O processo de candidatura do “Alto Douro Vinhateiro” foi liderado pela associação luso-espanhola Rei Afonso Henriques que, como refere Braga da Cruz, quis “afirmar, que o Vale do Douro tem futuro e que o exigente processo em que envolveu tantas vontades, tem um propósito claro: ser um facto de homenagem, mas sobretudo de justiça. De homenagem a todos aqueles que, durante anos e anos, contribuíram com o seu esforço para o domínio de factores naturais adversos, talhando a majestosa escultura da paisagem duriense. Mas, também um facto de justiça, por poder vir a ser um forte impulso para aumentar a expectativa e a esperança daqueles que aí persistem viver e fazer projecto de futuro” (1)O “timing” era excelente pois estávamos no início de um novo ciclo de desenvolvimento, Portugal acabava de contratualizar com a União Europeia um Quadro Comunitário de Apoio para o período de 2000-2006. Importava, desta maneira “pelo lado das autoridades locais e dos agentes regionais, estabelecer um compromisso para futuro, quase um pacto de desenvolvimento a favor do Douro” (2).
Mais uma vez e passados três anos, pouco sobra das expectativas criadas.
[1] Cruz, Luís Braga da, presidente da Associação Rei Afonso Henriques”, in http://www.espigueiro.pt/douro-vinhateiro/pt/nota_previa/np_index.html.
[2] Ibidem.
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