28 janeiro 2010

Da pacatez à tacanhez

Possivelmente o tema da Barragem do Tua já terá ganho o recorde de tema mais participado neste nosso querido Blog. Também eu já aqui manifestei a minha opinião sobre o tema para dizer que, considerando que sendo irreversível a decisão de construir a barragem me parecia que seria a altura de exigir a compensação merecida pela perda do nosso património. Infelizmente e para alem da informação de que a EDP não pretendia corresponder com os “pagamentos anuais de exploração” não conheço qualquer outra “demarche” tendente a pressionar quem de direito para que obtenhamos as devidas contrapartidas.
Estou na posição em que muitos estão, de apenas participar com opiniões, mas nem por isso deixarei de responsabilizar quem nos governa, se não nos chegarem as devidas compensações. Não quero é que seja por inércia ou tacanhez que não se obtenha aquilo a que temos direito.
Entretanto e pelos vistos, alguns já andam a receber “migalhas”. Devem ter trabalhado para isso, como tal não os recrimino.
Sou dos que se julgam no direito de saber, como tal, coloco para já estas questões:
Já alguma instituição do meu concelho se preocupou também em obter apoios da EDP para fins sociais!? Poderei ter acesso ao conhecimento do parecer dos ecologistas para se inviabilizar a travessia automóvel da barragem a fazer, com a possibilidade de melhoria de acessos ao rio, de algumas das nossas aldeia, inclusive a aldeia do Tua!? Há realmente alguma garantia de a EDP poder apoiar a viabilização de alguns investimentos nas Termas do S. Lourenço!? Está-se a trabalhar para apresentar propostas ou está-se à espera que a CCRN o faça!?
Entretanto e enquanto nós esgrimimos argumentos à secretária ou no café, há pelo menos alguém que fazendo o seu trabalho de formiguinha estará porventura a preparar aquele que será o melhor documento a testemunhar para o futuro a património que se vai perder. Não me consta que tenha incomodado com espalhafato, ou obtido algum apoio.
Estou morto que chegue o dia 8 de Fevereiro para ir cumprimentar o meu amigo Leonel Castro e apreciar o seu testemunho sobre um rio que vai sobreviver nas suas fotografias.

E se alguém se lembrar de ir em manifestação a Lisboa, reivindicar pela força da palavra aquilo a que temos direito, conte comigo. Sugiro o dia seguinte à publicação do Relatório de Contas da EDP neste ano na graça de 2010.

3 comentários:

Anónimo disse...

Os que não cantam não podem sequer imaginar o que é a felicidade de cantar.
" Moncorvo canta, barragem " mj

Anónimo disse...

Em Carrazeda apenas se ouvem as vozes maldizentes e destrutivas, é por isso mesmo que vêmos os outros andarem para a frente e nós cada vêz ficamos mais para trás.
Ironia do destino não me parece que seja,mas sim falta de coragem e falta de ideias para mudar CARRAZEDA PARA MELHOR.

Anónimo disse...

Não é verdade caro anónimo. "Em Carrazeda apenas se ouvem as vozes maldizentes e destrutivas", como diz. O que acontece nesta bela Ansiães é que se premeiam alguns. Sabe porquê? Porque eles se escondem na sombra dos partidos. Se assim não fosse; outro galo cantaria! Mas não pensem que isto é eterno. Tudo é composto de mudança como refere Einstein.

LVS