avaliar. Já refletimos no blogue sobre o assunto aqui

8 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem! Agora, pergunta-se: este centro escolar está equipado com uma cantina? está equipado com um ginásio? está equipado com uma sala de computadores? está equipado com um recreio coberto para proteger as crianças nos invernos tão caracteristicamente rigorosos? E como se protegem as crianças da invernia quando têm de se deslocar para a cantina e ginásio da velha secundária? E os transportes das crianças das aldeias? Elas vêm misturadas com os alunos dos outros ciclos? E os autocarros, já vêm equipados com os obrigatórios cintos de segurança? Deixo aqui apenas algumas questões que me parecem pertinentes e que, espero, estejam resolvidas...
h.r.

Anónimo disse...

:(

Eu não quero acreditar!!!

A 'minha' escola de Selores vai acabar?

Além de tudo o que isso representa, já não vai haver cerejas oferecidas pelo vizinho da frente (lamento, já não me lembro do nome...) para as crianças se deliciarem num qualquer intervalo? Sim, porque também é disso que se trata: proximidade, relações pessoais, valores...

Uma escola em todo o concelho? Como é possível? Que estão a fazer às crianças? Não será isto uma forma de maus tratos????

Estou triste, muito triste... :(
Zé Vara Pires

Anónimo disse...

Deixem crescer as criancinhas!
Deixem-se de ruralidades e não impeçam as crianças de crescer em comjunto com todas as outras!
Elas viverão diferente de nós, para melhor como é óbvio!

Unknown disse...

Às vezes,parece-me que o mal foi terem introduzido o ensino obrigatório nas aldeias.
Se o não tivessem feito,teríamos ficado analfabetos e já não teríamos tido a veleidade de sair do torrão natal.
Como as pessoas(e as crianças)saíram,há que fechar escolas.
Não será um mal necessário?
JLM

josé alegre mesquita disse...

Era perfeitamente exequível haver mais de um centro escolar em Carrazeda. Sem muitos outros custos adicionais. Olhe-se para Vila Flor.
Depois construir um edifício com presumíveis boas condições interiores, é certo, mas encalacrado e sem espaço exterior para as crianças e dispensar todas as outras infraestruturas é de ricos.

Caríssimo Dr. João:
Os primeiros a sair do torrão natal não foram os doutores mas os indigentes e os pobres que aqui não conseguiram sustento.
Os primeiros a oporem-se à diáspora foram os "letrados".
Muitos deles tudo fizeram para que o povo continuasse analfabeto.

Unknown disse...

É um prazer participar neste blogue, embora me tenha saído mal muitas vezes.
Caro Professor:a sua voz é uma voz a ter em conta na vida de Carrazeda e eu desejo sinceramente que ela não se cale,como tem feito nos últimos tempos.
As suas considerações atrás expressas têm alguma razão.Só não vejo que interesse teríamos em manter por mais algum tempo outro centro escolar.
Muito provavelmente impediríamos que cada ano tivesse o seu professor,o que para mim seria de todo indesejável.
JLM

josé alegre mesquita disse...

caríssimo doutor,
o senhor sempre se saiu melhor do que qualquer outro. Sinal disso é sempre a onda de apoiantes que granjeia, que qualquer candidatura pessoal aos órgãos democráticos conferiria.
Por outro lado, bem sabe que esta foi e será sempre a sua casa até dela se separar sem explicar os motivos, embora os ache compreensíveis.
Sem perceber muito bem o que escreve sobre os encerramentos, acrescento que as virtualidades de outro centro ou pólo escolar seriam óbvias para a dinamização de uma ou outra aldeia. Quando não se pode salvar tudo, há que defender algumas...
Mas não deitamos água no molhado...

Anónimo disse...

Também acho... temos que nos deixar de ruralidades já que Carrazeda de Ansiães é uma grande metrólope, cidade cosmopolita... ;)
E também concordo... para que raio as crianças de Coleja, Tralhariz, Sentrilha, Foz-Tua, etc. hão-de andar na escola? ;)
E já agora, porque não deixar as crianças crescerem com as outras e acabar com a escola de uma vez por todas? E com as famílias... E com os vizinhos...

São os professores, esses malandros, que não deixam!