16 maio 2011

Manuel António Pina - prémio Camões

Bem merecido!
O seu saber de “tratador de palavras” pede meças nos tempos que correm. As suas crónicas diárias no JN são uma delícia de análise quotidiana deste Portugal suave, mas injusto, com políticos e decisores que se acham demasiado importantes e sérios, com resultados abaixo do sofrível, e que Pina faz cair no ridículo. As Farpas do M. A. P. são certeiras e absolutamente necessárias num país que perde identidade, valores e sentido.
M. A. P. é um homem sem medos, frontal e desvinculado que foge ao monopólio dos comentadores papagaios da nossa praça, “benditos sejam”, pois afinal todos dizem a mesma coisa, isto é futilidades. É destes homens das letras que Portugal mais precisa, haja ou não crise, pois apontam caminhos que urge trilhar.
Bem-haja Manuel António Pina pela maneira como usa as palavras para clarear a realidade! Bem-haja  por escrever o que falta dizer! Bem-haja por ainda me fazer sentir que vale a pena ser português! Bem-haja!...

13 comentários:

Anónimo disse...

Caro José A. Mesquita,

E, se me permite utilizar, como uma ponte, este meio de comunicação que administra, é meu privilégio, apresentar também, a este ilustre escritor beirão, em que afirma, com toda a convicção: "onde sinto meu sangue é na poesia", um BEM-HAJA e, as minhas mais sinceras saudações de gratidão e reconhecimento por tudo o que tem feito e colocado ao serviço dos outros através da escrita.

Respeitosos cumprimentos

LVS

Anónimo disse...

É claro que este prémio é mais do que merecido, por todas as razões que J. Mesquita aqui plasmou de forma justa e oportuna.
Só não posso inteiramente concordar contigo, meu caro Mesquita, é quando afirmas tão categoricamente: "num país que perde identidade, valores e sentido". Com efeito, parece-me uma afirmação demasiado forte. Não vejo, pelo menos assim de forma tão contundente, onde é que se está a perder a identidade nacional, onde é que se estão a perder valores e onde é que se está a perder o sentido. Com afirmações destas deve-se, no mínimo, explicitar, exemplificar para melhor esclarecer. Até porque, curiosamente, surge na parte final do teu texto, uma excelente frase que contradiz, no geral, a frase de cima que eu aqui reproduzo: "Bem-haja por ainda me fazer sentir que vale a pena ser português!". Aqui, e com os demais (a)tributos que prestas a Manuel António Pina, estou contigo.
Um abraço.
h.r.

Anónimo disse...

Claro que vale a pena ser português:é a nossa condição e temos que assumi-la,quer haja Pinas ou não.
Não podemos recusar a nossa história e o sofrimento de tanta e tanta gente humilde,que nem sequer chegou a ser gente.
Uma das características do homem é pertencer(quase sempre)a um país porque nele nasceu.
Eu nasci no Seixo,como não assumir o que me calhou?
As pessoas não são seres etéreos, são de carne e osso.Antes de existirem os princípios,existiu o homem.E muitos princípios criados pelo homem nem são grandes criações.
Portanto,os portugueses são,exitem,assumem-se quer haja Pinas ou não.
JLM

josé alegre mesquita disse...

Caríssimo HR:

