23 agosto 2006

Ideias aos molhos

A ideia que aqui exponho para reutilização das Escolas desactivadas do concelho respondendo ao desafio do Prof. José Alegre neste Blog, já é antiga. Antiga embora a tenha achado exequível em quaisquer outros espaços disponíveis com as sedes das juntas de freguesia, os centros culturais ou casas do povo. A única novidade prende-se com o contexto recente em que ao decidir-se e bem, desactivar as escolas sem alunos, concentrando-os em circunstâncias que se esperam pedagogicamente preferíveis, ficaram livres as respectivas infra estruturas. É meu entendimento que no momento em que estas escolas perdiam a sua função inicial, logo se deveria ter exigido a sua activação para outros fins potencialmente úteis às populações. Jamais se deveria ter aceite que fosse doutra maneira, a não ser que me provassem pela não necessidade da sua utilização.
Assim as minhas propostas de aproveitamento vão no sentido de responder às necessidades que eu detecto e que muito poderão ajudar a melhorar a qualidade de vida das populações das aldeias mais envelhecidas e distantes, da sede do concelho.
A minha proposta propõe que fosse criada em cada escola uma espécie de “Loja do Cidadão”. Seria um espaço orientado para servir condignamente os cidadãos sempre que o desejassem, onde estes pudessem utilizar um espaço comum com qualidade de instalações e mobiliário, com ar condicionado no verão e aquecimento no Inverno, onde pudessem conviver, ouvir música, ver televisão ou um filme, fazerem exercícios de recreio e cultura /( fazer artesanato, ler um livro, ter acções de formação), programarem e discutirem interesses comuns.
Seria ainda um local de contacto via net e com telefone fixo ou móvel que permitisse com o devido apoio, fazer ou receber por exemplo, uma ligação de/para um familiar, enviar um mail, pesquisar uma informação “navegar”, pagar uma conta, marcar uma consulta, receber uns resultados, receber uma certidão, etc. Para dirigir esta estrutura haveria lugar para alguém que teria de adquirir o perfil adequado para um desempenho tão diversificado.
Trata-se de uma proposta que não precisaria de muita argumentação para ser entendida no âmbito do chamado “ choque tecnológico”, neste caso assumido nas vertentes da descentralização e da desburocratização apoiada na tecnologia da informação e comunicação. Trazia ainda outro motivo complementar que era o de facilitar a vida dos cidadãos geralmente mais carentes e necessitados do país.
Falta agora apreciar as reacções a esta proposta e talvez se consiga aprofundar mais a ideia. Num aspecto eu estou realmente expectante. Trata-se de observar qual a criatividade e a capacidade de reacção de sistema público quando se vir obrigado a reciclar o seu pessoal que parasita. Será que vai remetê-los para a lista dos excedentários por incapacidade em os recuperar?
Se tal não acontecer será também bom sinal, Sinal de que terá sido adiada a crise económica.


Hélder Carvalho

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