09 março 2012
Oh minha terra...onde nasci!!...
Quem conhece Carrazeda, certamente que conhece este edifício.
È antigo, cheio de história e um símbolo do concelho. Foi aqui que nasceu o primeiro Hospital que servia os habitantes do concelho de Carrazeda.
Nos anos trinta e quarenta, serviu de Hospital e também de cadeia, pois muitos lavradores de Vilarinho da Castanheira e da freguesia de Pombal, ficaram presos no rés do chão desta casa, onde existem pequenas celas, que estão devidamente conservadas. Na altura os elementos da PIDE, e os elementos da GNR, bateram em muitos desses lavradores, que cometeram o crime de protestar, contra as condições que lhes impunham para venderem “o vinho da sua colheita”.
Ontem, como hoje as dificuldades em fazer “negócio” em “vender” o que se produz e rezam as crónicas da altura, que nos armazéns do Caminho de Ferro na Estação do Tua, foram destruídas pipas de vinho que se destinavam ao mercado e que vieram dos lados de Macedo e Bragança, vinho fora da região demarcada.
Este edifício foi durante muitos anos – ironia do destino – delegação da Casa do Douro, aqui vinham os lavradores tratar de assuntos, relacionados com o manifesto do vinho, a legalização das vinhas, licenças de plantio, etc. etc. Deixou de ser Hospital, deram-lhe outra finalidade e presentemente ainda é aqui que funciona a delegação da Casa do Douro, com sede na cidade do Peso da Régua.
Esteve esta casa para ser vendida e graças à crise, não apareceram muitos interessados. Porém a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, mostrou interesse na sua aquisição. Oxalá consiga concretizar a intenção, pois este espaço é por si o Museu de História natural da vila e do concelho; certamente a par do Museu do Vilarinho que está implantado num belo edifício histórico. Que diabo, Carrazeda tem uma vida recente,- que o diga o meu amigo JLM que tão bem descreve a transição de Ansiães, para esta pobre localidade - cheia de história e aspectos culturais interessantes que devem ser conservados.
Não estamos a falar dos elefantes brancos como o Mercado Municipal – abandonado e ainda hoje sub-aproveitado. O Centro Cívico a jóia da coroa. E, a casa mortuária, aproveitada para “Incineradora Municipal” que idéia original, nesta tarde soalheira, de um dia quente de Março.
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5 comentários:
Parabéns Manel
pela forma como escreveu e pela forma com sentiu e nos fez sentir o que escreveu...
ou seja .. a grande maioria compreendeu o que escreveu
.............
A foto está extraordinária..
dá para imaginar o tétrico.. a inquisição.. a policia , os sabujos..
os funcionários zelosos.. as sevicias.. o MANDANTE e o carrasco!!!!
Infelizmente .. para ter esta qualidades .. só é preciso ter "jeito".... e esse jeito não perde .. adapta-se .. às circunstancias.. governos.. poderes .. partidos ou lobies
abraço para si
Antigo Hospital, que mobilizava todo o concelho na recolha de alimentos para o seu sustentáculo.
Tempos difíceis em que preponderava a união.
Por este andar a única esperança que nos resta " UNIÃO "
Rui
E com que pompa e circunstância esses peditórios eram feitos.Com que orgulho os carros de bois percorriam a vila,carregados.
meus amigos,
digobos eu, esta terra,de quem os nossos antepassados nos orgulhamos, dá muita vergonha cá viver. Acabem a ponte e vamos tomar um copo a Vila Real,aqui, sim aqui fica a comissão politica do psd e sililares,Lda.
Meu amigo, tou contigo, se pudesse também ia, que aqui já não dá.Não se passa nada, nunca vi tanta pasmaceira. Axo que só vai animar quando a comixão política do psd começar a iludir o pobo mais uma bez e os laranjas e laranjinhas andarem de bandeirinha de sardinha e garrafaão na mão. Xunga ,dec...
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