
Em visita ao concelho de Carrazeda de Ansiães, Francisco Louçã afirmou que é possível um recuo na construção da barragem do Tua, como aconteceu em Foz Côa, se as populações não se acomodarem. A concretizar-se a construção da infra-estrutura, desaparecerá uma paisagem classificada como património mundial da humanidade pela Unesco. "A barragem de Foz Côa era irreversível e não se fez" afirmou Louçã, depois de fazer um passeio de barco pelo rio Tua, numa paisagem que será completamente alterada com a construção da barragem prevista para a foz do rio.
A construção da barragem vai igualmente submergir uma parte significativa da linha ferroviária do Tua, que se encontra encerrada na sequência do último acidente ocorrido há oito meses. "Não há grandes dúvidas, o fecho da linha já é uma estratégia para a promoção da barragem e ela alterará por completo a paisagem porque destruirá uma parte destes terrenos e sobretudo perde-se aquilo que é único", observou Louçã, junto às termas de São Lourenço, Carrazeda de Ansiães, um complexo desactivado que será também afectado pela barragem.
O dirigente do Bloco de Esquerda sublinhou que Portugal precisa que se façam barragens para diminuir a dependência energética, mas considera a do Tua "errada". "Acho que a decisão do poder político é intransigente e teimosa nessa sentido, mas eu já aprendi que quando a opinião pública, quando a maioria das pessoas falam e se exprimem, não ficam caladas, é possível fazer recuar",concluiu.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, já fez saber que o futuro da linha do Tua está dependente da decisão acerca da construção da barragem, sendo que a construção da mesma está dependente da Declaração de Impacte Ambiental, que deverá ser emitida nos próximos dias
3 comentários:
TVI 24
Tua: metro de Mirandela faz ultimato à CP
A empresa não tem mais condições para continuar a suportar os custos na linha do Tua
Por: Redacção /TG | 20-04-2009 17: 13
Vote 12345Resultado 12345 votos0 comentários O Conselho de Administração do Metro de Mirandela deu esta segunda-feira um prazo de 30 dias para a CP decidir se assume os custos do transporte na linha do Tua, caso contrário a empresa transmontana deixa de assegurar o serviço, informou a Lusa.
O presidente do Metropolitano de Superfície de Mirandela, José Silvano, diz que a empresa não tem mais condições para continuar a suportar os custos com nove funcionários e três carruagens.
Responsabilidade da CP
Há oito meses que a linha está encerrada na maior parte da sua extensão, entre o Cachão e o Tua, algo que o Conselho de Administração (CA) do Metro entende ser da «exclusiva responsabilidade» da CP.
A empresa esperava pela reabertura até 31 de Março, de acordo com o que ficou estabelecido pela tutela, depois do acidente de 22 de Agosto, que provocou um morto e dezenas de feridos.
O Metro de Mirandela faz o transporte ao serviço da CP, que comparticipa com 124.550 euros os custos anuais, que, segundo José Silvano rondam os 250 mil euros.
De acordo com o responsável, o município de Mirandela, sócio maioritário do metro, tem que «entrar com seis mil euros mensais», uma despesa que não está mais disposto a suportar.
Pode haver despedimentos
A CP tem 30 dias para responder à proposta do CA do Metro e, caso não assuma os custos totais operacionais, a empresa vai denunciar o contrato e proceder à reestruturação do Metro, de que é também sócia a CP, embora minoritária.
Silvano diz que pode «haver mesmo despedimentos» nessa reestruturação que implicará redução de pessoal e de material, com a venda de algumas das três carruagens.
O Metro continuará a fazer apenas o percurso entre o Cachão e Mirandela, de que é concessionário directo e que será também o único troço não afectado pela barragem de Foz Tua.
Futuro da linha depende da barragem
A construção da hidroeléctrica, que pode submergir a maior parte dos menos de 60 quilómetros da linha, está dependente da Declaração de Impacto Ambiental, prevista para os próximos dias.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, já fez saber que o futuro da linha depende dessa decisão sobre a barragem.
Nos últimos dois anos, a circulação esteve suspensa na ferrovia por largos períodos devido à sucessão de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.
A Agência Lusa tentou obter um comentário junto da CP sobre esta matéria mas não foi possível obter uma resposta em tempo útil.
O sr Loução que tenha juizo pois as termas de S.Lourenço, já estão desactivadas e abandonadas à muito tempo e só por culpa da autarquia a que pertencem.juizinho no que se diz.
CDS
Oh Senhor CDS, invista o Sr. nas termas de S. Lourenço. Fala muito mas nada faz!
PS
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