Pobres e mal agradecidos

Sou dos que gosta de manifestar gratidão e estima por quem oferece o seu valor e trabalho desinteressado, à comunidade a que pertenço.
Recentemente tive conhecimento de homenagens prestadas a duas individualidades da nossa terra que se terão notabilizado em actos de cidadania, oferecidos aos seus conterrâneos. Julgo que a iniciativa de os homenagear terá partido da Junta de Freguesia de Linhares. Infelizmente para alem da elevação de dois bustos dos homenageados, não houve a preocupação de tornar público o currículo e actividades em que estes se distinguiram o que, para alem do mais, serviria para que se entendesse o seu exemplo e este fosse divulgado como lição. Não julgo que fosse difícil investigar com pormenor os dois personagens da Família Castro, para que se tivesse tornado mais adequada ainda esta homenagem, isto se o que se pretendia verdadeiramente, fosse recordar a história e o valor dos seus protagonistas.
Regista-se contudo o gesto pouco comum entre nós, depois do outro exemplo recente de Vilarinho que também quis perpetuar em estátua um fragmento da sua história, da qual também se não tornaram públicos os factos que o determinaram.
E no entanto bastaria estarmos atentos para ver-mos como são tratados outros acontecimentos similares, como por exemplo a inauguração das obras de escultura moderna que vêm sendo feitas, para percebermos que há quem saiba dar a dignidade devida a certos eventos que acontecem.
A propósito de dignidade e reconhecimento, aproveitava para perguntar às entidades responsáveis, para quando um gesto de reconhecimento e de amizade da comunidade para a pessoa do Sr. Professor Armando Moreira, cidadão impoluto, que junto de nós se notabilizou na sua profissão e como cidadão porfiou pela participação cívica, política e ética! Lá estarei a participar se a sociedade civil, aceitar ser ela, a cumprir esta obrigação.