19 setembro 2010

Uma boa ideia

O recente convite do presidente da federação de futebol a Mourinho para treinar a seleção nacional durante dois jogos será uma ideia assim tão estapafúrdia como muitos analistas têm apregoado? Eu penso que é uma boa ideia, melhor, uma excelente ideia.
A seleção nacional atravessa um período muito mau, com um ponto em dois jogos, pondo em causa o apuramento para o europeu de futebol de 2012, o prestígio do futebol português e o orgulho nacional. Isto significa também perder muitos milhões de receitas, lugares no areópago da UEFA que valem também outros tantos milhões.
José Mourinho é o melhor treinador do mundo, o único capaz, referem as crónicas dos especialistas, a última réstia de esperança em conseguir a qualificação e colocar o comboio dos selecionados novamente nos carris do sucesso desportivo. O “special one” pode assim devolver-nos a alegria das vitórias, o orgulho nacional e também os milhões da federação europeia.
É por isso que considero excelente a ideia de Madaíl e que deve ser imediatamente alargada a todos os setores da atividade humana para assim se ultrapassarem obstáculos pontuais, insucessos e crises e apenas sobrar a imaginação para tornear todos os obstáculos presentes e futuros. Crie-se pois, uma bolsa de cérebros competentes e disponíveis para fazer face aos gravíssimos problemas da nação, e depressa, antes que nos copiem a ideia e sobre apenas a gente comum e igual a todos nós.
É tão excelente a ideia, que deveríamos alargá-la à governação das nações. Em Portugal contrataríamos durante uns tempos a senhora Merkel para pôr em ordem as nossas finanças e rapidamente voltaríamos ao período das vacas gordas, isto é, sem necessidade de todos trabalharem, mas com dinheiro suficiente para distribuir, nem que fosse com os euros alemães. Assim já teríamos o TGV, a ponte sobre o Tejo, o novo aeroporto… Pois, se é este pouco que nos falta para sermos um país muito desenvolvido, faça-se...
E por aí adiante… Se a situação de endividamento do nosso concelho é castradora do nosso desenvolvimento coletivo, contrate-se Medina Carreira e assim rapidamente colocaria em ordem as nossas finanças municipais. Em alternativa solicite-se a intervenção de algum autarca modelo para, durante um curto período de tempo, trazer o desenvolvimento e a felicidade dos munícipes. Se mesmo assim não resultar ou ninguém aceitar, que me perdoe Madail pela adulteração da ideia, abdicamos da independência municipal e, durante um certo período de tempo, integramo-nos num espaço municipal vizinho ou noutro qualquer de sucesso para assim se ultrapassem os constrangimentos e enveredarmos definitivamente pela senda do progresso e da felicidade autárquica.

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