24 junho 2013

Povoados fantasma

Em poucos anos muitas aldeias transmontanas poderão tornar-se autênticos povoados fantasma. É o que revela um estudo sobre abandono rural no Interior Norte do país e que foi apresentado em Bragança no âmbito do 14º Encontro Nacional de Ecologia que decorreu no Instituto Politécnico de Bragança.

7 comentários:

Anónimo disse...

Onde está a novidade?Claro que tudo vai rodando no sentido indicado e a uma velocidade estonteante.Muitas coisas mudam imenso todos os anos.Simplesmente,as pessoas pensam e agem como se tudo permanecesse igual ano após ano.
Um dia acordarão e verão então que tudo está diferente.
JLM

josé alegre mesquita disse...

Não há novidade nenhuma. É a força do despovoamento do interior, que assentava numa agricultura de subsistência, na mão de obra agrícola. Fica alguma nostalgia e também a falta de algumas respostas para fixar alguns, para salvar algumas aldeias. Se não, vão-se as aldeias e a seguir irão as vilas do interior. Restará uma faixa no litoral.

A vontade dos homens é determinante para inverter ciclos sociais. Se o país concluir que precisa do interior povoado, pela agricultura, pela natureza e o ambiente, terá de solidarizar-se.E uma discussão que necessita fazer-se para além da máquina de calcular e dos números e sem demagogia...

Anónimo disse...

Não restará apenas uma faixa no litoral.Mas é possível que fiquem, no interior,como pontos-base apenas os pólos mais importantes, onde viverá a grande maioria das pessoas e onde se concentrará a grande maioria dos serviços principais.A partir desses pólos serão governadas e apoiadas as restantes povoações.Nestas haverá os serviços necessários à vivência dos residentes,serviços estes maiores ou menores de acordo com o tamanho dos povoados.
Talvez,portanto,o número de municípios venha a ser reduzido bem como o das freguesias. Mas,se no fim, todas as pessoas,residam onde residirem,tiverem as suas necessidades básicas resolvidas, não vejo que alguém fique a perder.A divisão administrativa,essa sim, ficará mais de acordo com a distribuição populacional e as deslocações serão mais frequentes,para as quais já vai havendo um número suficiente de vias de comunicação.
JLM

Anónimo disse...

Talvez resultasse uma política séria de incentivos (fiscais, subsídios melhorados cf o nº de filhos do casal, preferência no emprego, créditos muito bonificados, etc. etc....) para os jovens casais do interior. Tal, seria, a meu ver, um encorajamento decisivo para que em poucos anos, a situação de despovoamento severo que ora se verifica, se invertesse.

HR

Anónimo disse...

Caro JAM: Ainda um dia me há-de explicitar melhor,se me faz esse favor, o que é para si a solidariedade do governo em relação ao interior.Será forçar os que moram no litoral a emigrarem para o interior? Será construir um metro ou uma linha de autocarros como existe em Lisboa,mesmo que no interior eles andem sempre vazios?Será construir ainda mais centros de apoio rural,bibliotecas,piscinas,centros cívicos ou cemitérios para a ninguém servirem? Será construir variantes quando o trânsito a desviar já passa todo pelo IC-5? Será construir maternidades quando não nasce ninguém? Será criar mais pólos universitários quando os que existem estão a perder frequência ano após ano?
Ou será encontrar as soluções necessárias ao bem estar dos cidadãos,não mais que isso?
Os bens que refere(natureza,agricultura e ambiente) exigem muitas pessoas?
Não será melhor desenvolver o turismo,permitindo,para isso,a construção de pequenas quintas nas partes não exploradas das encostas do Douro, não ligando excessivamente às restrições que a declaração de património da humanidade implica?
Gostava,se não se importa,de ouvir(ler) a sua opinião.
JLM

Anónimo disse...

Caro HR: Penso que,para além dos incentivos de que falou,se esqueceu dos numerosíssimos empregos que é preciso criar para que os tais jovens casais se decidam por se deslocarem para o interior.Talvez tenha fixado a sua atenção apenas nos casais que no interior espontaneamente se formam,que são pouquíssimos,e ficou preocupado em que não saíssem.
Mas esses nem de perto nem de longe chegam.É preciso atrair muitos mais que nenhuma ligação tenham com Carrazeda,Vila Flor,Moncorvo,etc..
JLM

Anónimo disse...

Caro JLM,

tenho conhecimento de que muitos filhos desta região estão espalhados pelas redondezas de Porto, Lisboa e outros grandes centros do país. Outros emigraram. Bastaria o regresso definitivo desses. Por outro lado, temos tido por cá grupos de imigrantes...
Proceda-se então àqueles incentivos que eu indicava e muitos outros que ficaram por indicar e, a médio prazo, talvez já se notassem algumas (boas) diferenças. O que era preciso, é que os responsáveis por estas coisas estivessem atentos e decididos a mudar o curso (paralizado e pasmado) dos acontecimentos.
HR