Diz-nos o Governo que a decisão sobre a linha ferroviária do Tua só será tomada depois de concluídos os estudos da Refer e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil pedidos pelo Governo depois do acidente de Fevereiro passado. Porem, a ameaça de encerramento paira outra vez sobre a linha do Tua. Esta semana, na assembleia da República, a secretária de Estado dos transportes ficou-se com um “nim” apresentando dados de utilização da ferrovia, cerca de 17% da sua capacidade, o que poderá ser um claro indicador. Perante isto colocam-se as velhas questões: Como poderá competir o comboio do Tua com os outros transportes se a velocidade média se mantém igual há cento e cinquenta anos e a comodidade dos passageiros pouco evolui. Como pode uma via-férrea com todas as potencialidades turísticas, ser viável se nunca foi potenciada para essa vertente? A opção pelo encerramento só pode ser política e se ela for colocada nas mãos de tecnocratas, burocratas e outros “atas”, só vislumbramos a mais penosa para a região.
1 comentário:
"Recorde-se que, em 1997, no Governo de António Guterres, foi assinado um acordo entre o Estado, a CP, a REFER e as autarquias de Mirandela, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Alijó, que formavam a empresa Comboios do Tua, SA, com vista à exploração turística da linha, com uma comparticipação anual do Estado de 300 mil euros. Mas esse foi mais um projecto para a região que nunca saiu do papel." Pergunto se a culpa será sempre dos outros? Então e os nossos autarcas, que fizeram depois disto? Fizeram a sociedade e depois deitaram-se a dormir... Por isso é que as lágrimas de crocodilo do Presidente de Mirandela não me comovem!
Enviar um comentário