19 setembro 2005

Autárquicas em Carrazeda de Ansiães

Muitas bandeiras, muitos discursos, muita gente, ontem na apresentação pública dos candidatos do PSD. Posta à prova a organização concelhia conseguiu atingir o objectivo principal: um arranque em força para reconquistar a Câmara de Carrazeda. A oposição "pouco tuge, pouco muge". Assim será de novo um passeio para os social-democratas.
Quando se concorre a todas as Assembleias de Freguesia do concelho (é a única força partidária do concelho que o faz), quando se convida uma figura nacional, quando se está no poder, quando há "paparoca", é mais fácil mobilizar apoiantes para este tipo de iniciativas.
A juventude deu uma nota entusiástica à festa, a espaços, animando os discursos.



Muitos oradores na tribuna do polivalente da Escola EB 2, 3/S de Carrazeda de Ansiães, os mais esperados eram António Borges e o actual Presidente da Câmara, porém, o melhor discurso da tarde foi o de Adão e Silva, líder distrital dos laranjas, que de forma improvisada, conseguiu fazer um retrato positivo do candidato e deixou uam boa argumentação para a continuação do trabalho do seu partido.



António Borges referiu alguns temas de actualidade nacional. Insistiu na necessidade de credibilizar a política nacional, insistindo em políticos impolutos e competentes para estar à frente dos destinos do país. Referiu-se, no essencial aos temas de economia, onde é especialista, para criticar o governo e na urgência de apostar nas empresas e na competitividade face a um mundo global. No nosso entender tudo demasiado óbvio. Foi um discurso sem paixzão, muito monocórdico e não galvanizou, pelo contrário, aumentou o barulho de fundo nalguns sectores da assistência que mostraram total desinteresse e até falta de respeito.
O cabeça de lista do PSD discursou no final. Fez um balanço do seu mandato, enumerando a sua vasta (na opinião do candidato) obra. Esteve particularmente agradecido para com a sua vereadora, que não integra a equipa executiva. Enalteceu o seu trabalho e amizade construída ao longo dos últimos oito anos. Em oposição a este sentimento apresentou mais uma vez as lamentações dos amigos que o trairam. Bastante crítico e emotivo quis vincar as várias incompreensões na sua maneira de ver de que foi objecto. Mostrou-se ainda muito agradecido aos vereadores da oposição pelo excelente trabalho realizado em parceria. No final referiu algumas novidades, como sejam o da adjudicação da variante e da estrada para o Pinhal do Norte. Apresentou algumas promessas para o próximo mandato, criticando também as "ideias mirabolantes" de alguma oposição. Assim o S. Lourenço é a sua prioridade, retemos também a vontade da instalação da Internet sem fios em todo o concelho, os arranjos urbanísticos da Senhora da Graça, da Senhora da Costa e no fundo da Vila, intervenções várias na rua Marechal Gomes da Costa e Luís de Camões e entradas da vila. Foi prometida também uma nova ligação à Piscina Municipal que comportará uma pista para velocípedes.
No final apelou à unidade de todos os carrazedenses.


Algumas notas à margem:
A sessão iniciar-se uma hora depois da hora marcada é uma "grande seca" que esgota a paciência de um santo.
Muitas bandeiras e autocolantes distribuídos à entrada.
Destaque para um grande número de funcionários camarários presentes.
Houve quem dissesse que havia mais pessoas há quatro anos. As vindimas talvez expliquem o presumível menor número de participantes.
Eram visíveis vários apoiantes de há quatro anos do Partido Socialista que agora se mostravam nas primeiras filas, quiçá para serem "bem vistos".
Uma boa dúzia de pessoas não chegaram a entrar na sala, dando a entender a qualquer simples observador que a única razão da sua presença era o jantar que se oferecia.

2 comentários:

josé alegre mesquita disse...

Senhor(a) independente:
Pelo acima exposto está bem visível a sua independência.
Seguindo o seu “obtuso” raciocínio quem é o senhor(a) para fazer considerações sobre mim?
Quanto aos meus comentários ao professor António Borges quero reafirmar-lhe que conhecido o seu currículo esperava mais. Que quer? Nem que se tratasse do D. Sebastião não me coibiria de emitir a minha opinião. Recordo-lhe que há muitos anos é possível discordar e haver mais que um juízo e na Constituição está consignado esse direito.
No que respeita a auto-estima tenho alguma que assumo sempre com toda a frontalidade e nunca recorri ao anonimato para emitir opiniões. Não lhe vou dar o meu currículo para V.ª Ex.ª aquilatar se chega ou não para emitir opinião porque NÃO LHE DOU ESSE DIREITO. Dir-lhe-ei ainda que ninguém é tão “estúpido” que não possa ensinar algo.
Está ainda enganado que o Professor poderá receber lições minhas, pois dificilmente terá contacto com as minhas opiniões e afirmou que poderia voltar a esta terra só quando houvesse boas estradas, o que é tudo pouco improvável
Quanto aos meus estados de alma que tão facilmente parece adivinhar eles não são para aqui chamados, pois também não são da sua conta.
As minhas antipatias vão direitinhas para quem opina sem se identificar e quer cercear o livre pensamento dos outros. Quanto ao senhor Eugénio de Castro, pelo contrário, sempre mereceu a minha admiração crítica como ele bem sabe e não irei prescindir dela. Portanto, não emita apreciações precipitadas e mentirosas.
No que respeita a educação, a sua está bem patente no atrevimento? do anonimato, vir a casa alheia insultar os residentes sem uma argumentação séria.

josé alegre mesquita disse...

Identifique-se e continuaremos este interessante "ping pong", se não, por mim ponto final.