A ministra do Ambiente defendeu esta terça-feira que a barragem de Foz Tua é compatível com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como património da humanidade e afastou a possibilidade de suspender as obras por falta de verbas.
“Íamos a tempo de parar se tivéssemos no nosso bolso os montantes para pagar as indemnizações necessárias, que são de várias centenas de milhões de euros”.
Diário de Trás-os-Montes
3 comentários:
quanto mais tarde.. mais cara fica....
e 600 000 foi qunato recebeu o geverno anterior pela concessão das barragens todas..
pelo Tua recebeu 50 para a cota 160 e cerca de mais 10 pela cota 170
.............
esta é mais informação errada da srª ministra.. tal como o paredão já construido.. há cerca de 1 ano..lol
tsf
Barragem do Tua: Deslocação da UNESCO a Portugal não está prevista para já
Publicado a 06 JUN 12 às 16:36
A UNESCO não vai mudar de ideias tão cedo em relação à Barragem do Tua, nem deslocar-se a Portugal antes da reunião do Comité do Património Mundial marcada para o final do mês.
Nem era preciso haver um convite do Governo de Lisboa, porque esse era já um dos pontos do projeto de decisão da UNESCO. Trata-se do documento que vai servir de base à discussão sobre a construção da barragem da EDP nas paisagens do Douro, classificadas como Património Mundial.
Uma discussão marcada para o final do mês, em São Petersburgo, na Rússia. Nesse documento, além de recomendar o envio de uma nova missão a Portugal, os peritos aconselham a suspensão imediata das obras.
Uma fonte do Centro do Património Mundial da UNESCO em Paris, adianta à TSF que a nova missão vai avaliar o impacto da construção da barragem e é com base nesse relatório que vai depois ser tomada a decisão de manter ou retirar o título de património da humanidade.
O processo pode assim prolongar-se durante mais um ano, porque as decisões são tomadas apenas nas reuniões do Comité do Património Mundial.
A UNESCO explica ainda que não pediu quaisquer esclarecimentos ao Governo português sobre toda esta questão, mas o executivo de Lisboa tomou a iniciativa de fazer chegar a Paris um dosssier com os argumentos do Estado português.
Isabel Meira
cumprimentos
mario carvalho
http://www.youtube.com/watch?v=GlgxRUy38DU
já que os que nos "governam " não têm capacidade para decidir nem GOVERNAR.. será a UNESCO a mandar..
Só que não me venham dizer que somos um país... somos é um BANDO
...
continua..
UNESCO analisa deliberação para parar barragem do Tua
Proposta que coloca em causa estatuto de património mundial do Alto Douro debatida na próxima quarta-feira
Por: Berta Rodrigues | 23- 6- 2012 12: 2
O Comité do Património Mundial da UNESCO reúne-se a partir deste domingo em São Petersburgo e analisa na quarta-feira a situação do Alto Douro Vinhateiro. A proposta que será votada exige ao Governo português a suspensão das obras na barragem do Tua.
A proposta provisória em cima da mesa tem análise prevista para 27 de junho, segundo apurou o tvi24.pt. Nessa altura sairá uma decisão, que não deve andar muito longe do que propõe o documento. Mas, se até lá houver novos dados, a deliberação final pode ser diferente.
O documento que está preparado para aprovação é muito crítico da forma como as autoridades portuguesas conduziram o processo. Começa por notar que o projeto da barragem, embora «estivesse considerado no Plano Nacional de Energia datado de 1989, não foi mencionado no processo de candidatura» da paisagem do Douro a Património Mundial, e que foi aceite pela UNESCO em 2001.
Lembra ainda a visita do ICOMOS, órgão de profissionais de conservação do património, em Abril de 2011, para quem, se o Estudo de Impacto Ambiental realizado em Portugal tivesse tido em conta o estatuto de património mundial, «teria determinado que o projeto terá efeito profundo numa área alargada, resultando na permanente perda física de parte da paisagem cultural». A missão do ICOMOS, e a proposta na mesa da UNESCO, consideram que o impacto será «severo e irreversível» e «não pode ser mitigado, como sugerido pelo Estado português, pela criação de iniciativas que manteriam a memória da herança cultural e natural afetada pela barragem, ou pela criação de um museu».
A proposta de deliberação da UNESCO «expressa a sua preocupação por os trabalhos de construção terem começado em Abril de 2011, antes de serem conhecidas as recomendações da missão de observação e antes de o Comité para o Património Mundial poder considerar o projeto». Por isso, «urge a paragem imediata das obras na barragem do Tua e qualquer infraestrutura relacionada».
Nota ainda o documento que Portugal informou ter procedido a alterações «para reduzir o impacto visual» do projeto, mas «não foram fornecidos planos detalhados». Por isso, pede «detalhes completos» desses planos.
Também pede ao Estado português que promova uma missão conjunta de observação da situação e, por fim, que submeta até Fevereiro de 2013 «um relatório atualizado sobre a revisão ou reconsideração do projeto da barragem do Tua e do estado global de conservação da região», para ser examinado na próxima sessão do Comité, em 2013. Os órgãos consultores da UNESCO admitiam mesmo que, se for confirmado o impacto negativo da barragem, o Comité considerasse nessa altura a inclusão do Alto Douro Vinhateiro na lista de locais em risco, mas essa intenção não está na proposta final do documento.
A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, disse no início de junho na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local que o governo só iria «a tempo de parar» as obras «se tivesse no bolso os montantes para pagar as indemnizações necessárias, que são de várias centenas de milhões de euros», e insistiu no argumento de que a barragem ocupa uma parte reduzida da região abrangida pelo estatuto de Património Mundial, e «está a ser feito tudo para minimizar o impacto que terá». Também revelou que já foi feito um convite à UNESCO para regressar a Portugal e ver o local.
O projeto da barragem do Tua tem sido também criticado por vários movimentos ambientalistas. «Este plano destruirá os últimos rios selvagens do país, terá uma produção irrisória de eletricidade, agravará em até 16 mil milhões de euros a dívida pública e privada, provocará um aumento nas tarifas de eletricidade e colocará nas mãos da EDP barragens para um período que poderá chegar a 75 ano», dizia um documento conjunto de seis associações de defesa do ambiente em Abril.
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