Estamos entalados em dois vales dos mais belos do país, os vales do Douro e do Tua, com potencialidades ímpares de desenvolvimento turístico. São múltiplos os factores de atracção. Os dois cursos de águas convidam à criação de praias fluviais (não há nenhuma no concelho!) e ao desenvolvimento de desportos aquáticos. As paisagens são de transcendente beleza e todo o turista que chega pela primeira vez ao Douro fica com os olhos deslumbrados desta maravilha da natureza. As aldeias e as quintas mantêm traços de ruralidade e encanto propícios à atracção de turismo de qualidade. A ruralidade expressa na habitação, nos trabalhos do campo, na gastronomia e na vida da aldeia potencia o turismo rural de habitação, que aqui tem um campo enorme de expansão. A criação de espaços museológicos, o arranjo do património histórico, monumental e ambiental e a sua integração em diversos conteúdos propagandísticos serviriam também para atrair forasteiros. Roteiros de passeios pedestres e outros devidamente elaborados de visita aos diversos patrimónios seriam outras propostas para atrair visitantes. A paisagem agreste convida ainda aos desportos radicais que um punhado de carolas já provou diversas vezes ter muitas potencialidades. Está na hora de olhar para as águas do S. Lourenço como um importante vector de desenvolvimento do concelho e de toda a região. Temos ainda a pesca e a caça que poderiam ser importantes receptores de dinheiros para a região e um factor importante no desenvolvimento económico.
Quantas vezes lamentamos a falta de oportunidade e de ferramentas que não nos disponibilizam que sirvam de mola ao nosso progresso, mas par quê queixarmo-nos se as que temos não as utilizamos. A elevação do Alto Douro a Património Mundial pela UNESCO poderia ser a ponta de lança do desenvolvimento de toda a região pela notoriedade adquirida, pelo conjunto de verbas que permite obter dos fundos estruturais da Comunidade Europeia. A criação da Comunidade Urbana do Douro permite unir toda a região que tem todo esse traço comum, o Alto Douro, de modo a criar e desenvolver programas turísticos comuns. Acordem!
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