Agradeço o comentário, o quase acordo e a oportunidade de explicitar, embora ao fazê-lo possa ser redundante.
São muitos exemplos de presumível perda de identidade. Vede que é uma das principais razões da candidatura a Bragança do cabeça de lista de um dos principais partidos (aqui http://www.ionline.pt/conteudo/123215-francisco-jose-viegas-o-psd-deu-varios-tiros-no-pe). Porém não querendo ser fastidioso, recordarei, tão só, o que ontem se soube: o acordo da "troika", dito tão fundamental ao nosso futuro colectivo, não saiu do inglês técnico, já que nem sequer teve tradução portuguesa. Não estará aqui bem visível a perda de identidade?
Pergunta também o HR, onde se estão a perder valores? Detesto colocar a máscara de moralista, até porque não me agrada que um outro comentarista aqui venha descobrir falsas moralidades arvorando-se em paladino das virtudes e do viver "citadino".
O buraço da suspeição para onde terá caído a classe política, o oportunismo, a cunha, a corrupção, o peculato, o mau serviço generalizado da causa pública, entre outros, não serão exemplos suficientes?
Falta de sentido em continuarmos a ser país independente e orgulhoso? A crise económica, a perda de soberania e a aceitação do desplante recente de três funcionários organizarem uma conferência de imprensa, glosando com a nossa capacidade de decisão para definir o nosso futuro, é exemplificativo da falta de sentido e até "non sense" da já tão longínqua nação "valente e imortal".
Porém, é com homens como M.A.P. que sinto orgulho em ser português, porque ele quase sempre mostra com rara mestria o que não devemos ser...

Anónimo disse...

Aprecio mais as suas farpas, professor Mesquita, dando bem o exemplo dopsd, do que as do Pina, que anda sempre a dizer mal do PS. Francisco Jose Viegas, quem é esse? E ainda mal do Vara!

Anónimo disse...

As farpas?! Este senhor é o quê na festa brava?

Anónimo disse...

Caríssimo José A. Mesquita (J.A.M.),

Concordo quase na plenitude com o texto que acaba de nos brindar. Pena é que outros, não sejam capazes de discernir, o quanto a nossa perda identitária tem sido pervertida nos últimos tempos, bem como a ausência de valores: sociais, morais, culturais, históricos e outros. Não sei se concorda comigo, mas basta ligarmos, por exemplo, a Rádio e a T.V. e, imediatamente, inferimos que, aquilo que nos colocam, não é nada mais, nada menos, do que fenómenos identitários diversos específicos de outros povos e outras culturas que, infelizmente, estão muito aquém dos padrões da nossa identidade cultural como podemos constatar, por exemplo, em toda a Obra Literária, Antropológica e Etnográfica de José Leite de Vasconcelos. Além disso, se me permite, caro J.A.M., a corroborar este pensamento, podemos reforçá-lo através da monografia: A Cultura em Portugal, História da Literatura Portuguesa, da autoria de António José Saraiva, em que nos refere, cito:

" Eu sou existencialmente inconformista.
Eu sou, de origem, um camponês.
Eu fui espiritualmente cristão e teoricamente marxista.
Eu estou contra a sociedade, independentemente das teorias.
Eu acredito no espírito, mas não sou capaz de o definir.
Eu estou pronto a emigrar de novo, se necessário. Eu sou António José Saraiva."

Este texto poético foi publicado no “O País Magazine”, no dia 11 de Fevereiro de 1982, página XIII.

Como nota final, caro J.A.M., para ultrapassar aquilo que nos descreve acerca da redacção do texto da “troika” em “inglês técnico”, esta situação não aconteceria em circunstâncias algumas se houvesse alguém com o perfil do rei “Trovador” e “Poeta”, em que torna obrigatório o uso da língua portuguesa, em 1290 e funda, em Coimbra, a primeira Universidade. Agora, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (…)”, como nos refere o maior escritor/poeta de todos os tempos. Mas, embora ocorram alterações sociológicas (e não só!), elas devem, obrigatoriamente, tomar sempre novas qualidades, de modo a manter-se sempre fiel ao nosso PADRÃO CULTURAL, o que nem sempre, infelizmente,isso acontece, o que é pena, diga-se!...

Respeitosos cumprimentos

LVS

Anónimo disse...

ai, as farpas da troika!

Anónimo disse...

