10 junho 2012

Paróquias, juntas paroquiais e freguesias

           Na sociedade antiga, o governo das paróquias, mais tarde freguesias, estava confiado ao pároco que era coadjuvado pelos homens mais respeitáveis, primeiro indicados pelo povo ou escolhidos pelos párocos e mais tarde nomeados pela administração concelhia, chamados juízes de vara ou vintena. Este ministério vincadamente presbítero-religioso chega aos nossos dias na forma das juntas fabriqueiras. A paróquia torna-se, a principal instituição de agrupamento e organização sociopolítica das comunidades locais portuguesas. Ao longo dos séculos XV a XVIII, tem expressão material na construção ou reforço da Igreja Matriz e nela se centralizarão as principais atividades e poderes eclesiásticos-religiosos. O poder real através do município, mas, em articulação com as paróquias, enquadra as medidas e políticas a todo o território. Com o liberalismo, a administração dos fregueses sofre profunda remodelação e a governação local passa para a Junta e para os Regedores.
A primitiva e única paróquia de Ansiães há de desconjuntar-se em várias outras, chegando ao século XVI com treze paróquias, num tempo da primeira grande reorganização territorial com as ordenações manuelinas. O século XIX teve importantes e contínuas composições territoriais, variando as freguesias no concelho de Carrazeda de Ansiães, de um mínimo de onze a um máximo de vinte e três para estabilizar nas dezanove, que chegam aos nossos dias. 
(...)
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5 comentários:

Anónimo disse...

Ontem como hoje, o poder legislativo numa forma de pensamento AMPLO, organiza o poder de forma a que o caciquismo sirva esse mesmo poder com cara de democracia!
No entanto, hoje, é ainda pior essa evidência!
Numa altura em que a crise económica e financeira nos é tão evidente e tão prejudicial ao desenvolvimento, de que o interior ainda mais carece, precisa o poder de criar filhos, afilhados e cada vez mais compadres para que estes corrompidos se ajustem à conveniência daqueles corruptores!
Não falarei em apenas corrupção financeira, mas mais substancialmente em política, porque é a partir desta confiança propositada e estudada que os homens do poder sabem que estes seres abjetos os hão-de servir subservientemente!
Hoje estes políticos de meia tijela criam propositadamente dependências e quanto mais débil estiver o povo, melhor o conseguem!
Um cargo de presidente de Junta, secretário, ou tesoureiro é, nesta altura do campeonato, um verdadeiro luxo, dado os míseros euros que permitem embolsar!
Experimentem eles, via crise que vivemos, a propositura de exercício de cargos gratuitos e então veremos em todo o explendor, os verdadeiros sentimentos dos donos das bandeiras plantadas nas janelas.
Hipocrisia e fome a quanto obrigais?!

Anónimo disse...

Que coisa tão certeira este comentário de Sáb.Junho16!
Parabens!

Anónimo disse...

Só quem está dependente dos poderes instalados, das benesses dos partidos políticos e das mordomias que têm à custa dos nossos impostos é que não dá razão ao comentador de 16 de junho.Ou então aqueles que, cegos de ambição, não olham a meios para atingir os seus fins. Mas quantos são livres de pensar e dizer isto, ou têm lucidez para tal?

Anónimo disse...

Pois é!

Anónimo disse...

Quem me dera conhecer este Senhor Ateu para o felicitar pessoalmente.
Cá para mim deve ser algum letrado, mas daqueles a sério,porque ele fala e sabe o que diz,enquanto outros falam,falam,falam e não dizem nada de jeito,só asneiras.
Olhe desejo-lhe muita sorte.