Dez anos depois, o Parque Arqueológico do Vale do Côa, criado em 1996, não atrai visitantes. Chegou a ter 20 mil visitantes/ano, mas em 2005 foram apenas 12.362
Há dez anos previam-se cerca de 200 mil visitantes por ano.
"Nunca teve o efeito de disseminação de desenvolvimento que foi prometido e seria de esperar, não serviu para fixar pessoas na região, não criou rendimento, nem investimento" (P.C. de Figueira de Castelo Rodrigo)
"O Côa contribuiu decisivamente para afirmar a arte paleolítica de ar livre como um novo paradigma na arqueologia europeia." (arqueólogo António Martinho)
O presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo espera que o Museu do Côa (inauguração prevista para 2008), mude as coisas e desenvolva a região. Mas receia que a obra se transforme num "elefante branco", se não for acompanhada da construção de melhores acessos rodoviários, ferroviários e fluviais.
(da imprensa)
O governo de António Guterres, ao privilegiar a manutenção das gravuras, prometeu o eldorado. Após a descoberta da propalada "mina de ouro", como foi denominado o conjunto das gravuras, a região nunca mais seria a mesma. Este descobrimento único em termos mundiais atrairia centenas de milhares de visitantes e a administração central disporia de avultadas verbas para despoletar o desenvolvimento local.
Quase dez anos após a problemática da opção pela manutenção das gravuras e em hora de balanço, apresentam-se alguns dos vocábulos que se ouvem nos naturais e referidos na imprensa que espelham bem a realidade presente: desilusão, descrença, arrependimento, morosidade, expectativas goradas, sonhos desfeitos, tristeza... Das centenas de milhares de visitantes quedámo-nos pelos poucos milhares, dos investimentos prometidos entre as quais a jóia da coroa seria o museu de arte paleolítica, passando pelas acessibilidades, pouco ou nada se vê, da previsão de construção de vários edifícios de apoio, entre os quais variadas unidades turísticas, sobrou o polémico edifício do Parque Arqueológico do Côa. Um bom exemplo das promessas feitas ao interior que são rapidamente esquecidas.
As prioridades do investimento da administração central são invariavelmente as mesmas: futebol, litoral e futebol. A revolta não eclode e a coesão nacional só se mantém graças às verbas da CE, em que algumas migalhas nos cabem e nos entretém em cursos e cursinhos agrícolas e de jardinagem e suportam os subsídios para a agricultura, para além dos empregos camarários e a continuidade das reformas aos idosos lhes permitir sobreviver tanto a si como a alguns familiares. (em 19/11/2006)
Há dez anos previam-se cerca de 200 mil visitantes por ano.
"Nunca teve o efeito de disseminação de desenvolvimento que foi prometido e seria de esperar, não serviu para fixar pessoas na região, não criou rendimento, nem investimento" (P.C. de Figueira de Castelo Rodrigo)
"O Côa contribuiu decisivamente para afirmar a arte paleolítica de ar livre como um novo paradigma na arqueologia europeia." (arqueólogo António Martinho)
O presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo espera que o Museu do Côa (inauguração prevista para 2008), mude as coisas e desenvolva a região. Mas receia que a obra se transforme num "elefante branco", se não for acompanhada da construção de melhores acessos rodoviários, ferroviários e fluviais.
(da imprensa)
O governo de António Guterres, ao privilegiar a manutenção das gravuras, prometeu o eldorado. Após a descoberta da propalada "mina de ouro", como foi denominado o conjunto das gravuras, a região nunca mais seria a mesma. Este descobrimento único em termos mundiais atrairia centenas de milhares de visitantes e a administração central disporia de avultadas verbas para despoletar o desenvolvimento local.
Quase dez anos após a problemática da opção pela manutenção das gravuras e em hora de balanço, apresentam-se alguns dos vocábulos que se ouvem nos naturais e referidos na imprensa que espelham bem a realidade presente: desilusão, descrença, arrependimento, morosidade, expectativas goradas, sonhos desfeitos, tristeza... Das centenas de milhares de visitantes quedámo-nos pelos poucos milhares, dos investimentos prometidos entre as quais a jóia da coroa seria o museu de arte paleolítica, passando pelas acessibilidades, pouco ou nada se vê, da previsão de construção de vários edifícios de apoio, entre os quais variadas unidades turísticas, sobrou o polémico edifício do Parque Arqueológico do Côa. Um bom exemplo das promessas feitas ao interior que são rapidamente esquecidas.
As prioridades do investimento da administração central são invariavelmente as mesmas: futebol, litoral e futebol. A revolta não eclode e a coesão nacional só se mantém graças às verbas da CE, em que algumas migalhas nos cabem e nos entretém em cursos e cursinhos agrícolas e de jardinagem e suportam os subsídios para a agricultura, para além dos empregos camarários e a continuidade das reformas aos idosos lhes permitir sobreviver tanto a si como a alguns familiares. (em 19/11/2006)
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