Agora, mais uma vez, aparece LVS a apoiar JAM.
LVS, não sabe quanto eu gostaria de conhecê-lo. Já uma vez me disse que me conhecia perfeitamente e que até deambula frequentemente pela rua principal de Carrazeda.
Tenho perguntado a muitos carrazedenses por si e todos me afirmam desconhecê-lo.
Mas também isso que importância tem? O que interessa é o que o senhor diz. E aqui apoia JAM com toda a convicção.
Para resolver a questão de saber se devemos ou não defender a nossa identidade, precisava de saber em que ela consiste.
A língua portuguesa será um elemento identitário. Mas qual língua portuguesa? A falada pela elite intelectual ou a falada pelos elementos mais rudes da nossa população?
Se é a falada pela elite, então direi que ela identificou ao longo dos séculos uma minoria, muito minoria, e que, nesse sentido, só agora começa a identificar um numero crescente da população, porque só agora a educação tem espalhado o português, numa forma razoavelmente culta, por todas as pessoas. Se é assim, então, ao longo dos tempos, tivemos uma identidade linguística muito fraca. Se é a língua rude que nos identifica, então temos vindo a perder identidade linguística nos últimos tempos e estarei, nesse caso, de acordo com JAM e LVS.
Em geral ,quero dizer que cada vez mais estamos ligados ao mundo e sujeitos a muitos fenómenos mundiais e, por isso, não me admira que, por exemplo, o inglês tenha passado a ser a língua internacional em detrimento do latim, língua usada até há pouco para esse efeito.
Por outro lado, com a integração na UE, a nossa soberania vai ficando cada vez mais limitada, para que possamos ter uma moeda comum e nos possamos deslocar mais facilmente por toda a Europa. Claro que se , com a nossa leviandade, pusermos em risco o todo europeu, teremos que arrepiar caminho, por iniciativa própria ou alheia.
Para terminar, por hoje, pois isto já vai longo, direi, se mo permitem, que a defesa da nossa identidade está mais na construção duma maneira de estar hodierna e particular do que na conservação de algo que possa ter existido no nosso passado glorioso.
JLM

josé alegre mesquita disse...

O português, com diversas variantes fonéticas e caligráficas, é a língua de comunicação de diversas nações, na Europa, na África, na Ásia e na América. Se a língua tem a matriz latina, também colheu vocábulos nos diversos povos que aqui aportaram antes dos romanos, como sejam os fenícios (o sufixo ippo em Olisipo – Lisboa e Collipo – Leiria), os gregos, os celtas e os celtiberos (o sufixo briga que aparece, por exemplo, em Conímbriga).
A língua portuguesa tem a sua origem no latim e assim eram até D. Dinis escritos os documentos oficiais. Ao longo da nossa história houve diversas tentativas, particularmente na forma escrita, de aproximar a língua da matriz latina, Todas elas foram goradas devido à força da oralidade. O actual acordo é mais uma dessas cedências. A língua tem a sua origem imediata no chamado latim vulgar que o distingue do erudito e a origem popular é comummente aceite, repare-se que “O Pacto de Gomes Pais e Ramiro Pais”, é considerado o primeiro documento escrito em língua portuguesa.
O fenómeno de adopção de palavras de outras línguas continua até aos nossos dias. As invasões dos bárbaros não corresponderam em contribuição linguística à sua importância e longevidade e limita-se a alguns conteúdos: a guerra (guerra, roubar, espiar), as roupas (luva, fato), os animais (gansa, marta). Dos suevos e os visigodos herdámos palavras como aio, íngreme, espora, luva. Os árabes deixam-nos cerca de mil palavras em áreas específicas como a agricultura, os animais, as plantas (arroz, azeite, alface, açucena, alfarroba).
Por volta do fim do século X iniciam-se as primeiras influências do francês. São daí a introdução dos vocábulos dama, chapéu e do sufixo -age “ -agem “. Será reforçada no século XIII pela instalação, em todo o território da Galiza e Portugal, das ordens monásticas francesas de Cluny e Cister. São desse período formas líricas próprias da literatura provençal e diversos vocábulos daí oriundos (trovador, alegre, frei).No século XVIII e XIX são introduzidos enormes francesismos, lembre-se a geração de 70.
A partir do séc. XV, a língua portuguesa enriquece-se com a contribuição das línguas indígenas (o bantu, o tupi e línguas asiáticas). A influência índia e africana transmitiram ao português numerosos vocábulos ainda hoje correntes: abacaxi, caipira, jacaré, batuque, samba. Tais marcas são testemunhos de uma primazia internacional do português, que durou até à metade do século XIX. Como hoje é o Inglês, o Português foi durante muitos anos a língua franca do comércio mundial.
O português moderno é obra de Garret e Eça. A frase liberta-se dos espartilhos clássicos e aproxima-se do falar do povo. Camilo, Aquilino, Júlio Dinis, Torga e mais recentemente Saramago e Agustina introduzem-lhe inúmeros vocábulos do linguajar popular, habitualmente pouco dignos de serem escritos e fazerem parte do objecto literário. Salvo o devido exagero, posso concluir que a língua portuguesa é primordialmente uma construção do povo.

