20 agosto 2006

MENTIRAS PIEDOSAS DE AGOSTO III

- Já todos acreditam que se vai concretizar a obra viária de Carrazeda/ Pinhal. Também já ninguém pergunta como vai ser paga a empreitada final, todos percebem que quem paga é “o mexilhão”. Agora não deixa de ser de louvar a ideia do nosso primeiro de, no acto da inauguração previsto para breve, decidir descerrar uma lápide, para que constem nela para a posteridade, os nomes dos expropriados dos terrenos que permitiram aquela obra, a troco de “uma côdea de pão”. Na altura será também homenageado o anterior Vereador Eng. Barata mentor da estratégia de expropriação.

- Como curiosidade a notícia de que a Cabra aguarda tranquilamente o seu destino. No fundo ainda acredita que o tal inquérito da derrocada do Museu Rural do Vilarinho, conclua sobre a incompetência dos reais culpados e sobre a sua responsabilidade e expiação. Contudo uma das hipóteses é que o inquérito possa ser concluído só depois da reforma dos culpados. Por tal facto também já se admite que a Cabra acabe por morrer de morte natural.

- Assumindo a crise que por aí vai, os nossos autarcas ao serviço a tempo inteiro, decidiram começar a pagar as suas despesas de representação com o respectivo honorário que recebem para esse fim. Assim as facturas de despesa em gasolina, restauração, ofertas de recordação, telemóveis e hotelaria, já começaram a diminuir, nos serviços de contabilidade da C.M.

- Outra iniciativa louvável resulta do expediente de nosso vereador PS que, decidiu publicar e divulgar as informações mais pertinentes da actualidade, relativas à gestão autárquica. Brevemente teremos direito a saber por exemplo a que preço nos ficou a estrada municipal - Carrazeda / Pinhal, os trabalhos realizados a mais e não previstos, os prazos previstos e não cumpridos, o valor e os juros dos empréstimos contraídos, os relatórios das fiscalizações, os nomes dos responsáveis, etc, etc, etc.

- Tansos são os que ficam. Lambões são os que partem.
Nas excursões organizadas pela autarquia não há lugar para todos tal é a concorrência. Por isso é que os que ficam chamam “lambões” aos que vão. A C.M. está a envidar esforços para ampliar o leque dos “lambões” para serem menos os “tansos” a reclamarem. Como as críticas que se fazem referem que quem vai é sempre quem tem o cartão do partido, a C.M. decidiu agora mostrar a sua isenção e definiu já outras regras de selecção dos candidatos, mais aleatórias. Por exemplo para a próxima decidiu que, têm direito a inscrever-se só aqueles que já usam dentaduras.

- Com o êxodo das populações mantém-se a dúvida sobre, se o novo cemitério da vila deve ou não ser reconvertido. As populações de Luzelos, onde a obra se instalou, ainda não encaram este caso como uma fatalidade. Desde que aderiram à Junta de Freguesia da Vila já apresentaram uma proposta que propõe a reconversão do cemitério em gimnodesportivo relvado, que é uma moda em expansão no concelho, apesar da prática de desporto ser aquilo que “não se vê”. Inclusive propõem algumas transformações na capela funerária que permitiriam uns belos balneários. Água não faltará. Mais tarde e sobre este assunto, eles dizem que será mais fácil fazer em conjunto uma nova reconversão destas infra-estruturas quando se decidir também, sobre a inutilidade desta transformação que agora propõem.

Hélder Carvalho

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