Por Manuel Barreiras Pinto
Leitor atento e colaborador, - desde que o tempo e a inspiração me ajudem- neste espaço, não podia deixar de enviar estas três notas que resultaram de uma leitura atenta.
A primeira nota para o meu amigo Dr. João Lopes de Matos, pela lucidez e actualidade do seu artigo, porém foi na leitura do mesmo e na sequência dos comentários gerados, que encontrei matéria para as minhas notas, assim:
- Um ano a viver em Carrazeda , fez um balanço positivo da realidade que viveu será caso para dizer “ Gabo-lhe os gostos!......” Na realidade que tem Carrazeda para oferecer? Nem a qualidade do ar que respiramos, será tão boa, quanto parece, pois não há indicadores que respondam a esta questão. Na perspectiva realista e optimista que apresenta nota-se e bem o carácter do profissional habituado a ajudar a resolver questões complicadas na área do predial e aqui a dar o seu contributo para uma melhor vida na Carrazeda.
- A mesma que recebeu há muitos anos atrás o elogio do Galego “ Carrazeda, Carrazeda, por mais que te pintem, serás sempre Carrazeda”
- E, por fim eu regressei à minha Carrazeda, há um ano atrás e aqui vou estar em permanência, é a minha terra.
A segunda nota para o meu amigo Hélder Carvalho, que é como eu Carrazedense de nascimento e amante fiel das suas origens. Espectador atento e vigilante, tem em vão lutado qual D. Quixote pela sua dama. Mas, meu amigo, continua, pois como diria o poeta “Há sempre alguém que não queira... Há sempre alguém que diz não. E há quem leia, quem fique a pensar no que foi dito, e água mole em pedra dura.... força amigo, eu estou contigo.
A terceira nota vai para o Optimista se bem que incógnito “O Zaratustra” para quem ... o isolamento, a região museu, ruínas, campos abandonados, lar de idosos – digo eu felizmente que há lares de idosos e idosos para aí estarem e viverem uma vida em comunidade, será que ser idoso é mau e dá ideia de abandono? De miséria? Não entendi.
Vem depois a nota optimista, para a defesa do Turismo, o ambiente as paisagens e as tradições. Remata com “O futuro do Nordeste Transmontano – Carrazeda incluída – para pela Reserva Turística Ecológica. Meu caro Zaratustra.
Aqui ficam, os factos.
Foi pelo Turismo e com o Turismo que se ganharam eleições – Promessas- e se bem se lembra há estudos que nos indicam “Parques de Campismo a construir”- Chamariam eventuais turistas nacionais ou estrangeiros. Campos de Golfe “Turismo de qualidade alta” Estudos de qualificação e propriedades de águas minero-medicinais ou termais no único local reconhecido em todo o Distrito de Bragança, as abandonadas Termas do São Lourenço” – Turismo sénior e doentes com problemas de pele, agora que já foi reconhecida, licenciada e aprovada a “concessão de Exploração” dessa fonte de riqueza que tem sede no S. Lourenço na freguesia de Pombal de Ansiães, quem é que vai dar seguimento ao que foi feito? Isto era aproveitar o Turismo. Amigo não se iluda e fique a pensar nesta história verídica, de um passado, que já não tem continuadores.
No tempo da traulitada e da Revolução da Maria da Fonte, na linha do Tua, o comboio transportava várias mercadorias entre elas o vinho da região de Mirandela. Como os habitantes da freguesia de Pombal, não vendiam o vinho que produziam ao preço justo e pretendido, sabendo que outros o faziam e transportavam pelo comboio, que lhes passava ao lado, um dia impediram a circulação do comboio e deitaram as pipas que transportava ao rio, conseguiram com este protesto vender o vinho.
Hoje os tempos são outros, ninguém protesta, calam e consentem. A violência é condenável e por isso existem organizações como a APAV e outras mas, citando o meu herói “O Cartola” um dia muito bêbado, bateu na sua Maria e esta foi queixar-se ao Administrador do concelho, que perante os factos ordenou a prisão do Cartola por 3 dias. Foi na prisão que cantou:
Oh Maria, oh Maria
O teu juizo Vareia
Por causa de ti Maria
Vim três dias p’ra cadeia.
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