30 dezembro 2009

"Os verdes" querem esclarecimentos

O Partido Ecologista "Os Verdes" quer que os ministros do Ambiente e das Obras Públicas prestem esclarecimentos sobre a decisão da EDP de não avançar com a construção de uma alternativa ferroviária à actual Linha do Tua, que será parcialmente submersa pela barragem.

Os "Verdes" solicitaram ontem, na Assembleia da República, a presença dos ministros do Ambiente e das Obras Públicas e acusam a EDP de "violar" o caderno de encargos relativo à Barragem de Foz-Tua, "sem que o Governo ponha travão a esta prepotência".
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3 comentários:

Anónimo disse...

Esyes Verdes são uns líricos. Então se a EDP ainda não apresentou o projecto definito ao Governo, como diabo o Governo se há-de pronunciar sobre uma coisa que ainda não tem ? Daahhhh...

Anónimo disse...

Gado vai deixar de poder beber e pernoitar nas margens da barragem


Se o Plano de Ordenamento for aprovado, o abeberamento na barragem vai ser proibido
O Plano de Ordenamento da barragem dos Pisões, em fase de discussão pública, está a deixar apreensivos os agricultores residentes nas aldeias das imediações da albufeira. As maiores restrições previstas no documento dizem respeito aos cem metros em volta da margem da barragem, onde passará a ser interdito parquear animais, que também não vão poder beber na albufeira.

Termina no próximo dia 13 de Janeiro, a discussão pública do Plano de Ordenamento da Albufeira do Alto Rabagão (Pisões). O documento estabelece uma zona de protecção relativamente à barragem, nomeadamente no que diz respeito ao uso do solo, com vista à protecção da qualidade da água desta reserva, que já abastece parte dos concelhos do Alto Tâmega. No novo Plano, a zona de protecção passou dos cem para os quinhentois metros. No entanto, em Montalegre, numa sessão pública de esclarecimento, a técnica do Instituto Nacional da Água (Inag), Ana Barroco, explicou que a agricultura tradicional vai poder continuar a fazer-se. “Se mantiverem as práticas que têm tido não haverá nenhuma restrição, só haverá se intensificarem a utilização de adubos e fertilizantes e for posta em causa a qualidade da água”, explicou a técnica, garantindo que as “maiores interdições se situam à volta dos cem metros da barragem”. Neste área, ao contrário do que acontece agora, o gado não poderá ficar parqueado, nem tão pouco beber. “A água é um recurso escasso. A boa qualidade da água tem que ser preservada”, defendeu ainda Ana Barroco.

No entanto, as explicações da técnica não sossegaram os agricultores presentes. “Comprem-nos os terrenos que já acabam com a poluição”, atirou um agricultor, explicando que “põe estrume e adubo” nas terras.

Também presente na reunião, António Miranda, o presidente da Junta de Freguesia de Morgade, uma das aldeias banhadas pela barragem, disse, por sua vez, que ia mandar um relatório para as entidades competentes no sentido de ficarem bem patentes os problemas da freguesia. “Estamos sensíveis às dúvidas que as pessoas colocam, embora algumas não façam sentido. As pessoas vão poder continuar a trabalhar as suas terras, a semear centeio, batatas, têm é que fazê-lo nos moldes de sempre”, alegou, à Rádio Montalegre, o vice-presidente da Câmara, Orlando Alves. O presidente da Câmara, Fernando Rodrigues, entende que o articulado terá que ser melhorado, no sentido de ficar “claro” e “objectivo” e “não permitir interpretações abusivas”.

Por: Margarida Luzio

Gado e não só ..

mario carvalho disse...

Linha do Tua
Comissão de Obras Públicas aprova audição de ministro na AR
A comissão de Obras Públicas aprovou hoje a audição do ministro António Mendonça no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre a situação da linha ferroviária do Tua, que será parcialmente submersa pela barragem

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O requerimento, apresentado pelo Partido Ecologista Os Verdes, foi aprovado na reunião de hoje da comissão parlamentar de Obras Públicas e contou com os votos contra do PS.

Os Verdes dizem que estão a ser «levantados carris na zona em que vai ser construída a barragem» e pedem esclarecimentos sobre o facto de a EDP ter dito que «não pretende construir uma alternativa ferroviária à Linha do Tua», desrespeitando assim o caderno de encargos.

Durante a reunião da comissão parlamentar, o deputado do PCP Bruno Dias afirmou que a situação da Linha do Tua «exige que sejam tomadas medidas por parte do Governo» e sublinhou a «necessidade incontornável de garantir a existência de uma alternativa de transporte ferroviário que responda às necessidades das populações».

A deputada do PS Ana Paula Vitorino afirmou, por seu turno, que quando foram avaliados os «dois projectos de interesse público – a linha ferroviária e a barragem -, o que prevaleceu foi que a barragem tinha um benefício económico superior».

Como os dois projectos são «incompatíveis fisicamente», explicou, foi definido que «teria de ser encontrada uma nova solução de transportes para aquelas populações que, só em situação de impossibilidade, seria rodoviária».

Lusa / SOL