Carta aberta ao emigrante na 1ª pessoa.
Tu que um dia por necessidades básicas tiveste de abandonar o lar, a família e os amigos.
Tu que na Alemanha, França, Luxemburgo e na vizinha Espanha e outros países desta Europa Unida, vais tentando trabalhar, ganhar honestamente o pão nosso de cada dia, amealhando algum dinheiro para passar uns dias de férias no mês de Agosto de cada ano.
Tu que também alimentas projectos para o teu futuro e gostarias de um dia regressar à terra e aqui trabalhar e dar trabalho.
Tu que não acreditas no desenvolvimento da tua terra e até tens argumentos que justificam a tua desconfiança.
Tu que não desiludes a familia e os amigos e no mês de Agosto estás presente na terra.
Para ti fazem-se festas em tua honra, há musica e foguetes no ar, muita hipocrisia das autoridades que sorriem, pensando no teu esforçado sacrificio de viver longe, longe.
Foi a pensar em ti e nos teus problemas. Na conversa com um jovem que podia ser meu filho e luta pela vida em França, que aqui coloco estas sugestões:-
1º - Gostaria que a Câmara Municipal, através do pelouro da Cultura tivesse a iniciativa de convidar os "Emigrantes do concelho e os que aceitassem vír" para uma exposição de projectos e ideias em que podiam e deviam participar.
2º - No concreto ficavas a saber que "Há condições para regressar à terra" para trabalhar no teu concelho, podiam-se fazer Sociedades cujo objectivo seria o comércio com produtos locais, fornecidos para o efeito pelos Agricultores, por exemplo: - Uma fábrica de sumo de fruta.
3º - Nesses projectos que podem ìr desde a Construção de um Hotel – unidade turística- às Termas de São Lourenço, tu emigrante e amigo, tinhas uma palavra a dizer, com o teu capital próprio, com a experiência profissional, e sempre, mas sempre com a ajuda do PM – Presidente do Municipio – a facilitar aquelas teias burocrocráticas que fazem desanimar o mais audaz dos empreendedores.
4º - Na zona industrial do Municipio e para captar-apanhar- possiveis investidores interessados, os terrenos seriam cedidos a preços simbólicos ou gratuitos.
5º - Criam-se postos de trabalho, participas nos projectos da Autarquia, dás o teu incondicional apoio, sentes que ès ùtil e europeu e ficavas a compreender melhor – porque te explicariam- os problemas das obras em execução que a autarquia traz e que marcam encontro contigo em Agosto de cada ano.
6º - Para terminar a conversa, o PM pedia deesculpa pública pelo incómodo causado pelas obras isto porque – um pouco de humildade não fica mal a ninguém - e convidava os presentes para um "Porto de honra" na sala ao lado – Falo do Centro de apoio rural, terminava assim- parafraseando o Dr. João Soares – uma iniciativa simpática, agradável e cultural.
Amigo emigrante, não consegui deixar de ouvir os ecos da tua conversa.
Satisfeito porque finalmente tiveste o prazer de cumprimentar o PM, falar com ele, ouvir aquelas ideias com que estás de acordo e tu não podes colaborar, mas vais espalhar a ideia ao teu patrão, quem sabe se não está interessado em investir na tua terra?
Finalmente alguém te deu a importância que mereces e nem aqueles problemas de som com a aparelhagem, com a multidão interessada que não arredou pé, que tambem queria falar, e disseram-se coisas e expuseram-se ideias que um dia hão de ser postas em prática, para a felicidade dos nossos netos. Nem reparas-te na indumentária leve, no sorriso matreiro das funcionarias ao servir mais um cálice daquele licor de Ribalonga que tem o generoso nome de "Vinho Generoso" o néctar dos deuses,a que o Porto –roubou - deu o nome.
Para terminar, aos 14 de Agosto 08 penso que –infelizmente este ano- já não vai a tempo ùtil de concretizar a ideia que aqui deixo, satisfeito do dever cumprido.
4 comentários:
Não ponha mais na carta... o emigrante está-se "nas tintas" para o vizinho pobre que cá deixou...! E já agora: porquê sempre a Autarquia...?! Ajude o amigo Manel... dê-lhe sociedade na agricultura.... nos seus negócios.... chame-o a sua casa e dê-lhe a merenda.... pague-lhe um lanche... e já agora: porque não na Feira da Maçã, vinho e Azeite? Você participa com o dinheiro e a Autarquia participa com a Festa: Ao emigrante compete, apenas, comer e dançar !
A reposta é NÃO, porque enquanto houver "tachos" e as pessoas ñ serem tratadas da mesma maneira só porque ha o senhor doutor ou o senhor engenheiro o comum do cidadão fica para segundo plano, quanto aos "tachos" era para acabar e eliminar essa corja que ronda a CM de C. de Ansiães, quanto a projectos ja houve algo por aí mas cairam na desgraça que é o caso do "hotel" ou la o que era, quanto as termas é responsabilidade da autarquia em vez de andarem nas "merendas" se olha sem para um grandioso projecto que é as termas mais a linha do Tua, mas ñ, ñ sei qual é o rumo que querem tomar, mas uma coisa é certa, como é que se deixaram individarem-se, aonde gastaram o dinheiro e muitos perguntas mais teria para fazer, como podem pedir aos emigrantes coisas se uma vez NÓS EMIGRANTES JA PERDEMOS HA MUITO A VOSSA CONFIANçA?????????????
Óh Manuel, vai dar banho à Laica!
Já fizeste bem melhor...
Assim-parafraseando o Dr.João soares - uma iniciativa simpática, agradável e cultural...
É preciso nível, cultura e qualidade, coisa que ainda não passou na CASA BRANCA, amigo Manuel Pinto!!!!
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