11 maio 2008

A mudança na continuidade

A forma de fazer política em Carrazeda não tem qualquer importância, como contributo teórico global, face a nossa insignificância. Se tivesse, faria com certeza parte de um “caso de estudo”. As deficiências encontradas na “nobre arte”, aparecem por cá exponenciadas ao limite do decoro. As conquistas de poder não se conseguem pelo trabalho realizado, mas pela fragilidade alheia; o combate político não se realiza pela firmeza e convencimento ideológico, mas pela oportunidade demagógica; a praxis não se pauta pela coerência, mas segue em ziguezague oportunista; o exercício não se faz fruto de uma planificação ou assente num projecto, mas ao sabor do acaso e humores ocasionais; os cargos não se obtêm pelo currículo e valor, mas pela subserviência e beija-mão.

Terminado o ciclo político, posicionam-se na grelha de partida os putativos candidatos, alguns visíveis e outros ainda invisíveis, que ensaiam arremedos de vontade ainda envergonhados, movem influências, tacteiam suportes e um ou outro não os encontrando, nunca sairão do limbo do anonimato, ou montarão o melhor cavalo para cavalgar o poder. Começou também o tiro ao alvo, com o tempo se agravará, recorrendo ao ataque anónimo, quantas vezes mesquinho, covarde e injusto, inventando fantasmas para denegrir adversários.

Finalizada uma fase em que pouco se decidiu e executou para um futuro melhor como comunidade; se agravaram as condições de interioridade por culpas próprias e também alheias (da administração central); não se perspectivaram linhas de rumo para desenvolvimento, se semearam divisões e se alimentaram ódios, nada será como dantes ou será?

Isto também a propósito ou não das declarações do líder da oposição (podem ser lidas no site da Rádio Ansiães). Os carrazedenses ficaram a saber que “o PS, pela primeira vez, tem grandes hipóteses de ganhar a Câmara". Será porque tem uma equipa capaz e um projecto mobilizador? Não. Apenas porque o adversário não se recandidata, porque senão ele “sairia sempre vencedor enquanto quisesse concorrer”(pasme-se). Se não é o valor próprio que conta para a avaliação do sufrágio, também não há necessidade de mudar muita coisa, tudo decorreu num sossegado "mar de rosas”, já que, e citamos, o “ relacionamento entre sociais-democratas e socialistas não foi tão mau como à partida se adivinhava, o que o leva a deixar "um sinal de apreço" ao presidente da Câmara”, fim de citação.

Pois, se tudo está bem (a prática oposicionista já disso tinha dado conta), tudo deve continuar igual. A actual liderança, em caso de indefinição inultrapassável, já tem alguém para apoiar. O pedido está feito. Ficámos avisados, até porque "houve muita honestidade de parte a parte".

5 comentários:

Anónimo disse...

kerem todos é tacho!

Anónimo disse...

Um Concelho de BOA GENTE e HONESTA como o nosso, merece a melhor atenção.
Só nos inferiorizam e prejudicam!!!
É uma autêntica vergonha, será que não merecemos mais??

Anónimo disse...

Em minha modesta opinião, parece-me que a conclusão final do texto do amigo J. Mesquita é um pouco precipitada porque nestas coisas NEM TUDO É O QUE PARECE. Não seria melhor deixar passar algum (pouco) tempo mais para, com mais propriedade, se poderem tirar conclusões mais realistas? Já agora, in limine, a primeira frase do mesmo texto de J. Mesquita, se bem que compreenda o que ele pretende dizer, e, sendo inócuo (o sentido do texto), parece-me, no entanto, algo iníquo no que concerne ao palco político de Carrazeda, onde os actores se hão-de dirimir as suas "armas de combate" com os melhores argumentos que puderem e souberem (espero que no mais puro civismno e tolerância democrática). Mas no essencial, nomeadamente no "tiro ao alvo", esta visão do amigo Mesquita reproduz fielmente a triste realidade de alguns que, sob anonimato, já têm os "projécteis" prontos a serem direccionados, irresponsavelmente, àqueles que, com a melhor das vontades, estarão prontos a dar um rumo mais certo e coerente que conduza, sem equívocos, a mui nobre terra de Carrazeda de Ansiães, ao desenvolvimento e ao progresso que ainda não tem mas que já há muito tempo merecia ter.

h. r.

Anónimo disse...

a mim o k me parece é que tb o sr.h.r. anda , como sempre andou à procura de tacho. Tem memória curta eé muita hipocrisia de quem sempre que precisou bajulou o actual poder, dele tirou proveito e vem agora com esta conversa balofa.Mais um reformado para descansar na cadeira do poder?Engraçado, estão cansados para trabalhar na sua profissão e cheios de força para conquistar a cadeira do poder!Já lá esteve um reformado e vimos qual foi o resultado.deixem trabalhar os novos e gozem a reforma choruda que conseguiram, senão façam voluntariado, deiam algo pelos outros ou ainda não vos chega o que teem?

Anónimo disse...

És sempre o mesmo. O que é que o homem te fez? Aonde é que le viste tirar probeito da camara, que estás tu a enventar? Ele tem uma profissão e agora é reformado e atão isso é crime? Quando tu fores belho não queres gozar a reforma? Porqé que tu és assim tao envejoso? Pois eu acho que ele era bo pra camara pois é o que munta gente diz.

Amg.