18 fevereiro 2010

Sem convencer

Das oito candidaturas da Região apenas a do Parque Natural do Douro Internacional consta na lista dos 77 pré-finalistas das Sete Maravilhas Naturais de Portugal.
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11 comentários:

Anónimo disse...

Se as pessoas estivessem habilitadas, atentas e lessem a obra do grande escritor transmontano, natural da freguesia de S. Martinho de Anta, do concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, Miguel Torga, obviamente não ficariam surpreendidas se, "Das oito candidaturas apenas a do Parque Natural do Douro Internacional consta na lista dos 77 pré-finalistas das Sete Maravilhas Naturais de Portugal, já que, como refere aquele escritor, este espaço é um "REINO MARAVILHOSO" (sublinhado é meu).

S. Martinho de Anta, para quem não saiba é uma terra que ganhou nome, neste século, apenas - e não é pouco... - porque foi berço do poeta e escritor Miguel Torga, que ali quis ficar na sua derradeira morada.

Na mente de muita gente estão ainda as breves imagens televisivas de um pequeno conjunto de figuras notáveis do país a acompanharem a última viagem do autor de "Os Contos da Montanha", no cemitério desta freguesia.

São Martinho de Anta era a Terra Natal do grande escritor contemporâneo "Miguel Torga", que nasceu nesta freguesia no dia 12 de Agosto de 1907.

Por tudo isto, caro José A. Mesquita, como refere o ilustrissímo escritor transmontano Miguel Torga - de seu nome baptismal: Adolfo Correia da Rocha, licenciado em Medicina, especializado em estomatologia -, toda a província de Trás-os-Montes e Alto Douro, é um REINO MARAVILHOSO.

LVS

Anónimo disse...

Sr. LVS conhece alguma referencia de Miguel Torga a alguma zona do parque?
S. Leonardo de Galafura ja não faz parte do Parque do Douro Internacional. Vê alguma semelhança na paisagem?

Anónimo disse...

Ó caríssimo anónimo! Se V.Exª. conhecesse a substância literária inerente à obra do ilustre escritor transmontano em referência, ou pelo menos os seus "Diários...", não apresentaria uma questão tão inócua e infeliz, para não dizer: idiota.

Neste caso, partindo do pressuposto que concordará comigo, a obra que Miguel Torga nos legou, compreende todo o espaço geográfico de Trás-os-Montes e Alto Douro e não, apenas, o que acaba de focalizar, apesar de ser um lugar aprazível, isto é, uma varanda, vulgarmente designada miradouro, de onde se pode desfrutar uma paisagem duriense deslumbrante banhada pelo rio que aquele ilustríssimo escritor designou de: "Rio D'Oiro".

Cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

Conhece algum conto dele em terras de miranda?
Deve ter algum defice cognitivo pois não tem capacidade de s localizar

Anónimo disse...

Compreendo que o anónimo não seja capaz de distinguir um "Conto" e/ou "Diário" como obra literária. Se o soubesse não faria a pergunta paupérrima que faz. Além disso, face à afirmação referida, quem deve ter "défice cognitivo" é V. porquanto, os seus conhecimentos literários e linguísticos, deixam muito a desejar. Quem não se sabe localizar no espaço, no tempo e na Obra do ilustríssimo escritor Miguel Torga, é V.Exª.

Com efeito, dir-lhe-ei, apenas que este incomensurável narrador, poeta e dramaturgo que teve como berço natal S. Martinho de Anta, em relação ao espaço geográfico Mirandês, aborda-o nas seguintes monografias:

- Miguel Torga, Diário, Lagoaça, 27 de Outubro de 1956 .... IPR Planalto Mirandês, da Terra Fria: Miranda do Douro, Duas Igrejas, Picote, Sendim, Mogadouro, Penas Róias, ... ;

- Miguel Torga, Diário VIII, “Miranda do Douro, 2 de Maio de 1976. PLANALTO ... duas margens do Rio Douro a paisagem é protegida pela criação do .... nesta região várias raças autóctones como a bovina mirandesa, asinina ... ;

- Miguel Torga, Diário VII.: diário, literatura portuguesa, Miguel Torga ... Alfândega, primeiro, posto da Guarda, depois, é hoje a Casa da Cultura Mirandesa. ... ;

- Miguel Torga in Diário XII: “ O Doiro Sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam; é um excesso da natureza. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta. “;

- Miguel Torga, Diário, (...)dispersão dos asininos de raça mirandesa. ... ;

- Miguel Torga, Diário XIV, fala no cozido à transmontana, a posta à Mirandesa e o botelo com cascas casulas ... as nossas paisagens, o humanismo transmontano, o acolhimento das populações e ... Devagar. E como que sonhando,. Sem sonhar… ;

- Miguel Torga, Diário, Foz Côa, 31 de Outubro de 1959 .... o Cima Corgo e o Baixo Corgo, Douro Superior, Távora-Varosa e chegou ao Planalto Mirandês, segue para Espanha por: ... ;

