A cidade de Mirandela acordou, ontem, de negro, simbolizando o luto pelo encerramento da maternidade local. É a primeira reacção às declarações do ministro da Saúde, Correia de Campos, feitas no passado domingo, em entrevista ao JN, revelando que "no distrito de Bragança será a sala de partos de Mirandela a fechar." A Câmara resolveu colocar duas centenas de bandeiras negras em vários pontos, nomeadamente em edifícios públicos, pontes e rotundas.
"Não entendo como se pode fechar a maternidade que tem o maior número de partos, a melhor localização geográfica e melhores acessos rodoviários", afirma José Silvano, presidente da autarquia de Mirandela.
A contestação aconteceu no dia em que a Liga dos Bombeiros Portugueses considerou que o ministro da Saúde ignorou os bombeiros no processo de fecho de maternidades.
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Para Adão e Silva, do PSD, trata-se de "uma decisão lamentável porque ninguém conhece nem discutiu o relatório." O deputado, eleito pelo círculo de Bragança, diz não ter dúvidas que "a maternidade de Bragança será a próxima a encerrar". "A maioria das parturientes do sul do distrito passará a ter os seus filhos em Vila Real e a unidade de Bragança não cumprirá os requisitos mínimos exigidos", afirma.
Já Mota Andrade, presidente da Federação Distrital do PS, e deputado no Parlamento, diz nada ter a opor à decisão "por ser baseada em informação técnica e científica para que os partos sejam realizados com todas as condições de segurança".
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Jornal de Notícias
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