19 fevereiro 2008

Ainda a tempo?


Mais uma vez se reafirma o erro do fecho da Maternidade de Mirandela. Fazia mais partos, era mais central e tinha melhor condições que a de Bragança.
Balizar os encerramentos de uma forma universal pelo número de partos é um erro para regiões que enfermam dos condicionalismos da interioridade. Como refere Adriano Monteiro, racionalizar não pode significar desistência.
Privatizar, fechar e concentrar será o começo do fim do Serviço Nacional de Saúde. O SNS é uma construção da democracia portuguesa e sem ele ficará mais pobre. A ausência de serviços básicos de saúde será aos poucos preenchido pela iniciativa privada, que em todos os países onde isso acontece se transforma num negócio altamente lucrativo: «Mais lucrativo que o negócio da saúde, só o negócio das armas». Lei a este propósito o texto de Boaventura Sousa Santos na Visão, aqui.

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