Anónimo disse...

Caro J.L.M.,

Na verdade, como refere, conheço o meu ilustre concidadão. Como diz, deambulo frequentemente não só pela rua principal desta augusta vila, mas também por todas as suas artérias, bem como por todas as demais do concelho e, ainda, pelos lugarejos mais longínquos e, quiçá, alguns ignorados há muito pelo poder que emergiu há quase quatro décadas, num dia primaveril em que os cravos abriram e as suas pétalas desabrocharam. Pena é que, não tivessem despontado para todos os portugueses, aliás, como julgo serem seus dignos merecedores.

De uma forma clara, objectiva e concisa, afirma convictamente que gostaria de me conhecer. Lamento, mas não lhe vou satisfazer essa pretensão. Prefiro passar despercebido, enquanto outros, creio sinceramente, pretendem aparecer como arautos e artificies da caneta, sem saber pegar nela (?). Quer dizer: julgam-se artífices da palavra, sem a saberem, às vezes, modelar em toda a sua dimensão. É que, a instrução pela arte, implica, obviamente, sabê-la esculpir e conceder-lhe forma, espaço e conteúdo.

Portanto, pode ser que um dia, quem sabe, possa haver mais “luz” e a história da nossa ilustre terra se escreva em toda a sua dimensão numa perspectiva construtiva em que as pessoas sejam valorizadas pelo Ser e não pelo Ter como, aliás, infelizmente, acontece.

Por fim, no que concerne à primeira frase da dissertação que nos contempla quero dizer que não concordo em absoluto com ela, nem tão pouco, estou certo, o administrador deste meio de comunicação precisa do meu humilde apoio. Mais: não me passou nenhuma procuração, nem precisa de o fazer. O texto que nos apresenta, publicado neste local no pretérito dia 18 do corrente mês pelas 02:53:00 PM, como pode ver, fala por si. Daí que, J.A.M., não precisa de cooperação alguma. Precisa, isso sim, da nossa reflexão e do nosso contributo despretensioso para elevarmos bem alto a cultura “sui generis” da nossa augusta Terra e das humildes gentes que a servem. É que, caro J.L.M., quem não respeitar a história cultural e o seu passado, estou certo, não é digno do seu futuro.

Respeitosos cumprimentos,

LVS

Anónimo disse...

A língua e a criança...

Uma das minhas Mestras de expressão infantil é a filhita mais velha (que está passando dos 4 anos) de um familiar meu.

Ouvi-lhe outro dia, dirigindo-se ao pai:
- Eu queria que o paizinho ISSE lá para dentro.
- O quê, filha? Perguntou o pai.
- Que o paizinho ISSE lá para dentro brincar comigo - confirmou a miúda, certa do seu desejo e segura da sua gramática.
E o pai foi.

E eu fiquei a pensar: O verbo é IR. A petiza tem ouvido dizer: partir - partisse; vestir - vestisse; dormir - dormisse; ouvir - ouvisse.
Por conseguinte, lá bem no imo da sua gramática, intuitiva, experimental, a garota concluiu irrefutavelmente que IR está mesmo a pedir ISSE.
E assim convidou ela o pai, com toda a alógica, que ele ISSE brincar com ela.

