16 fevereiro 2011

Pensar dos leitores: O nosso azeite é melhor

O cultivo das nossas terras nos modos em que vem sendo feito não dá para a sobrevivência de uma familia de 2 pessoas. Muito longe disso, direi até.
MUITO provavelmente a ideia poderia ter algum sentido a partir de um processo de emparcelamento - que levaria anos a fazer - de forma a baixar os custos de produção. A criação de produtos DOP (Denominação de Origem Protegida) poderia dar uma ajuda.
Mas esbarraríamos sempre no problema da colocação e venda no mercado. O preço podia até corresponder à qualidade mas a grande maioria das bolsas não lhe chegaria.
Veja-se o exemplo do azeite. O do agricultor é de extrema qualidade com beneficios e muitos - recolham informação) para a saúde, mas o consumidor "prefere" o do super-mercado, engarrafado, embalagem vistosa, marca conhecida e muito mais barato mas na sua maioria é refinado ou misturado (ler o rótulo) e se repararem de muito dificil cozedura.

NB: REFINADO - não significa melhor qualidade. Antes pelo contrário. Trata-se de azeite que na origem podia ter 2 ou mais graus de acidez (Excessivamente gordo) e que pelo processo de refinação a altas temperaturas pode inverter para 0,7º. Repare-se que o azeite de qualidade como o biológico é extraído a temperaturas muito baixas, +- 27º.
O refinado faz 20 vezes mais mal à saúde do que um azeite original de 2º, mas é o que se vende!

Provavelmente muita boa gente não sabe disto por isso também o conhecimento está na base de qualquer sucesso!

Industrial Agrícola.

7 comentários:

Anónimo disse...

O que inviabiliza o azeite transmontano é o cultivo das oliveiras em lugares quase inacessíveis,em pequenos recantos e com plantio e podas desadequados a uma apanha mais fácil.
Que interessa que seja excelente,se o preço final o torna de nula capacidade concorrencial?

Anónimo disse...

Claro que as pessoas estão completamente enganadas no que respeita ao azeite que consomem, não só o que compram nos supermecados mas também algum de produção.
As pessoas esqueçem-se que mesmo assim o azeite não é todo igual,pois muitos agricultores preferm a quantidade à qualidade,por isso até podem vende-lo mais barato.
Quando se pedem 100 euros por um almude de azeite quem tem que o comprar parece-lhe uma fortuna,mas se compararem o gasto dos mesmos cem euros em carne ou em peixe ou até se calhar em coisas quantas vezes desnecessárias podem constatar a diferença da despesa.
Um almude de azeite dura para muito mais tempo ou não será verdade?.Depois esquecem-se dos gastos que o agricultor tem,principalmente na mão de obra e outros.
Deviam experimentar produzi-lo e então de de certeza que mudavam de ideias.

Anónimo disse...

Obrigado Sr. Professor Mesquita por ter dado luz ao meu comentário.
É um alerta que fica lançado aos leitores sobre o azeite. Busquem informação e vão certamente ficar supreendidos com a verdadeira porcaria que muitos comem.

Anónimo disse...

O mercado não tem culpa que o nosso azeite seja caro por alguns motivos apontados; podas, grandes declives, dificuldade na apanha, etc. etc.
O mercado tem que saber, ou deve saber que muito pouco azeite tem as qualidades do que nós produzimos. E há três factores que são preponderantes; Qualidade da árvore e a idade; Clima e solo;
As qualidades podem ser copiadas. O clima, o solo e as dezenas ou centenas de anos das árvores é que ninguém consegue substituír!
Outro factor importante: As nossas árvores aguentam a produção sem qualquer tipo de tratamento quimico. O que não acontece no olival moderno e ainda menos no intensivo como agora começa a ver-se.
Portanto, a maioria do nosso azeite pode considerar-se - biológico - mesmo não respeitando algumas das exigências comunitárias para a sua produção. É importante que as pessoas saibam que os olivais mais recentes e aqueles que proliferam pelo Alentejo em grandes extensões são sujeitos a tratamentos quimicos desde "fixante" para a azeitona não cair até outro que produz efeito contrário para que a apanha seja mais eficaz, são uma verdadeira panóplia de tratamentos que o organismo tolera, mas que não deseja reflectindo-se em doenças futuras.
Como diz o Sr. Industrial do texto original, a falta de informação do consumidor leva-o ao erro de considerar o azeite (refinado) como sendo um produto de qualidade induzido muitas vezes no signficado que atribui à palavra «refinado», quando na verdade o azeite refinado é péssimo para saúde. Veja-se que um azeite natural é um controlador por excelência dos níveis de colestrol e o refinado tem dois efeitos contrários, aumenta o mau colestrol e baixa o bom com outras complicações ao nível digestivo e outros principalmente quando usado em fritos.
A informação sobre o azeite é vasta e hoje está à mão de um clique. As grandes marcas de azeite não gostarão muito destas e outras verdades mas são incontornáveis.

Concordo também com o comentário de que 100 € por 25 litros de azeite é muito pouco se quem fuma por mês gasta 120 € em cigarros (+- 1 maço/dia);
Em jogos da sorte gastam-se em média 30/40 € mês quando não mais;
Em café 75€/mês se tomar cinco cafés/dia; etc. etc. etc.

Mas se contabilizarmos apenas a diferença do preço do mau azeite para o bom azeite então, só come " porcaria" como diz um dos comentários, quem quer.

Parabéns ao comentador inicial e ao prop. do blog por aflorarem este tema que por um lado se relaciona com um produto da nossa região, por outro, ajuda ao esclarecimento de muitos consumidores.

Olival

Anónimo disse...

Como o azeite de Carrazeda é óptimo e isso já corre por todo o país,aguarda-se para breve uma verdadeira corrida ao azeite de Carrazeda ,qual corrida ao ouro(pedras).
Os azeiteiros preparam-se,em Carrazeda,para o vender pelo menos a cem euros o litro.

Anónimo disse...

o vosso azeite é mesmo bom.

Anónimo disse...

o vosso ou os seus?