14 outubro 2004

E esta hem?

Com o título “Favaios vence Ministério”, o JN (14/10/04) apresenta o epílogo de uma história rocambolesca que ajudou a divertir o país. O uso de atestados médicos (muitos deles creio sinceramente abusivos) permitiu que vários docentes com menos graduação profissional ultrapassem os seus pares na colocação. Em Favaios docentes com mais de uma dezena de anos de serviço na vila foram ultrapassados por outros menos graduados. Os protestos dos pais obstaram à abertura normal do ano lectivo e impediram os seus educandos de frequentarem o estabelecimento de ensino. Passada uma quinzena de episódios novelescos, chegou a decisão salomónica – reconduziram-se duas das três professoras “injustiçadas” e assim acabaram os protestos, os alunos voltam à escola, os pais ficam satisfeitos e emenda-se a mão. Incrível! Antes do resultado da prometida fiscalização dos destacamentos por condições específicas, a má consciência da administração escolar, resolve o imbróglio e sossega os ânimos de encarregados de educação e professores. Abre-se também um novo precedente: se a comunidade escolar não está contente com o seu corpo docente impede os seus educandos de frequentar as aulas e espera que se troquem os professores a seu gosto! Simples, no sistema público de ensino vamos ter o direito de escolher professor para os nossos filhos.

É de gritos este circo!

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