Mas eu que aprendi gramática… sei que o pretérito imperfeito do conjuntivo de IR é FOSSE.
E, portanto, estive, vai-não-vai, para emendar a miúda.
-Olha que não é ISSE; é FOSSE.

Sondei, porém, a gramática histórica, e tive de fazer justiça à pequenita.

Ela não corrompeu a língua com ISSE, em vez de FOSSE!

Quem estragou a esplêndida coerência da conjugação foram aqueles que, em longínquos tempos, por ignorarem a canónica gramática latina, não respeitaram a forma paradigmática do verbo EO, IS, IRE, IVI, ITUM - o latim “ere”, no infinito, “ire”.

Mas as línguas são vida, e na vida há pressões, possíveis alterações.

Aconteceu que os verbos IRE, VADERE e FUGERE se fundiram, alteraram.

E aí temos o cacharolete ou coktail verbal; VOU, IA, FORA, IREI, VÁ, FOSSE, FOR, INDO, etc.

O verbo IR em português é uma verdadeira mistela, ou antes, um verdadeiro mestiço, mas mestiço com três progenitores: IRE, VADERE e FUGERE.

Que culpa tem a pequena da irregularidade de alguns verbos?

O verbo é IR…
Ah! Ele é isso? Pois então: “Eu queria que o paizinho ISSE brincar comigo”!

Filosofia deste devaneio filológico: As línguas espelham a “alma” das pessoas!
A confusão de formas gramaticais provam-no bem!

E assim as crianças dizem: FAZI, DEZI, TRAZI, PUDI.

Mas tudo neste mundo se estraga com a idade. Tudo nasce puro, inocente, simples.
A linguagem das crianças quer ser “regular”, lógica, sem verbos irregulares, sem exceções, uma espécie de esperanto natural.

Quando uma pessoa é maior e emancipada fala mal que se farta e, se for portuguesa, fala geringonça, além de gramática.
Caem os dentes, ainda mais se estraga a pronúncia!
Quando a gente desce ao túmulo está farto de dizer disparates, e de grosso calibre. Ao passo que os “erros” das crianças são meros tenteios lógicos.

Por tudo isto, eu não tive coragem para emendar as linhas escorreitas da linguagem da pequena.

Ela empregou ISSE!
Deixá-la! Tem muito tempo para aprender filologia, ciência “chata”, vergada ao peso da etimologia, da fonética, da tradição, da analogia, da evolução, trôpega, incapaz de acompanhar o SALTITAR das crianças, e perfeitamente, absolutamente incompreensivelmente para com a necessidade que elas têm de dar “chutos” na gramática, de vez em quando.

Meus Amigos,
A verdadeira identidade linguística está aqui… e é esta:

- A PALAVRA, tal como a diz a boca de uma inocente criança de 4 anos!

E se nós (todos nós) ÍSSEMOS aprender com ela?!


Carlos Fiúza

Anónimo disse...

Caríssimo C.F.,

Quem bom seria se “ÍSSEMOS”!... Mas, como compreende, não é possível, o que é pena, diga-se! Concordo em absoluto com a pureza cristalina de uma criança de quatro melíferas primaveras. Quem me dera tê-las; outro galo cantaria! Entretanto, como compreenderá, se pudéssemos implementar essa raiz, não sei o que seria das academias! Tenho dúvidas se elas poderiam sobreviver. A não ser que o conceito de cultura linguística fosse estanque. Porém, não é. Ela move-se. Nós, os obreiros esculpimo-la, quer através da “pena”, quer por meio da oralidade. Daí que, ela segue os trilhos, obviamente, pelo dinamismo sociológico que lhe está afecto, porquanto somos todos nós os seus actores.

Respeitosos cumprimentos

LVS