Depois da magnífica recolha de textos sobre a Laranja, aqui transcrita pelo Prof. José Alegre em forma de comentário, decidi também eu colaborar e, organizar esta recolha tratando agora do caso – Maçã.
Numa altura em que se elaboram protocolos que levem as pessoas a ler, aqui deixo pois o meu contributo e o desejo que este esforço de leitura ajude a descomprimir. A propósito dizem que a Maçã é diurética.
- A maçã é utilizada simbolicamente em muitos sentidos aparentemente diferentes, mas que mais ou menos se aproximam, como por exemplo: o pomo da discórdia, atribuído por Paris e o pomo de ouro do Jardim das Hespérides, que são frutos de imortalidade; a maçã comida por Adão e Eva; a maçã do Cântico dos Cânticos que representa, ensina Origenes, a fecundidade do Verbo divino, o seu sabor e o seu odor. Trata-se, pois, em todos os casos duma forma de conhecimento, mas que é ora o fruto da Árvore da vida, ora o da árvore da ciência do bem e do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou o conhecimento separador, que provoca a queda.
Alquimicamente, a maçã de ouro é um símbolo de enxofre. O simbolismo da maça vem, afirma o abade E. Bertrand, de ela conter no seu interior, formada pelos alvéolos que encerram as sementes, uma estrela de cinco pontas.
… É por isso que os iniciados fazem dela o fruto do conhecimento e da liberdade. E portanto, comer a maçã significa para eles abusar de sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejo, da sua liberdade para o fazer.
... Nas tradições celtas, a maçã é um fruto de ciência, de magia e de revelação. Serve também de alimento - prodígio.
…Na mitologia escandinava, a maçã desempenha o papel de fruto regenerador e rejuvenescedor…
… A proibição pronunciada por Javé punha o homem em guarda perante o predomínio desses desejos, que o conduziam para uma vida materialista, por uma espécie de regressão, ao oposto da vida espiritualizada, que é o sentido da evolução progressiva. Esta advertência divina dá a conhecer ao homem essas direcções e obriga-o a escolher entre a via dos desejos terrestres e a da espiritualidade. A maçã seria o símbolo desse conhecimento e da presença de uma necessidade: a de escolher….
B. Sá in “Transcrições Exposições Retrospectivas”, FBAUP, 1998, p 10
Hélder Carvalho
Numa altura em que se elaboram protocolos que levem as pessoas a ler, aqui deixo pois o meu contributo e o desejo que este esforço de leitura ajude a descomprimir. A propósito dizem que a Maçã é diurética.
- A maçã é utilizada simbolicamente em muitos sentidos aparentemente diferentes, mas que mais ou menos se aproximam, como por exemplo: o pomo da discórdia, atribuído por Paris e o pomo de ouro do Jardim das Hespérides, que são frutos de imortalidade; a maçã comida por Adão e Eva; a maçã do Cântico dos Cânticos que representa, ensina Origenes, a fecundidade do Verbo divino, o seu sabor e o seu odor. Trata-se, pois, em todos os casos duma forma de conhecimento, mas que é ora o fruto da Árvore da vida, ora o da árvore da ciência do bem e do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou o conhecimento separador, que provoca a queda.
Alquimicamente, a maçã de ouro é um símbolo de enxofre. O simbolismo da maça vem, afirma o abade E. Bertrand, de ela conter no seu interior, formada pelos alvéolos que encerram as sementes, uma estrela de cinco pontas.
… É por isso que os iniciados fazem dela o fruto do conhecimento e da liberdade. E portanto, comer a maçã significa para eles abusar de sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejo, da sua liberdade para o fazer.
... Nas tradições celtas, a maçã é um fruto de ciência, de magia e de revelação. Serve também de alimento - prodígio.
…Na mitologia escandinava, a maçã desempenha o papel de fruto regenerador e rejuvenescedor…
… A proibição pronunciada por Javé punha o homem em guarda perante o predomínio desses desejos, que o conduziam para uma vida materialista, por uma espécie de regressão, ao oposto da vida espiritualizada, que é o sentido da evolução progressiva. Esta advertência divina dá a conhecer ao homem essas direcções e obriga-o a escolher entre a via dos desejos terrestres e a da espiritualidade. A maçã seria o símbolo desse conhecimento e da presença de uma necessidade: a de escolher….
B. Sá in “Transcrições Exposições Retrospectivas”, FBAUP, 1998, p 10
Hélder Carvalho
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