15 abril 2008

Urinar na Democracia

Estou habituado a ouvir as incontinências verbais e a conhecer os hábitos com que o Sr. Alberto João Jardim trata as instituições democráticas que o nosso país criou para nosso governo. As mais recentes pesporrêncas por este debitadas, para justificar a não recepção do Presidente da Republica, em visita à Madeira, na sua Assembleia Legislativa, fizeram-me recordar algo de semelhante.
Quem como eu já esteve presente na nossa Assembleia Municipal, não consegue esquecer a maneira acintosa, prepotente e indigna com que ali foi tratado muitas vezes. Exemplos seriam muitos, dificilmente testemunhados tão pouco pelas actas manuseadas e aprovadas quase sempre pela maioria. Na situação humilde, mas digna, de membro da oposição, jamais esquecerei as tentativas de humilhação e vexames que me procuraram fazer. Mais do que os tiques ditatoriais do seu Presidente entristeceu-me muito a tolerância envergonhada da generalidade dos membros que tudo consentiam e aceitavam Afinal, tal como na Assembleia da Madeira também a nossa cumpria descaradamente e sem ponderação, as vontades do Presidente. Recordo-me por exemplo do modo como foi programada a visita de estado, do então Presidente Jorge Sampaio, numa completa ignorância da Assembleia sobre a sua programação e, sem que a oposição no acto de recepção tivessem tido o direito de tomar a palavra. Aqui, é curioso recordar que ainda em campanha eleitoral pela região, ao mesmo Jorge Sampaio teria sido encerrada a porta do Município, quando este fez menção de ali apresentar cumprimentos. È por isso que compreendo bem o difícil e corajoso papel da oposição na Madeira. Afinal são eles que lutam por nós contra a prepotência e o despotismo que, lá como cá, se apoia na ignorância e miséria do povo, para se manter.

5 comentários:

Anónimo disse...

Alberto João Jardim, foi, é e será capaz de tudo quando lhe deixaram fazer e dizer.
É preciso dizer sempre e em todas as circunstâncias que esse senhor e a Região que tem comandado, têm vivido muito e muito à custa do suor e lágrimas do povo do Continente, desde que toda a gente se lembrou de apelidar o seu atraso como custos da insularidade.
Pena é que à custa dessa insularidade, muitos dos continentais ali se foram "aproveitar" do emprego/férias, sem prejuizo de poder e ter de considerar que muitos assim agiram por necessidade absoluta.
Também porque os governos centrais que passaram pelo poder em Lisboa, sempre se "alambusaram" com essa insularidade para parecerem muito bem aos olhos dos Portugueses, todos muito dados à solidariedade.
Com isso resultou que as Ilhas ultrapassaram a média de desenvolvimento do País e se compararmos com qualquer das interioridades do dito continente, concluiremos que a nós Transmontanos o Estado tudo nos deve.
Mesmo assim aquele senhor Jardim, prepotente, mal educado e inconveniente trata todos os continentais como "loucos", pobres pronvincianos e miseráveis.
Assim fez com Mário Soares, com Jorge Sampaio e agora com Cavaco Silva.
Mas porque ele sempre dependeu directanmente da Presidência da Repúblioca Portguesa, não houve um só Presidente que tenha conseguido pô-lo na ordem, só para se armarem em bonzinhos e democratas.
Por mim, o dito, podia e devia fazer pior, ou seja, pô-los de rastos perante a Madeira e o Mundo!
Mesmo assim ainda o desculpavam!
Esse indivíduio tem custado muito caro ao Povo Português!
E o melhor que nos poderia ter acontecido era dar-lhe a independência para deixar de mamar o dinheiro que aos "interiores" de Portugal tem faltado.
Tivessem a coragem de fazer um referendo sobre isso e veriam como era despachado em grande velocidade!
Claro que no fim de tudo isto, o seu conterrâneo Jaime Gama (agora Presidente da Assembleia da República)que em tempos o apelidou de DITADOR militante, fez a triste figura de o aclamar como herói da Madeira.
Ele lá sabe porquê!
Afinal são irmãos e solidários!
Nisto eles dão-nos lições!
Mas descanse o Gama que com o meu voto esse senhor não valta a pôr o cú em lugar determinado pelo escrutínio Nacional.

Helder Carvalho disse...

Nunca coloquei a questão de se oferecer a independencia à Madeira porque considero que a população miserável que por lá existe é a primeira a sofrer na pele e, é a pensar neles que devemos continuar a dennunciar o oportunismo, a prepotência e a ditadura que persiste e sustenta apenas os cães grandes.

Anónimo disse...

Já agora em que tipo de canídeo V. Ex.ª se encontra. É que vive razoavelmente bem! pelo menos aparenta! então em tipo temos de o considerar? Canideo Pequeno, médio ou grande?

Anónimo disse...

Este último anónimo nem sequer se dá ao trabalho de considerar que "cães grandes" significam os indivíduos que têm o poder, mas enfim de psd atávico não se pode esperar outra coisa!
É esta subserviência atroz que faz sobreviver os ditadores e candidatos a tal!
O Senhor HC não coloca a hipótese da independência da Madeira?
Mas considera razoável que nós continuemos no sacrifício de deixar "parir" na Madeira quem nos subtraia anos a fio justo desenvolvimento que nunca vamos ter?
Porra amigo!
Nem tanto ao mar...

Anónimo disse...

por falar em canideos

par desconstrair

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PRETA E SOLTEIRA

Procuro companheiro macho, a origem étnica não é importante. Sou muito boa fêmea e adoro BRINCADEIRAS. Gosto muito de passeios nas matas, gosto de andar de jeep, de viagens para caçar, acampar e pescar, de noites de inverno aconchegadas junto à lareira. Jantares à luz de velas fazem que vá comer-lhe à mão.
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