03 janeiro 2013

Vive num dos concelhos com melhor qualidade de vida?


Talvez não!
Confira a lista do estudo desenvolvido na Universidade da Beira Interior .

 Lista dos 30 primeiros classificados e pontuação no índice:1.º Lisboa: 128,635; 2.º Porto: 90,726; 3.º Albufeira: 84,482; 4.º Funchal: 62,224; 5.º Coimbra: 60,844; 6.º Marvão: 60,583; 7.º Constância: 59,961; 8.º Cascais: 59,544; 9.º Loulé: 58,838; 10.º Oeiras: 57,967; 11.º Vimioso: 56,409; 12.º Vila do Bispo: 56,231; 13.º Portimão: 56,153; 14.º Lagos: 55,586; 15.º Sines: 54,255; 16.º Alter do Chão: 54,217; 17.º Barrancos: 53,024; 18.º Santa Cruz das Flores: 52,515; 19.º Tavira: 52,404; 20.º Faro: 51,834; 21.º Aljezur: 51,833; 22.º Castro Marim: 51,368; 23.º Vila Real de Santo António: 51,205; 24.º Castro Verde: 50,114; 25.º Lagoa: 50,063; 26.º São João da Madeira: 50,056; 27.º Castelo de Vide: 49,149; 28.º Pedrógão Grande: 49,014; 29.º Góis: 48,960; 30.º Ponta Delgada: 48,355.

Lista dos últimos 30 classificados e pontuação no índice:279.º Vila Pouca de Aguiar: 23,629; 280.º Gondomar: 23,522; 281.º Amarante: 23,438; 282.º Carrazeda de Ansiães: 23,383; 283.º Ribeira Brava: 23,374; 284.º Amares: 23,236; 285.º Valpaços: 23,181; 286.º Castro Daire: 22,940; 287.º Póvoa de Lanhoso: 22,893; 288.º Santa Marta de Penaguião: 22,672; 289.º Ribeira Grande: 22,594; 290.º Soure: 22,479; 291.º Moita: 22,473; 292.º Trofa: 22,461; 293.º Cinfães: 22,134; 294.º Paredes: 22,078; 295.º Vila Verde: 21,774; 296.º Marco de Canaveses: 21,691; 297.º Vizela: 21,678; 298.º Penalva do Castelo: 21,413; 299.º Ponte da Barca: 21,342; 300.º Lousada: 20,423; 301.º Vila Franca do Campo: 20,383; 302.º Sátão: 20,091; 303.º Castelo de Paiva: 19,985; 304.º Miranda do Corvo: 19,624; 305.º Baião: 19,580; 306.º Celorico de Basto: 18,344; 307.º Nordeste: 17,447; 308.º Câmara de Lobos: 14,500.

Daqui

3 comentários:

mc disse...


depende dos parametros que são escolhidos para definir qualidade de vida..

qual o objectivo deste estudo?

aproximar o interior do litoral ou o litoral do interior?

ou

recomendar grandes investimentos em qualidade ... não em afogamentos., minas e roubo de serviços, como transportes, linha do tua, centros de saude, correios, tribunais, juntas de freguesia, concelhos

ou

insinuar que as pessoas do interior devem abandonar e ir viver para o litoral onde encontram com facilidade uma embalagem de papelão de um frigorifico e uma soleira de porta para dormir???!!!

e quando quiserem regressar à terra e casa que foi sua, de seus pais , avós .. encontrem seguranças musculados e avisos tipo

proibida a entrada???!!!!

mario carvalho

mc disse...

