Tudo uma questão de tostões

Soubemos pelos jornais que o encerramento nocturno dos oito SAPs no distrito de Bragança representa uma poupança de 160 000 euros mensais para a administração de saúde, isto é, 20 000 euros por cada centro de saúde. Destes 20 000, mais de dois terços seriam para pagar horas extraordinárias aos médicos de serviço, quer dizer, contas por alto, uns míseros 15 000 euros em trabalho extraordinário. Tenham dó! Afinal, haverá uns, mais lesados que outros… Voltemos aos cifrões. Quinhentos euros por dia para atender 0,8 de utente (esta seria a média de atendimento diária), um pouco mais de seiscentos euros por utilizador. Tudo explicado para que os nossos pensionistas aufiram, regra geral, pouco mais de 200 euros por mês, é que o dinheiro não estica. Espera-se que a poupança se reflita no cheque que lhes envia a segurança social.