A condessa da Pesqueira tinha dois irmãos. Um deles, o mais novo, residia em Inglaterra. O outro vivia em Ribalonga a cuidar dos bens da família De férias em Portugal, o delfim, tomou conhecimento do pressuposto crime de incesto de sua irmã e seu irmão. A partir daqui, as desavenças começaram. Dois indivíduos, supostamente pagos pela condessa mataram o irmão que era obstáculo à consumação do amor pecaminoso. O crime ocorreu, na época das vindimas, no solar de Ribalonga, propriedade dos condes da Pesqueira. As manchas de sangue do vil acto conservaram-se sempre no local, pois nenhuma lixívia conseguiu apagá-las. O cadáver foi depositado na Quinta da Capela, perto de Fiolhal, que está em ruínas nos dias de hoje. Um caçador, de nome Figueiredo, com a ajuda dos cães, descobriu o cadáver já em putrefacção. De nada serviu, os autores do crime nunca pagaram na justiça por falta de provas. Anos mais tarde, a condessa, já a residir no Porto, viria a ser encontrada morta nas águas do Douro. Pensa-se que se teria atirado às águas consumida pelos remorsos.
[1] Recolha oral junto da senhora Cândida Magalhães.
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