in jneg

Autarquias e custo de vida, I de III: Socorro, sou munícipe

04/01/2013

O poder local, vulnerável à demagogia por uma questão de escala e consequente desinteresse mediático no seu escrutínio, pode ser o último ponto de partida possível para um recomeço de uma actividade política realmente preocupada com estratégias de sustentabilidade e qualidade de vida dos cidadãos. O exercício do poder de proximidade deveria ser um valor inteligentemente protegido, e não uma gestão de coutadas. Enquanto o Governo brinca à esperança e aos impostos, estamos esquecidos que a dita crise financeira que hoje branqueia todas as incompetências, começou nos EUA no dia em que os imóveis começaram a valer exponencialmente menos do que o valor pelo qual estavam hipotecados. Havia lixo classificado pelas Agências de Rating como "AAA", é preciso ir lembrando - "subprime", disseram eles. É a minha casa que desvaloriza, digo eu - socorro, sou munícipe.
Depois do seu papel crucial na reconsolidação do território miserável a que o Estado Novo tinha condenado as províncias, muitas autarquias são hoje, infelizmente, o retrato fiel da degradação da nossa vida pública e do equívoco em que se cristalizou o debate político acerca destas unidades centrais ao planeamento territorial e económico. Por maioria de razão e números, o raciocínio ganha especial incidência quando aplicado às grandes cidades. Muitos factores terão contribuído para este estado de coisas. Alguns desses factores são mais especificamente pertinentes do que outros, como é o caso da ausente e desqualificada informação sobre os órgãos constituintes do poder local e o seu funcionamento, isto é, sobre a governação:- Que sabemos sobre as Assembleias Municipais ou sobre os debates lá travados? Quantas vezes valorizamos o papel de proximidade das Juntas (que queremos dizimar antes mesmo de pôr a funcionar)? De quantos deputados à sua Assembleia Municipal sabe o nome? Conhece os presidentes das empresas municipais da sua cidade? E os vereadores? Sabia que qualquer amador de engenharia financeira pode ocultar, com um Excel e um título num jornal, a dívida de uma empresa municipal? Já se perguntou alguma vez por que é que alguns autarcas portugueses são recordistas mundiais de permanência no poder?
Um fácil exercício que lhe proponho é, desde já, na net, comparar os títulos das notícias na imprensa sobre as medidas aprovadas nas autarquias, com os títulos publicados nos "sites" das respectivas Câmaras - as semelhanças são óbvias. Tal exercício é extensível a uma boa parte da informação disponibilizada em cabeçalho na imprensa e/ou aberturas dos telejornais sobre a actividade municipal. Voz de Presidente é lei, gabinete da Presidência "dixit". Ninguém nas redacções certifica coisa nenhuma, o contraditório está aniquilado, a oposição encostada ao esquecimento. Não me lembro de ter lido, nem mesmo aqui, no Jornal de Negócios, um só artigo de vertente técnica sobre os orçamentos aprovados pelas Assembleias Municipais de Lisboa ou Porto, por exemplo, incluindo empresas municipais. Arriscaria dizer que mais de dois terços do que vemos publicado como notícia sobre estas duas cidades são, na verdade, comunicados de imprensa ou, se preferirem, anúncios feitos por quem se encontra no poder. Média da abstenção nacional para eleições autárquicas? Acima dos 40%, o que, olhando para o laxismo e frivolidade generalizadas, se calhar até nem é mau.
Das decisões que tomam as Câmaras depende a sua qualidade de vida, o seu custo de vida, o seu rendimento disponível. É uma questão de política económica pura e dura.

cont

mc disse...

Cada espaço público degradado é menos valor para a habitação pela qual se endividou a 30 ou mais anos; cada erro de planeamento é pior mobilidade e aquele segundo carro que ainda tem de sustentar; cada disparate autárquico é dinheiro perdido três vezes - como contribuinte, como munícipe, como cidadão. E enquanto o crédito à habitação devora perto de 80% das dívidas das famílias (*), é inaceitável que o debate sobre o País não abarque a questão do planeamento territorial e urbano como forma de melhorar a nossa qualidade de vida, de criar valor sobre o nosso património individual e colectivo. Será assim tão complicado percebermos a relação directa entre o nosso problema de produtividade e a desorganização do nosso espaço público?


Nota: Cumpri dois anos de um mandato de quatro à Assembleia Municipal do Porto, na sequência do convite que Elisa Ferreira me endereçou, já com as eleições praticamente perdidas. Vamos aprendendo onde investir o nosso tempo: logo na primeira sessão, na crucial eleição do Presidente da Assembleia (cujo voto tem um relevantíssimo poder de desempate), um deputado do PS boicotou o sentido de voto da sua bancada, entregando a vitória à maioria governante. Uma vingança por causa de uns escândalos com umas verbas numa Junta de Freguesia. Miséria lamentável.

(*) sim, não foi a comprar banhos a crédito nas Caraíbas que aqui chegamos, ao contrário da aldrabice vaga, instituída pelo Governo.

in Jneg