Não é raro verem-se à porta dos hipermercados e outros públicos locais avisos de aliciamentos de trabalhadores para a construção civil em Espanha. É a emigração a voltar em força? As notícias referem ainda o aumento de trabalhadores portugueses que aportam ao estrangeiro em busca de trabalho quantas vezes “engodados” com chorudos salários, deparando-se com uma realidade bem cruel e longe do que lhes foi prometido. As informações sobre acidentes rodoviários, envolvendo operários em trânsito para Espanha, são também, infelizmente, frequentes e atestam esta realidade migratória de dois países com crescimentos económicos bem diferenciados. Há outros indicadores que atestam o crescimento da emigração como sejam o aumento do desemprego, a dificuldade na obtenção do primeiro trabalho ou, numa palavra, a crise económica.
Os fluxos migratórios no nosso país tomam agora novas formas e a emigração sazonal sobrepõe-se cada vez mais à permanente que fixou, há não muitos anos, milhares de portugueses na Europa rica: Esta nova realidade deve-se essencialmente à melhoria das vias de comunicação e dos transportes.
O país vizinho, em forte expansão económica, parece ser o local mais escolhido pela distância e pela oferta de trabalho. Espanha é logo ali e a fronteira não é mais que uma passagem para um trabalho bem remunerado que dá para ir e voltar no mesmo dia. Os “nuestros hermanos” já tinham descoberto esta realidade na perspectiva de um novo mercado para fazer negócios e aqui colocam uma miríade de produtos. Por cá cada vez menos se produz e exporta-se a única coisa que nos resta: a mão-de-obra, normalmente pouco qualificada.
O desencravamento da região com o melhoramento de estradas tem permitido e potenciado essa procura temporária de trabalho. As deslocações processam-se de uma forma diária ou semanal com percursos de centenas de quilómetros, muitas delas nas já célebres carrinhas de nove lugares, pisando o risco do excesso de velocidade, do cansaço e expondo a vida própria e de outros utentes da estrada.. Esta é uma nova realidade que a contínua melhoria das vias de comunicação vai intensificar.
Por outro lado, são já muitas centenas de funcionários públicos, particularmente professores, a realizar viagens diárias de centenas de quilómetros com a desvantagem em relação ao litoral de o fazerem em piores vias de comunicação. Há já muitos nordestinos que gastam mais uma ou duas horas no trânsito diário para chegar aos seus empregos com prejuízo da sua qualidade de vida.
As morosas deslocações para o trabalho, que eram até há bem pouco tempo monopólio das grandes cidades, parecem estar também a transferir-se para o interior do país.
Os fluxos migratórios no nosso país tomam agora novas formas e a emigração sazonal sobrepõe-se cada vez mais à permanente que fixou, há não muitos anos, milhares de portugueses na Europa rica: Esta nova realidade deve-se essencialmente à melhoria das vias de comunicação e dos transportes.
O país vizinho, em forte expansão económica, parece ser o local mais escolhido pela distância e pela oferta de trabalho. Espanha é logo ali e a fronteira não é mais que uma passagem para um trabalho bem remunerado que dá para ir e voltar no mesmo dia. Os “nuestros hermanos” já tinham descoberto esta realidade na perspectiva de um novo mercado para fazer negócios e aqui colocam uma miríade de produtos. Por cá cada vez menos se produz e exporta-se a única coisa que nos resta: a mão-de-obra, normalmente pouco qualificada.
O desencravamento da região com o melhoramento de estradas tem permitido e potenciado essa procura temporária de trabalho. As deslocações processam-se de uma forma diária ou semanal com percursos de centenas de quilómetros, muitas delas nas já célebres carrinhas de nove lugares, pisando o risco do excesso de velocidade, do cansaço e expondo a vida própria e de outros utentes da estrada.. Esta é uma nova realidade que a contínua melhoria das vias de comunicação vai intensificar.
Por outro lado, são já muitas centenas de funcionários públicos, particularmente professores, a realizar viagens diárias de centenas de quilómetros com a desvantagem em relação ao litoral de o fazerem em piores vias de comunicação. Há já muitos nordestinos que gastam mais uma ou duas horas no trânsito diário para chegar aos seus empregos com prejuízo da sua qualidade de vida.
As morosas deslocações para o trabalho, que eram até há bem pouco tempo monopólio das grandes cidades, parecem estar também a transferir-se para o interior do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário