14 fevereiro 2010

Divulgação

Estreia na RTP 2, dia 27 de Fevereiro, pelas 21 horas, o documentário "Sabor da Despedida". Um documentário sobre a construção da Barragem do Baixo Sabor e consequente fim do último rio selvagem do país.

3 comentários:

mc disse...

Imprimido em 13-02-2010 16:59:24
Jornal Nordeste
Edição de 11-11-2008
Versão original em: http://www.jornalnordeste.com/index.asp?idEdicao=242&id=10556&idSeccao=2240&Action=noticia
SECÇÃO: Informação Regional
Terrenos agrícolas na zona de Moncorvo estão a ser pagos acima da média



Agricultores expropriados pela barragem do Baixo Sabor

19 proprietários de terrenos agrícolas do concelho de Torre de Moncorvo estão a vender as parcelas a preços acima do valor comercial, no âmbito da primeira fase de expropriações para a construção da barragem do Baixo Sabor.

Ao que o Jornal NORDESTE conseguiu apurar, há parcelas que vão render 10 vezes mais aos proprietários em comparação com o seu valor real. Os preços praticados pela EDP rondam os 0,70 euros por metro quadrado para as terras com monte e 1,30 euros para as parcelas cultivadas e com árvores de fruto.
“Na minha opinião pagaram bem os terrenos. Eu fui expropriado de uma parcela com 1600 metros quadrados, que tinha oliveiras, amendoeiras e uma parte de monte, no Alto do Couto, na freguesia do Larinho”, afirma Ercílio Fernandes.
Na óptica deste proprietário, as terras estão a ser pagas a valores acima da média, tendo em conta a sua fraca localização e o facto da agricultura estar decadente. No entanto, Ercílio Fernandes realça que, quando há sentimentos associados ao património, o dinheiro acaba por não compensar a perda.
A barragem do Baixo Sabor é aplaudida pela maioria dos agricultores, que justificam o bom negócio com os fracos rendimentos retirados da produção agrícola. “Eu não estava a ter lucro nenhum com aquela parcela. Ainda tinha era despesas com jeiras. Por isso, considero que a vinda da barragem foi uma sorte para a população”, acrescenta Ercílio Fernandes.
O Larinho é uma das freguesias mais beneficiadas com a barragem, visto que há uma vasta área que vai ficar inundada. Por isso, até há quem graceje, dizendo que “o euromilhões saiu para as pessoas daquela localidade”.
“Os terrenos foram bem pagos de acordo com a forma como eram tratados. Por isso, a maioria das pessoas está contente”, garante Ercílio Fernandes.

Segunda fase das expropriações para a construção da barragem arranca no início do próximo ano

Nesta primeira etapa, a EDP vai adquirir cerca de 100 hectares (ha), o que corresponde a 143 campos de futebol. Esta é a área necessária para dar início à empreitada, incluindo os terrenos para a construção das duas barragens e os acessos à instalação dos empreiteiros.
O processo está a decorrer com normalidade e os proprietários já receberam 80 por cento do valor das parcelas, aguardando a realização da escritura para arrecadarem a totalidade.
Para a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor, a EDP necessita de 2700 ha, pelo que vai arrancar com uma segunda fase de expropriações já no início de 2009.
“Tenho dois terrenos que poderão ficar inundados, um na totalidade e o outro parcialmente. Estou à espera da segunda fase para ser expropriado. Se pagarem na média dos preços praticados na primeira fase, é um bom negócio”, salienta Eugénio Gouveia, habitante do Larinho.
Recorde-se que a empreitada teve início no passado mês de Julho, com a execução de um conjunto de obras preliminares, e irá prolongar-se até 2013, a data prevista para a conclusão da Barragem do Baixo Sabor.

Por: Teresa Batista


Todo contente ... e depois vai comprar à feira uma oliveira de estufa com 2 anos por 80 € mais um vaso por 5 € mais terra (que se calhar tem que ir pedir ao vizinho e esperar a ou 5 anos para dar azeitona .. entretanto a oliveira morreu... azar ... se o pai fosse vivo dáva-lhe era dus chapadas..

mc disse...

O Bloco de Esquerda considera que o regime de excepção criado ao Código de Expropriações para a construção de novas barragens é completamente injustificado. Tanto porque o regime geral já estabelece condições para uma maior eficácia dos processos expropriativos em caso de urgência, como as regras de excepção criadas não garantem nem a defesa do interesse público na intervenção em áreas protegidas por razões ambientais ou patrimoniais nem assegura a defesa dos direitos dos potenciais expropriados. Com este regime é dada total carta-branca às concessionárias das novas barragens para expropriarem e executarem obras nos terrenos que entenderem, independentemente da sua importância ambiental, patrimonial, social ou económica. Ver aqui a apreciação parlamentar.
Outro dos motivos pelos quais consideramos injustificado este diploma deve-se ao argumento, patente na exposição de motivos, de que o país precisa de novas grandes barragens para reduzir a dependência aos combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito de estufa, de modo a baixar a factura energética e cumprir o protocolo de Quioto. Para o Bloco de Esquerda são precisas políticas responsáveis para responder a estes objectivos essenciais, olhando para aquilo que são as verdadeiras razões do problema e não respondendo ao lado pela construção de grandes empreendimentos hidroeléctricos, alguns dos quais com graves impactes nos territórios onde se localizam

mc disse...

http://www.publico.pt/Local/edp-toma-posse-administrativa-dos-terrenos-para-avancar-com-a-barragem-do-sabor_1368418




Grandes proprietários acusam empresa de pagar pouco
EDP toma posse administrativa dos terrenos para avançar com a barragem do Sabor
09.03.2009 - 19:05 Por Pedro Garcias

O Ministério do Ambiente declarou a utilidade pública da expropriação de 516 parcelas de terreno no concelho de Moncorvo que estavam a impedir o início das obras do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor. Com esta decisão, publicada em Diário da República na passada sexta-feira, a EDP tomou posse administrativa sobre aquelas parcelas, numa altura em que ainda mantinha negociações com alguns dos proprietários. Os terrenos agora expropriados situam-se nas freguesias de Torre de Moncorvo, Adeganha, Cardanha e Larinho.
A barragem, pronta em 2013, vai inundar cerca de 3 mil hectares (Luís Efigénio (arquivo))


O aproveitamento, que terá duas barragens e que se prevê fique concluído em 2013, vai inundar cerca de 3 mil hectares de terreno, uma parte de grande valor agrícola. Algumas quintas vão ser submersas e os proprietários de duas delas, por sinal as maiores, a Quinta da Portela e a Quinta das Laranjeiras, não concordavam com os preços propostos pela EDP. Com a expropriação dos terrenos, a EDP fica com outro poder negocial, pois caberá aos proprietários fazer prova em tribunal que os terrenos valem mais do que está a ser oferecido.

A empresa já tinha conseguido negociar a aquisição da maioria dos terrenos, para os quais destinou 7, 6 milhões de euros. Mas, sem a declaração de utilidade pública, não poderia avançar, até porque as quintas que mais se opõem são as que influenciam mais directamente a obra. Na Quinta da Portela, além da submersão de uma grande parte dos 69 hectares da propriedade, a EDP tenciona instalar o estaleiro para o contra-embalse numa vinha de Touriga Nacional. Joaquim Morais Vaz, o proprietário, sustenta que havia outras localizações possíveis e lamenta a forma como a EDP tem negociado. “Aos pequenos proprietários, têm pago bem, mas às quintas maiores oferece valores muito baixos”, queixa-se.

O processo de negociação já se arrasta há mais de um ano e, em 28 de Julho passado, quando o número de acordos ainda era diminuto, o Conselho de Administração da EDP-Gestão da Produção de Energia, S.A, decidiu pedir a declaração de utilidade pública dos terrenos. A luz verde do Ministério do Ambiente chegou agora. Sem processos pendentes no Tribunal, a obra pode agora, finalmente, arrancar.