Vinha adiando a decisão de escrever este texto mas conclui que dele não virá mal ao mundo. Talvez os actos inúteis tenham algum dia utilidade.
Tudo a propósito da decisão tornada pública pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal de promover umas “jornadas sobre desenvolvimento local”, para “espicaçar” os autóctones.
Reconheço à partida que esta iniciativa me tomou de surpresa tanto mais quanto antecede uma outra em que o Sr. Presidente criticava a apatia da Assembleia e o marasmo reinante na discussão dos assuntos do concelho. Pensei então que, se os nossos representantes eleitos não correspondiam, como pretenderia então que, com outro tipo de jornadas obtenha resultados passíveis de posterior aprovação e consequente concretização?
Se este meu exercício dialéctico foi entendido facilmente se compreenderá também a conclusão a que chego. É que realmente no concelho parece estar tudo bem. Não é necessário fazer melhor. Irei mais longe para dizer que, tanto o Sr. Presidente da Assembleia como o Sr. Presidente da Câmara têm assumido responsabilidades políticas e estado em sintonia, desde há uns largos anos para cá e, conhecem bem a realidade do concelho para a qual têm contribuído decididamente.
Assim só me resta fazer suposições para entender a razão de ser da iniciativa proposta. Será que o Sr. Presidente da Assembleia admite que afinal as coisas não estão tão bem assim? Nesse caso o Sr., Presidente da Câmara concordará com ele? É que este factor é decisivo para que depois se chegue a algum lado.
Não estando a Sr. Presidente da Câmara de acordo, será que o Sr. Presidente da Assembleia aceitará o desafio de demonstrar que tem vontade e espírito de sacrifício para afrontar e liderar a implementação das propostas que encontrar melhores!?
Com estas questões resolvidas, direi apenas que ideias e “massa crítica”não faltam para, no meu ponto de vista, se poder fazer melhor. Se ideias não houvesse no seio das gentes da nossa terra, que não necessariamente junto dos eleitos, bastaria adquiri-las a quem as tivesse. Contudo o mais difícil não é encontrar ideias. É conseguir discernir quais as melhores e encontrar quem as consiga implementar isto quando, no que nos concerne, parece que só seria possível contra a vontade das maiorias.
Haverá pois um longo caminho a percorrer pelos que ainda acreditam em mudanças para melhor e no direito à democracia participada. Por isso considero que a melhor prova da bondade das ideias do nosso Presidente de Assembleia era mesmo promover palestras sobre cidadania, sobre participação cívica, sobre o direito e obrigações cívicas, individuais e colectivas.
Falta é saber se aceitará ou, o deixarão abrir esta “Caixa de Pandora”.
Hélder Carvalho
Tudo a propósito da decisão tornada pública pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal de promover umas “jornadas sobre desenvolvimento local”, para “espicaçar” os autóctones.
Reconheço à partida que esta iniciativa me tomou de surpresa tanto mais quanto antecede uma outra em que o Sr. Presidente criticava a apatia da Assembleia e o marasmo reinante na discussão dos assuntos do concelho. Pensei então que, se os nossos representantes eleitos não correspondiam, como pretenderia então que, com outro tipo de jornadas obtenha resultados passíveis de posterior aprovação e consequente concretização?
Se este meu exercício dialéctico foi entendido facilmente se compreenderá também a conclusão a que chego. É que realmente no concelho parece estar tudo bem. Não é necessário fazer melhor. Irei mais longe para dizer que, tanto o Sr. Presidente da Assembleia como o Sr. Presidente da Câmara têm assumido responsabilidades políticas e estado em sintonia, desde há uns largos anos para cá e, conhecem bem a realidade do concelho para a qual têm contribuído decididamente.
Assim só me resta fazer suposições para entender a razão de ser da iniciativa proposta. Será que o Sr. Presidente da Assembleia admite que afinal as coisas não estão tão bem assim? Nesse caso o Sr., Presidente da Câmara concordará com ele? É que este factor é decisivo para que depois se chegue a algum lado.
Não estando a Sr. Presidente da Câmara de acordo, será que o Sr. Presidente da Assembleia aceitará o desafio de demonstrar que tem vontade e espírito de sacrifício para afrontar e liderar a implementação das propostas que encontrar melhores!?
Com estas questões resolvidas, direi apenas que ideias e “massa crítica”não faltam para, no meu ponto de vista, se poder fazer melhor. Se ideias não houvesse no seio das gentes da nossa terra, que não necessariamente junto dos eleitos, bastaria adquiri-las a quem as tivesse. Contudo o mais difícil não é encontrar ideias. É conseguir discernir quais as melhores e encontrar quem as consiga implementar isto quando, no que nos concerne, parece que só seria possível contra a vontade das maiorias.
Haverá pois um longo caminho a percorrer pelos que ainda acreditam em mudanças para melhor e no direito à democracia participada. Por isso considero que a melhor prova da bondade das ideias do nosso Presidente de Assembleia era mesmo promover palestras sobre cidadania, sobre participação cívica, sobre o direito e obrigações cívicas, individuais e colectivas.
Falta é saber se aceitará ou, o deixarão abrir esta “Caixa de Pandora”.
Hélder Carvalho
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