- Miguel Torga, Diário (I-XVI) .... Música tradicional mirandesa ;

Miguel Torga, «Novos contos da Montanha», “O burro mirandês também não foi esquecido, estando retratado numa das telas. ... “;

- Miguel Torga, Diário XI, pag. 19 – "Corre caudal sagrado, na dura gratidão dos homens e dos montes". E numa outra passagem do Diário VIII, página 194, Miguel Torga sublinhava ainda: "A minha astenia só tem um remédio: o Douro". E lançando um apelo aos governantes, Miguel Torga escrevia também: "O Douro necessita finalmente de ser olhado pela nação como o seu Olimpo sagrado, o chão bendito que produz a única riqueza de que somos senhores exclusivos: o Porto" (Diário XIII, pag. 106/7).

Tal como Miguel Torga, também nós nos devemos deixar apaixonar pelo Douro, o Douro português e o Douro espanhol, porque ambos são um só. É ibérico, porque nasce na serra de Urbión (Montes Ibéricos), tendo a sua bacia hidrográfica 97 000 Km2, e a situada em Portugal com um comprimento de 21 500 Km, tornando-se o terceiro rio maior da Península Ibérica, com um comprimento de 930 quilómetros. O curso de 850 Km, ao longo de 525 Km em Espanha e de 112 Km em Portugal.

A ideia da criação do Parque Natural do Douro Internacional vem de longe, remontando à década de 60.

Não sei se estes elementos lhe são suficientes ou não para iluminar a sua cultura literária, se é que a tem. Desta vez, confesso que a explicação foi gratuita. Para a próxima, compreenderá que as explicações não serão assim. Contudo, só espero que seja mais diplomata com o despertar filosófico. Porém, como julgo que o anónimo é carrazedense de alma e coração, espero que nunca se dei-a por perdedor. É que dos fracos não reza a história!...

Cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

Então caro(a) anónimo(a) de 26 de Fev., pelas 12:13:00 PM, já se deu conta da importância literária da Obra do ilustríssimo escritor transmontano Miguel Torga? Se não se deu, espero e desejo, ardentemente, que o texto acima referido lhe tenha sido útil. Ah! Já agora, nunca se esqueça da dimensão ética e educativa da sua Obra, nem tão pouco da sua relevância antropológica. Para isso, aconselho-o(a) vivamente a ler o livro: "Ser e Ter Torga" da autoria de Fernão de Magalhães Gonçalves, editado em 1986 pela editora Vega.

Entretanto, sabemos que a autêntica consciência nacional da obra de Torga faz do "Diário" uma réplica ontológica do país. Por isso, é a partir daí que se dá corpo a uma voz colectiva, em que, a meu ver, é aquela que procura uma verdade sem margens e que tem consciência do valor das coisas simples, que ama o palmo de terra onde nasceu.

Por fim, termino este simples e despretensioso texto, com o poema: REBATE da autoria do notabilíssimo escritor, publicado no Diário XII, p. 180, em que ele pretende sintetizar a universalidade da sua Obra literária em prol dos Portugueses.

Minha terra,
Meu povo,
Que sempre vos amei,
Que sempre vos cantei,
E que nunca jurei
O vosso nome em vão.

Minha terra,
Meu povo,
Dizei-me nesta hora de agonia
Que essa fidelidade
Desafia
Quem à sombra da noite e à luz do dia
Negue no mundo a vossa eternidade.

Cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

Isso também è cultura a mais!

Anónimo disse...

Mas é assim caro(a) anónimo(a). A "Alma" de um Povo, a meu ver, é o reflexo do seu grau cultural. Talvez não saiba, mas nos últimos anos, temos vindo a ser governados (?) por sujeitos que, em termos culturais, fruto da sua falta de sensibilidade e dinâmica para a preservação do património carrazedense, têm deixado muito a desejar. E, na nossa Terra, felizmente, há outros que, apesar do que refere, cito: "Isso também é cultura a mais!", nunca lhe deram a oportunidade para a colocar ao serviço daqueles que mais gostam, admiram e amam.

Cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

Confesso que não sei, talvez por ignorância minha, quem é o bloguista que se assina "LVS". Por variadíssimas razões, gostava de saber de quem se trata. Na verdade, gosto de ler, sinceramente, os seus textos. É um prazer. Mas, mais saboroso é ainda, a mensagem que deles emerge. Por esse facto, é pena, direi mais: lamentável, que não se saibam aproveitar estes recursos humanos para colocarem todo o seu saber ao serviço da comunidade local. Já chega de rejeitar o que temos. Se não formos nós a defender o que é nosso, não são os "outros" a fazê-lo. Não é verdade?

Anónimo disse...

Talvez um dia, senhor(a) anónimo(a), o enigma se possa revelar.

Cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

Só sei que é um ilustríssimo carrazedense de uma cultura sem paralelo. Sendo assim, só pode ser o meu ex-professor.
Bandit