14 dezembro 2004

O controlo do deficit público…

…tem sido a principal arma de arremesso no xadrez político nacional. Seria a inevitabilidade do seu descontrolo, a principal causa da saída do nosso primeiro-ministro em princípios de 2002. De então para cá, o seu domínio tem sido apresentado aos portugueses como a principal vitória dos actuais governantes, reclamando-se como cumpridores da exigência de Bruxelas ao manter a despesa orçamental pública abaixo dos três pontos percentuais negativos. O governador do Banco de Portugal vem agora uma vez mais e muito claramente dizer que o deficit orçamental português, excluindo as receitas extraordinárias, chegará aos cinco por cento em 2004 e 2005 e para desmistificar os conhecidos discursos demagógicos afirma preto no branco que sem as medidas extraordinárias (entre elas a venda de património público), “temos tido défices superiores a quatro por cento e, nos últimos três anos, na ordem dos cinco por cento.” Que sirva o conselho em época de promessas eleitorais.


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