30 abril 2008

Prudência e Ousadia

Possivelmente irei já tarde com a sugestão que aqui quero deixar. Efectivamente por esta altura já terá sido criada a” Estrutura de Missão” encarregue de estudar e criar, conjuntamente com as autarquias respectivas e com a “Estrutura de Missão do Douro” cenários de investimento no Vale do Tua.
Provavelmente, e atendendo à urgência que se requer, já terão sido definidos os princípios gerais e específicos que presidirão ao projecto bem como as melhores estratégias para os implementar.
Por tal facto será talvez inútil transcrever o poema de Alberto Pimenta onde este sugere princípios que no meu entender deverão ir ao encontro da linha de pensamento concebida na célebre reunião de autarcas em que se dirimiram opiniões sobre o Tua e a conjecturada barragem.
Apreciemos então apenas a semântica do poema.

Jogada nº 16
Simetria

Os nossos princípios são: prudência e ousadia. Uma prudência ousada, uma ousadia prudente. Uma prudência que ousa sê-lo, a par de uma ousadia que tem a prudência de não sê-lo. Uma prudência a que não falta a força da ousadia, uma ousadia que ousa não esquecer a lição da prudência. Ousadia quando a prudência o recomenda, prudência quando a ousadia se manifesta. Não ousar sem ouvir a prudência, não se entregar à prudência sem o conselho da ousadia. Usar de uma ousada prudência, manifestar uma prudente ousadia. Ousar. Ser prudente. Ousar ser prudente. Não ousar a imprudência. Não cair na imprudência da prudência ousada. Usar daquela sadia ousadia que é prudência. Fincar-se naquela prudência que já é ousadia. Ousar enfim ousar o que se usa ousar. Não ousar enfim ousar o que não se usa ousar.

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