Do menino Hélder para o Senhor Zeferino
Para mim um dos objectivos deste blogue está na possibilidade que nos dá de podermos opinar e polemizar sobre temas que julgamos de interesse. Para quem é vaidoso, como eu, é agradável notar que os temas que tenho trazido ao blogue têm ajudado na sua dinamização.
Em texto recente, dirigido pelo Sr. Zeferino Bastos à minha pessoa, julgo ter inferido que este o considerou, não meramente pessoal, mas de interesse público. Assim, decidi dar-lhe alguma atenção e esperar que se entenda a minha resposta como motivo de consideração, sobretudo, para com quem lê este blogue.
Começo, então, por dizer, que os verdadeiros objectivos do “espírito escutista” não são por mim postos em causa. Quando me é induzida a crítica, num texto aqui publicado, com a minha assinatura, a censura que é sugerida vai na direcção do aproveitamento que é feito da ingenuidade e simplicidade de crianças, para participarem em encenações que me repugnam. Refiro-me, por exemplo haver crianças, em procissões religiosas, com o papel de cercar e limitar o espaço onde, na referida procissão, desfilam os representantes do poder autárquico. Estas encenações, pelos vistos, organizadas pelo grupo de escuteiros, são vistas, por mim, pelo lado do caricato, com a agravante de envolverem crianças. Por isso, se estas encenações, tiverem por protagonismo pessoas adultas, já não me repugna nada, ainda que me continuem a parecer ridículas. Mas esta é apenas a minha opinião, possivelmente isolada e carecida de noção do contexto e do sentido de que se representam as cerimónias de culto.
Contudo, sobre as circunstâncias em que se tem desenvolvido as actividades dos escuteiros em Carrazeda, para lá dos aspectos positivos, têm sido da minha parte motivo de contestação. Tenho contestado, por exemplo, a cedência de utilização por cinquenta anos, do terreno em que a instituição está sedeada. Sei que neste terreno público trabalharam, com muito esforço, os nossos antepassados, para lá construir um “campo de aviação”. Actualmente reste terreno tem demasiado valor apenas para servir o que serve. É um luxo que uma autarquia pobre, como a nossa, disponibilize este espaço, quando este poderia ser valorizado muito mais ao serviço de todos. Até costumo dizer, para comigo, que, mais que o esforçado Sr. Zeferino Bastos, o grande chefe escuteiro deste agrupamento tem sido o nosso presidente. O exemplo do senhor presidente serve também para provar que para se ser um bom escuteiro não é preciso a farda. Mas, neste caso, volta a ser, apenas, uma opinião isolada.
No que respeita a questões pessoais que foram referidas, apenas lhe direi que o que nos separa são questões de interpretação dos conceitos de honestidade e de dedicação à causa pública. Sobre o convite que me foi feito, para me inscrever como escuteiro, decidi aceitá-lo, mas só quando deixar de trabalhar. Chato como sou, no activo, imaginem como seria na gestão da instituição. Resta-me concluir manifestando ao Sr. Zeferino o meu agrado pelo seu sentido de humor e disponibilizar-lhe a minha tolerância.
Para mim um dos objectivos deste blogue está na possibilidade que nos dá de podermos opinar e polemizar sobre temas que julgamos de interesse. Para quem é vaidoso, como eu, é agradável notar que os temas que tenho trazido ao blogue têm ajudado na sua dinamização.
Em texto recente, dirigido pelo Sr. Zeferino Bastos à minha pessoa, julgo ter inferido que este o considerou, não meramente pessoal, mas de interesse público. Assim, decidi dar-lhe alguma atenção e esperar que se entenda a minha resposta como motivo de consideração, sobretudo, para com quem lê este blogue.
Começo, então, por dizer, que os verdadeiros objectivos do “espírito escutista” não são por mim postos em causa. Quando me é induzida a crítica, num texto aqui publicado, com a minha assinatura, a censura que é sugerida vai na direcção do aproveitamento que é feito da ingenuidade e simplicidade de crianças, para participarem em encenações que me repugnam. Refiro-me, por exemplo haver crianças, em procissões religiosas, com o papel de cercar e limitar o espaço onde, na referida procissão, desfilam os representantes do poder autárquico. Estas encenações, pelos vistos, organizadas pelo grupo de escuteiros, são vistas, por mim, pelo lado do caricato, com a agravante de envolverem crianças. Por isso, se estas encenações, tiverem por protagonismo pessoas adultas, já não me repugna nada, ainda que me continuem a parecer ridículas. Mas esta é apenas a minha opinião, possivelmente isolada e carecida de noção do contexto e do sentido de que se representam as cerimónias de culto.
Contudo, sobre as circunstâncias em que se tem desenvolvido as actividades dos escuteiros em Carrazeda, para lá dos aspectos positivos, têm sido da minha parte motivo de contestação. Tenho contestado, por exemplo, a cedência de utilização por cinquenta anos, do terreno em que a instituição está sedeada. Sei que neste terreno público trabalharam, com muito esforço, os nossos antepassados, para lá construir um “campo de aviação”. Actualmente reste terreno tem demasiado valor apenas para servir o que serve. É um luxo que uma autarquia pobre, como a nossa, disponibilize este espaço, quando este poderia ser valorizado muito mais ao serviço de todos. Até costumo dizer, para comigo, que, mais que o esforçado Sr. Zeferino Bastos, o grande chefe escuteiro deste agrupamento tem sido o nosso presidente. O exemplo do senhor presidente serve também para provar que para se ser um bom escuteiro não é preciso a farda. Mas, neste caso, volta a ser, apenas, uma opinião isolada.
No que respeita a questões pessoais que foram referidas, apenas lhe direi que o que nos separa são questões de interpretação dos conceitos de honestidade e de dedicação à causa pública. Sobre o convite que me foi feito, para me inscrever como escuteiro, decidi aceitá-lo, mas só quando deixar de trabalhar. Chato como sou, no activo, imaginem como seria na gestão da instituição. Resta-me concluir manifestando ao Sr. Zeferino o meu agrado pelo seu sentido de humor e disponibilizar-lhe a minha tolerância.
Hélder de Carvalho
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