23 junho 2012

Ainda a tempo: inauguração do moinho de vento

           "Carrazeda de Ansiães inaugurou no passado Domingo, dia 17 de Junho, o único moinho de vento a funcionar na região de Trás-os-Montes".
... daqui
foto de Manuel Joaquim F. Lopes


Não vão muitos anos que se viam no concelho alguns moinhos de água, em plena atividade. Em muitos locais, a maioria deles eram designados "Moinhos do Povo" e pertenciam à população de cada uma das aldeias, sendo geridos e mantidos pela comunidade local e utilizados à vez de acordo com o regulamento aprovado pelo Concelho do Povo. Ainda em 1965, só nas Beiras, Alto Douro e Trás-os-Montes se registavam oito mil.
Cada aldeia, conforme a sua dimensão e produção, tinha um, dois ou três moinhos junto às ribeiras mais próximas quando o seu regime hídrico se ajustava convenientemente e, em regra, não muito longe. Os moinhos, de roda horizontal, de rodízio, ou azenhas, de roda vertical distribuíam-se pelas linhas de água dos rios Douro e Tua, os ribeiros da Veiga, do Vilarinho… A moagem tornou-se também empresa familiar e a figura do moleiro conduzindo um ou outro animal, particularmente machos, buscando o grão, entregando a farinha e guardando o dízimo, era habitual nos caminhos dos povoados. Nos princípios do século XX iniciam-se as moagens industriais, por exemplo em Selores é montada uma enorme moagem a vapor que terá pouco êxito. A elétrica prevalecerá naquela e noutras aldeias, e chegará na sede do concelho aos nossos dias com relativa projeção económica.

12 comentários:

mario carvalho disse...

parabéns..

Finalmente começa a haver preocupação com a preservação do que que permitiu a sobrevivencia e identidade de um povo e o orgulho nisso...

receava que o ex libris de Carrazeda fosse .. o pré histórico "Castro" vulgarmente reconhecido como o inacabado
" Centro Cívico" e o princípio da queda do império...

mario carvalho disse...

parabéns..

Finalmente começa a haver preocupação com a preservação do que que permitiu a sobrevivencia e identidade de um povo e o orgulho nisso...

receava que o ex libris de Carrazeda fosse .. o pré histórico "Castro" vulgarmente reconhecido como o inacabado
" Centro Cívico" e o princípio da queda do império...

Anónimo disse...

Apetecia-me nada dizer, passar pelo blog, como sempre faço, só para "passar o visto", passe o termo, (isto não é falta de consideração pelo dono do blog nem tão pouco pelos colaboradores) mas não resisto a comentar alguma coisita sobre o exposto.
A preservação do património é sempre bem vinda e deve ser acarinhada, fomentada...
Mas passando agora pela entrada norte de Carrazeda e olho para as velas do moinho e em vez de enfunadas, já estão "engasgadas"...
Ou seja, preservar o património não significa gastar rios de dinheiro para, fala-se em mais de cem mil euros (Um autêntico disparate para tão pouca coisa)...e só isso!
Depois a pressa da inauguração que ninguém sabe o que preside ao momento nem porque carga de água se apressa um evento destes para toda a envolvente, local que bem poderia ser tornado aprazível, bonito e adequado, estar todo ele completamente esfrangalhado, sem jeito...mais uma vez, só em Carrazeda!
Trata-se afinal e mais uma vez, de competência ou falta dela, ponto parágrafo!
Estou de acordo com o Senhor Mário Carvalho no essencial, ou seja - Preservação do dito-.
Relativamente ao "ex libris", "castro", se quisermos, ao "CONSUETO", por hábito de o vermos ali plantado sem préstimo, resta-nos olhar para o embófia vizinho do mesmo, pois não sei qual é o nojo maior!
Bom seria, repito, bom seria que se abrisse uma discussão pública concelhia sobre este monte de calhaus para bem aconselharmos o executivo municipal, porque receio bem que dali vá sair tolice da grossa!
Cumprimentos.

Anónimo disse...

O que se constata hoje como ontem é que não há um plano, um objetivo, um porquê destas obras.É bom levantá-las do chão, mas assim desgarradas será que trazem alguma mais valia?

Anónimo disse...

Na freguesia de Pombal também existem dois moínhos movidos a água.Não posso precisar o seu estado,no entanto porque não abordar os proprietários e pensar na sua recuperação.
Aqui deixo a ideia à Junta de Freguesia do Pombal.
Pombalense.

Anónimo disse...

sim.. sim ...vai ser com os moinhos que PORTUGAL VAI PAGAR OS JUROS DA DIVIDA A TROIKA TEM QUE SER INFORMADA

TANTO SE FALA DE CRISE E TANTO SE VE GASTAR ...

VAI SER O MOINHO QUE VAI TRAZER RIQUEZA A ESTA TERRA ...

QUANDO VAI APARECER NESTA TERRA ALGUEM COM QUE NAO TRABALHE SO PARA OS VOTO???

ASS. O MOLEIRO CAMARARIO

Anónimo disse...

Consta já que, entusiasmado por este símbolo do desenvolvimento local, vai ser candidato nas ´próximas autárquicas D. Quixote de la Mancha, acolitado pelo fantasma de D. Sebastião; a lista será independente, como é óbvio...
Ass. O que diz o moleiro

Anónimo disse...

OUTRA CANDIDATURA SERA A DO LOBO COM
ROUPAGEM DE CORDEIRO...

MAS SERA QUE A RAPOSA NAO VAI PAPAR O LOBO MAU...DESTA FEITA ???

ASS MOLEIRO SEM FARINHA

JP disse...

Num concelho onde já havia um D. Quixote e um Sancho Pansa, faltava-nos o moinho.

Anónimo disse...

E um moleiro que gosta de andar enfarinhado mas que não se importa porque mesmo não percebendo nada do ofício faz o sacrifício por causa da massa.

Carrezedense disse...

No Domingo passado passeio por Carrazeda e vi o moinho já sem as velas. Que é feiro delas. Será que as levou o vento?

Anónimo disse...

Não, foi o moleiro que as recolheu, não fosse o vento estragá-las.Só daqui as uns meses voltarão a ver o sol pois aí darão muito jeito, servirão de bandeira para a propaganda eleitoral. Até lá, o moinho não moi e o moleiro, sempre muito dedicado, vai preparando outras bandeirinhas.