Sobre o concerto intitulado Sanctae Mariae, na Igreja da Lavandeira, dedicado à Mãe de Deus e a Santa Maria Madalena, apesar de não ser muito apelativo o reportório para canto, medievo - para as gentes de Ansiães -, o tenor Manuel Líbano Monteiro conseguiu explicá-lo à audiência, aproximando o público das cantigas.
Sobre o concerto da Igreja dos Pereiros, mui interessante, do grupo Azizi, com excelentes executantes e cantores, pecou apenas pela comunicação do seu director e flautista, António Carrilho... Não percebendo que o público, em sua maioria, mesmo se homens, formado era por personagens saídas dos quadros As Escolhidas de Graça Morais, chamou fradescamente atenção, em tom imperativo, para o Silêncio devido e que (des)esperaria que alguém comesse caramelos no intervalo das peças... Em vez de optar por explicar o concerto e compreender as pessoas e o seu contexto. Mesmo que os miúdos no adro falassem... Aliás,
a alta cultura devia chamar a baixa e mostrar-lhe, aos jovens, os instrumentos usados, por exemplo. Atitude pedagógica e não moral, bastava ver O Rinoceronte de Ionesco, completamente desajustada, a pessoas que estavam (ainda por cima) na sua casa... mesmo que fosse a do Senhor.
Resultado: de uma Igreja cheia, passaram a tocar para uma casa às moscas... Quase. E assim se coloca a questão se vale a pena continuar por um Festival que não consegue aproximar dos jovens, mas a afastá-los como a um que lhe ouvi
- Nossa Senhora me perdoe mas não gosto desta música!,
o que poderia ser atalhado pelo senhor António Carrilho, houvesse paciência para um workshop, como exemplo, antecipado. Ou alguém que pedisse anteriormente ao padre na missa para explicar o que iria fazer-se.
Sem descer ao Outro, em Cristo, como esperam ser entendidos?
Vitorino Almeida Ventura
Sobre o concerto da Igreja dos Pereiros, mui interessante, do grupo Azizi, com excelentes executantes e cantores, pecou apenas pela comunicação do seu director e flautista, António Carrilho... Não percebendo que o público, em sua maioria, mesmo se homens, formado era por personagens saídas dos quadros As Escolhidas de Graça Morais, chamou fradescamente atenção, em tom imperativo, para o Silêncio devido e que (des)esperaria que alguém comesse caramelos no intervalo das peças... Em vez de optar por explicar o concerto e compreender as pessoas e o seu contexto. Mesmo que os miúdos no adro falassem... Aliás,
a alta cultura devia chamar a baixa e mostrar-lhe, aos jovens, os instrumentos usados, por exemplo. Atitude pedagógica e não moral, bastava ver O Rinoceronte de Ionesco, completamente desajustada, a pessoas que estavam (ainda por cima) na sua casa... mesmo que fosse a do Senhor.
Resultado: de uma Igreja cheia, passaram a tocar para uma casa às moscas... Quase. E assim se coloca a questão se vale a pena continuar por um Festival que não consegue aproximar dos jovens, mas a afastá-los como a um que lhe ouvi
- Nossa Senhora me perdoe mas não gosto desta música!,
o que poderia ser atalhado pelo senhor António Carrilho, houvesse paciência para um workshop, como exemplo, antecipado. Ou alguém que pedisse anteriormente ao padre na missa para explicar o que iria fazer-se.
Sem descer ao Outro, em Cristo, como esperam ser entendidos?
Vitorino Almeida Ventura
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