27 junho 2012

Túnel do Marão ou a quadratura do círculo

Um ano decorreu desde que as obras do túnel do Marão estão paradas. 
Os 5 600 metros de extensão que ligam Vila Real e Amarante fazem parte da construção da Autoestrada transmontana e têm tido uma história atribulada: a obra começou no Verão de 2009 e deveria estar concluída em Novembro deste ano, porém, além desta,  esteve parada duas vezes pela interposição de duas providências cautelares da responsabilidade da empresa Águas do Marão.

Como era para ser?
A engenharia financeira da construção do projeto era a seguinte: O consórcio de construção  liderado pelas empresas da Somague e da Soares da Costa concessionou a obra. O consórcio bancário constituído pela CGD e pelo Banco Europeu de Investimento financiou-a. O consórcio dos utilizadores pagariam. E a pairar sobre todo o risco, a "sombra protetora" do Estado, isto é, os contribuintes portugueses.

O que falhou?
Primeiro, o dinheiro ficou mais caro. O  empréstimo foi feito a taxas mais baixas das que são agora praticadas o que originou o corte do financiamento.   
Segundo, o fundo de risco, que visa compensar a exploração por eventuais perdas na procura de tráfego, levou a concessionária a meter marcha atrás, porque teme que passem menos carros nesta via do que o inicialmente previsto.
Terceiro, neste país o risco nunca é para os privados, fica todo para o Estado.

Ponto da situação?
 Um, 70% da obra está realizada.
Dois, dum valor total estimado de 350 milhões de euros, o Estado já pagou diretamente mais de metade, 200 milhões.
Três, O financiador da obra, a CGD e o Banco Europeu de Investimento, que o Estado português é o acionista e o próprio Governo Português não chegam a acordo.
Quatro, o ministério das obras públicas pode vir a resgatar a obra, mas isso obriga a partir para um novo concurso, cujas implicações em termos de tempo e de custos serão maiores.

Solução?
Obrigar os intervenientes a cumprir o acordo, o que significa coragem política para os mais fortes, que ainda ninguém descortinou neste governo.
Mudar o Terreiro do Paço uma semana para Vila Real, ou obrigar os senhores membros do governo a viajar todos os dias para o Porto nas curvas do IP4. 

Ou...
Esperar sentados!

9 comentários:

mario carvalho disse...

Tua e Alto Douro Vinhateiro em debate no Comité do Património Mundial – “Os Verdes” enviam documento à UNESCO O Partido Ecologista “Os Verdes” enviou um documento à UNESCO que visa ser um contributo para o debate da questão relativa ao Alto Douro Vinhateiro e à Barragem de Foz Tua, debate que está a decorrer na 36ª sessão do Comité do Património Mundial, em S. Petersburgo. Este documento, que se assume como um contraditório aos argumentos do Governo que defende que a Barragem é compatível com a classificação do Alto Douro Vinhateiro, rebate, ponto a ponto, estes argumentos. Visa ainda dar informações atualizadas às organizações consultivas e à UNESCO para o debate que decorrerá com os representantes do Estado português. A sessão pode ser seguida em direto no site da UNESCO em http://whc36-russia2012.ru/category.php?cat_id=5 O Partido Ecologista “Os Verdes” O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”(T: 213919 642 - F: 213 917 424 – TM: 917 462 769 - imprensa.verdes@pev.parlamento.pt)www.osverdes.pt

mario carvalho disse...

UNESCO quer «redução significativa» das obras na Barragem do Tua
Organização vai visitar Portugal, em causa estatuto de património mundial do Alto Douro vinhateiro
Por: Berta Rodrigues | 27- 6- 2012 11: 53

A UNESCO decidiu alertar Portugal para reduzir «significativamente» as obras na Barragem do Tua e vai realizar nova visita à região do Alto Douro Vinhateiro, que tem o estatuto de Património Mundial em causa.

O caso foi analisado esta manhã em São Petersburgo, onde decorre o Comité do Património Mundial da UNESCO, e foi essa a posição final, segundo informação prestada ao tvi24.pt. O Comité decidiu ainda voltar a analisar a situação do Alto Douro no seu próximo encontro, em 2013.

A proposta que estava em cima da mesa recomendava a paragem das obras do Tua, lembrando que a construção da barragem não foi mencionada pelo Estado português aquando da candidatura da região do Douro a património mundial.

Defendia também que o impacto da barragem será «severo e irreversível» e «não pode ser mitigado, como sugerido pelo Estado português, pela criação de iniciativas que manteriam a memória da herança cultural e natural afetada pela barragem, ou pela criação de um museu». A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, tinha dito que o Estado português não podia parar as obras porque não tem dinheiro para pagar as indemnizações envolvidas, e também que já tinha sido endereçado um convite à UNESCO para visitar o local.

O Comité do Património Mundial, que decorre até 6 de Julho, tem ainda outro caso português para analisar, a candidatura das fortificações de Elvas, nomeada para ser inscrita na lista de regiões com estatuto de Património Mundial, na categoria de bens culturais.

Essa candidatura deverá ser analisada na sexta-feira ou no sábado. A expetativa dos responsáveis de Elvas é que seja dado mais um passo, para que em 2013 aconteça a classificação forma pela UNESCO.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/unesco-douro-patrimonio-mundial-decisao-barragem-tua/1357868-4071.html

Anónimo disse...

Está-se mesmo a ver que este governo nos quer tirar tudo. Aquilo que o governo PS nos quis dar este PSD/CDS-PP esta-nos a tirar. Não nos tirou o IC5 porque já estava terminado porque por este andar nem IC5 ainda tinhamos.

Anónimo disse...

Há alguém que me diga o que é que nós ganhamos com o Douro - Patrimonio Mundial?

Anónimo disse...

Ganhamos problemas, e dou-lhe este exemplo para mudar uma pedra num muro, ou um telhado, na zona classificada, agora tem de consultar estes agiotas.

Anónimo disse...

A própria UNESCO montou um sistema, com a declaração de património mundial e as autorizações que depois qualquer obra implica,de obtenção de receitas,dado que não nada em dinheiro e este é necessário para o funcionamento da instuição.
Muitas vezes,a actuação da Unesco não é mais que uma forma de obter receitas com a burocracia que monta.

Anónimo disse...

SE TODOS FOSSEM VERDADEIROS TRANSMONTANOS, NO DISTRITO DE BRAGANÇA NINGUÉM VOTAVA,NEM PARA AUTARQUICAS MUITO MENOS LEGISLATIVAS.EU E A MINHA FAMILIA NÃO VAMOS VOTAR.PENSEM BEM E FAÇAM O MESMO.SE NÃO PRECISAMOS DE AUTO-ESTRADA,TAMBÉM ELES NÃO PRECISAM DOS NOSSOS VOTOS.
TODOS JUNTOS TEREMOS MAIS FORÇA.
AVANTE TRANSMONTANOS.

Anónimo disse...

veja lá se alguém vota por si. como sabe até os mortos votam! vá e fassa um risco de cima abaixo

Anónimo disse...

e os autarcas da regiao Mirandela,Vila Real Carrazeda so faziam barulho contra o Socrates agora estao caladinhos deviam demitir-se todos e entregar as camaras dos dois distritos a este governotant.. o para protestar contra a paragem do tunel como contra o encerramento dos tribunais ... afinal sao eleitos para que? para deixarem as camaras empenhadas e meter seu s amigos no poleiro.. que vergonha de autarcas temos que nao olham pelos seus municipes por quem os elegeu.. protestem demitam-se todos..freguesias ,camaras toda gente devia entregar o cargo até o governo ceder..