11 agosto 2007

O calor do Verão

costuma estimular algumas mentes mais belicosas e sensíveis às apreciações críticas que aqui se fazem. Admito que a ausência de respostas deixe alguns melancólicos e tristes. Independentemente da futilidade de algumas intervenções, não quero que fique a ideia de que estas são ignoradas, pois admito que esperem de mim uma humilde resposta. Por preguiça e por prazer proponho que desta vez a resposta venha nas palavra sábias de António Sérgio que no seu livro “Ensaios III”, na página 14, nos fala assim:

Nada no mundo nos exalça tanto como o ódio e a calúnia dos que não entendem, os quais sempre na história da espécie humana (com a mesma cegueira e com o mesmo afinco) perseguiram a verdade, abocanharam o bem. Digo por isso que são um perigo moral: mas espero que Némesis me subtraia ao ridículo de me julgar com méritos para ter calvário, e que me queira conservar a lucidez de espírito que nos leva à ironia para connosco próprios, à perfeita consciência das proporções reais. Vejo-me pequenino, assim como sou; mas (quem o diria?) ainda os há menores: os que não tendo confiança no seu próprio cérebro, só buscam remédio em amordaçar o próximo…

Com este pedaço de prosa, espero ainda ter conseguido estimular os meus mais devotos leitores a lerem a obra no seu todo para que se enriqueçam como eu me enriqueci.

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